5 exposições para conferir em janeiro
Da influência do cubismo à arte contemporânea, diversas capitais oferecem boas mostras de artes plásticas

A máxima de que o ano só começa após o carnaval não vale para todos, especialmente para os profissionais das artes. Depois da ressaca do ano novo, o país já começa a montar sua programação cultural. Em destaque, há boas alternativas para conferir exposições de arte nas diversas capitais. Selecionamos algumas exibições em cartaz que merecem sua visita.
Belo Horizonte

RADEIR: Horizonte Vertical
A partir de 19 de janeiro de 2025, o Parque do Palácio apresenta a exposição “RADEIR: Horizonte Vertical”, uma retrospectiva da artista brasileira Radeir (1947–2016). Nascida em Barra de São Francisco, no Espírito Santo, Radeir iniciou sua carreira em Belo Horizonte, onde estudou Figura Humana na Escola de Belas Artes da UFMG, em 1982. A artista encontrou nos princípios do cubismo ferramentas para explorar o corpo humano e as formas geométricas, desconstruindo e reconstruindo figuras de maneira harmônica e original.
R. Prof. Djalma Guimarães, 161 – Portaria 2 – Mangabeiras, Belo
A partir de 19 de janeiro de 2025 (por tempo indeterminado). De quarta a sexta, das 10h às 18h. Sábado e domingo, das 9h às 18h.
Ingressos: R$ 10,00 (inteira), R$ 5,00 (meia entrada); entrada franca às quartas-feira.
Rio de Janeiro

ATLÂNTICOFLORESTA
Em cartaz no Museu de Arte do Rio (MAR), a exposição “ATLÂNTICOFLORESTA” reúne obras de artistas brasileiros e as conecta às imagens da afrodiáspora e das culturas indígenas. Com curadoria de Marcelo Campos, Amanda Bonan, Amanda Rezende, Thayná Trindade e Jean Carlos Azuos, a mostra explora temas como a relação histórica com o oceano Atlântico e a Floresta Amazônica, resistência à luta pela terra e a celebração das culturas afro-brasileiras e indígenas. A exposição é uma ampliação da mostra “Atlântico Vermelho”, apresentada em 2024 em Genebra durante o Fórum Permanente de Afrodescendentes da ONU (Organização das Nações Unidas).
Praça Mauá, 5 – Saúde, Rio de Janeiro
Até 23 de fevereiro de 2025. Terça a domingo das 11h às 18h. Última entrada às 17h
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada); terças gratuitas
Salvador

Ecos Malês
A exposição “Ecos Malês”, em exibição na Casa das Histórias de Salvador, celebra os 190 anos da Revolta dos Malês, ocorrida em 1835. Com curadoria de João Guimarães e Mirella Ferreira, a mostra reúne 114 obras de 48 artistas, como Ventura Profana e Voltaire Fraga, além do coletivo Arquiteturas da Revolta, para refletir sobre liberdade, resistência negra e espiritualidade. Organizada em três eixos — Ruas da Revolta, Inventar (Liberdade e Defesa) e Encontrar —, a exposição conecta o legado dos Malês à contemporaneidade, destacando a luta histórica contra a escravidão e suas reverberações atuais.
Rua da Bélgica, Comércio
Até maio de 2025, de terça a domingo, das 9h às 17h
Ingressos: R$ 20 (inteira), R$ 10 (meia-entrada); quartas-feiras com entrada gratuita
São Paulo
Deixar ir
Na Pinacoteca, a instalação “Deixar ir”, de Dan Lie, explora a relação entre materiais orgânicos e seus ciclos naturais. Criada em grande escala, a obra foi pensada para se integrar ao vasto espaço do Octógono do museu. Utilizando elementos como matéria em decomposição, plantas, bactérias, fungos e outros organismos, a instalação propõe uma experiência de transformação contínua. Seu objetivo é ser permeada por mudanças constantes, onde a flora e os fungos se desenvolvem enquanto outros elementos entram em decomposição, convidando o público a refletir sobre os ciclos de vida e morte.
Até 16 de fevereiro de 2025
Praça da Luz, 2, Bom Retiro, São Paulo
Horário de funcionamento: de quarta a segunda, das 10h às 18h. Quintas estendidas
das 10h às 20h.
Ingressos: R$ 30 (inteira), R$ 15 (meia-entrada); sábados entrada gratuita

Mira Schendel – Esperar que a letra se forme
A mostra individual “Mira Schendel – Esperar que a letra se forme” destaca a presença dos signos gráficos, letras e palavras na obra da artista. Suíça de origem, com ascendência judaica, tcheca, alemã e italiana, Mira Schendel (1919–1988) imigrou para o Brasil em 1949, fugindo da perseguição antissemita. Aqui, tornou-se uma figura central da arte brasileira do século XX, dialogando com movimentos como a Poesia Concreta e o Neoconcretismo. A exposição, curada por Galciani Neves e Paulo Miyada é estruturada em sete núcleos cronológicos, e oferece uma rica retrospectiva de sua produção por meio de 250 obras, entre pinturas, desenhos, cadernos, monotipias, objetos gráficos e uma instalação.
Rua Coropés, 88 – Pinheiros
Até 02 de fevereiro. Terça a domingo, das 11h às 19h (visitação até 18h)
Gratuita.