Centenário de Ivan Serpa tem mostra com 43 obras inéditas

Um dos fundadores do grupo Frente, marco histórico do movimento construtivo no Brasil, o carioca Ivan Serpa (1923-1973) é celebrado em exposição para marcar os 100 anos do seu nascimento e 50 anos do seu falecimento prematuro.

A mostra exibe um conjunto de 43 obras nunca apresentadas ao público até 2 de dezembro na Ricardo Camargo Galeria, em São Paulo. A coleção esteve em Paris há mais de 40 anos e pertenceu ao Dr. Jaime Leite Guimarães. Trata-se de um conjunto de trabalhos gráficos dos anos 1950 que prenunciam a potência criativa da abstração geométrica brasileira. A curadoria é assinada por Marcus Lontra com o apoio da filha do artista, Leila Serpa.

Para os artistas do Grupo Frente, a exemplo de Décio Vieira, Abraham Palatnik, Franz Weissmann, Lygia Clark e Lygia Pape, a linguagem geométrica é, antes de qualquer coisa, um campo aberto à experiência e à indagação. Ele surgiu como resposta direta ao Grupo Ruptura criado em 1952 em São Paulo, sob a liderança de Waldemar Cordeiro com a participação de figuras como Geraldo de Barros, Luiz Sacilotto, Lothar Charoux, Judith Lauand, Hermelindo Fiaminghi, entre outros.

Serpa foi professor do MAM RJ desde a adolescência e, ao longo de sua vida, recebeu vários prêmios no Brasil. Participou de várias bienais realizadas em São Paulo, além de Veneza (1952,1954 e 1962) e Zurique (1960), quando é igualmente premiado. O Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro realizou algumas retrospectivas de sua obra nos anos 1965, 1971 e 1974.

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