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Anna Bella Geiger ganha exposição na Galeria Mendes Wood DM

Conhecida por desafiar os limites tradicionais da representação, Geiger expõe obras que definiram sua trajetória, como "Mesa, friso e vídeo macios"

Por Redação Bravo!
Atualizado em 2 dez 2024, 15h26 - Publicado em 1 dez 2024, 09h00
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Anna Bella Geiger. N.22 (1982) foto-serigrafia e aquarela 76 x 112 cm Courtesy of the artist and Mendes Wood DM, São Paulo, Brussels, Paris, New York (EstudioEmObra/divulgação)
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Conhecida por desafiar os limites tradicionais da representação e da abstração, Anna Bella Geiger apresenta em nova exposição uma série de obras que definiram sua trajetória. Quase mapa, quase mancha, recém-inaugurada na Galeria Mendes Wood DM, traz um recorte da produção da artista nos anos 1980, com obras em pintura, gravura e vídeo. Esse período, de grande relevância histórica para a arte brasileira, foi marcado pela transição política pós-ditadura e pela revalorização da pintura. Geiger se destaca por sua constante busca por novas formas de expressão, desafiando as convenções da arte e oferecendo uma interpretação singular do mundo.

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A artista Anna Bella Geiger (Diana Tamane/arquivo pessoal)

Um dos destaques da mostra é a videoinstalação “Mesa, friso e vídeo macios” (1981), que abre a exposição. Originalmente apresentada na XVI Bienal Internacional de São Paulo, a obra resgata a ideia de uma narrativa visual fragmentada, com imagens sinuosas que evocam a sensação de um campo de guerra. A instalação sugere um “gabinete secreto“, criando uma ambiência de suspense e mistério, reforçada pelo uso de camuflagens e elementos arquitetônicos que remetem a outras épocas.

Além das videoinstalações, a exposição reúne peças como “Nuvens I” e “Nuvens II” (1978), que marcam o início da série Macios, caracterizada por formas estofadas que rompem com as convenções da pintura tradicional. Ao combinar serigrafia, pintura e experimentação com texturas e volumes, Geiger propõe uma nova maneira de entender a abstração, fragmentando as superfícies e dividindo o processo de criação em partes que se unem em uma composição total. As formas estofadas, imitando nuvens, são carregadas de simbolismo e dialogam com o conceito de território e de memória.

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Outro conjunto que merece atenção é a série de pinturas e gravuras realizadas por Geiger entre o final dos anos 1970 e início dos anos 1980, quando a artista passou a explorar mais intensamente a sobreposição de camadas, manchas e camuflagens. Obras como “Pier & Ocean III” (1985) e “Dilúvio” (1987) ilustram essa abordagem fragmentada, em que a tela é dividida em seções, criando um efeito de colagem que desafia a ideia de totalidade. Esses trabalhos são caracterizadas pelo uso de pinceladas soltas e a aplicação de cores e texturas que evocam uma sensação de movimento e fluidez, remetendo ao clima de transição política e social da época, além de reforçar a ideia de um mundo em constante mudança e reconstrução.

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Vista da exposição na galeria Mendes Wood DM (Gui Gomes/divulgação)
Quase mapa, quase mancha

Galeria Mendes Wood DM – Rua Barra Funda 216.
Até 1º de fevereiro de 2025. Segunda a sexta, das 11h às 19h. Sábado, das 10h às 17h

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