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Arte como remédio: como atividade artística ajuda a reduzir hormônio do estresse

Pesquisa publicada na revista "Art Therapy" mostra queda nos níveis de cortisol em 75% dos participantes, independentemente de experiência prévia com arte

Por Beatriz Magalhães
6 jun 2025, 07h00
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 (Marishka Tsiklauri/Unsplash/reprodução)
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Um estudo inovador publicado na revista Art Therapy traz novas evidências científicas sobre os benefícios terapêuticos da prática artística. A pesquisa, que analisou profundamente a relação entre criação artística e níveis de estresse, revelou dados sobre como atividades criativas podem ser grandes aliadas no gerenciamento do cortisol, conhecido como “hormônio do estresse”.

A investigação científica envolveu 39 participantes adultos, com idades variando entre 18 e 59 anos, que foram convidados a se engajar em sessões de criação artística de 45 minutos.

O que torna este estudo particularmente interessante é a diversidade de experiência artística entre os participantes: 18 deles declararam ter pouca ou nenhuma familiaridade com práticas criativas, 13 possuíam experiência moderada e apenas 8 se consideravam experientes no campo artístico. Essa variedade permitiu aos pesquisadores analisar se os benefícios estariam relacionados ou não à habilidade técnica dos indivíduos.

Durante as sessões, os participantes tiveram liberdade total para escolher seus meios de expressão, podendo optar por diversas formas de arte, desde os tradicionais desenhos em papel até trabalhos mais táteis com massa de modelar ou técnicas de colagem. Essa abordagem democrática garantiu que cada pessoa pudesse encontrar uma forma de expressão com a qual se sentisse confortável, eliminando possíveis barreiras criativas.

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Estudo mostra como arte pode ajudar a reduzir o stress (RF._.studio _ / pexels/fotografia)

Os resultados, coletados por meio de análise de amostras salivares, apontaram que, em 75% dos casos, os exames mostraram redução significativa nos níveis de cortisol após as sessões artísticas. Esse dado ganha ainda mais relevância quando consideramos que o cortisol, produzido pelas glândulas suprarrenais, é um hormônio crucial para diversas funções orgânicas, desde a regulação de processos inflamatórios até o metabolismo da glicose. Embora essencial em situações de alerta, seu excesso no organismo está diretamente relacionado a problemas como ansiedade crônica, distúrbios do sono e até mesmo comprometimento do sistema imunológico.

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Os resultados abrem caminho para novas investigações sobre como diferentes formas de expressão artística podem ser incorporadas em rotinas de autocuidado e até mesmo em abordagens terapêuticas complementares. Enquanto a ciência continua a explorar esses mecanismos, uma coisa parece clara: reservar um tempo para atividades criativas pode ser um investimento valioso em saúde mental e bem-estar integral.

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