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Arte têxtil é usada como linguagem de resistência em exposição na CAIXA Cultural SP

exposição apresenta 25 obras que tratam de temas como o corpo feminino, o trabalho, a ancestralidade e as violências de gênero

Por Redação Bravo!
13 nov 2025, 09h00
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Mostra Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil, em cartaz na CAIXA Cultural São Paulo (Glaucia Viola/divulgação)
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O gesto de costurar ganha novos significados na 16ª edição da mostra Contemporâneo – Exposição Internacional de Arte Têxtil, em cartaz na CAIXA Cultural São Paulo, que apresenta obras de artistas que exploram o tecido como linguagem política e simbólica. A exposição apresenta 25 obras que tratam de temas como o corpo feminino, o trabalho, a ancestralidade e as violências de gênero.

Com curadoria de Zeca Medeiros e Otavio Avancini, a mostra propõe um diálogo entre arte e memória a partir de técnicas manuais como tecelagem, bordado, crochê e renda. As obras partem do fio (material historicamente associado ao feminino) para discutir como gestos cotidianos, como costurar e entrelaçar, também podem se tornar instrumentos de resistência e reconstrução simbólica.

Entre os trabalhos em destaque está a peça inédita da artista costa-riquenha Ariane Garnier, criada especialmente para esta edição. Sua obra em camadas revela narrativas sobre o trabalho e a experiência feminina, que se desdobram conforme o observador se aproxima do tecido. A canadense Carole Baillargeon apresenta uma instalação que aborda os ciclos de opressão e memória, enquanto o coletivo Ateliê Vivo, formado por quatro artistas paulistas, combina diversas técnicas têxteis em uma criação colaborativa que reflete sobre o fazer coletivo das mulheres.

A instalação de Otavio Avancini utiliza fitas VHS para criar uma bandeira dedicada a Iansã, orixá dos ventos e das transformações. As imagens projetadas — de guerras e ruínas — evocam a ação do tempo e a força ritual do movimento. Outra obra de destaque é Oração às Alienadas – Interlúdio do Olhar, de Azulabula, Tatiana Pinto e Marcelo Valle, que homenageia Nise da Silveira e as mulheres internadas na Colônia de Alienadas, no Engenho de Dentro (RJ), em 1911, recuperando histórias silenciadas pela institucionalização da loucura.

A mostra reúne artistas do Brasil, Índia, Quênia, Canadá, Hungria, Inglaterra, Estados Unidos, Costa Rica e Uruguai. E fica em cartaz até 18 de janeiro de 2026.

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Serviço:

CONTEMPORÂNEO – Exposição Internacional de Arte Têxtil Contemporânea

Caixa Cultural São Paulo – Praça da Sé, 111 – Centro – São Paulo

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Até 18 de janeiro de 2026. De terça a domingo, das 8h às 19h

Entrada gratuita

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