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Museu Afro Brasil inaugura três exposições simultâneas

As mostras, distribuídas por diferentes espaços da instituição, dialogam com questões ligadas à arte, memória e presença afro-diaspórica

Por Redação Bravo!
19 abr 2025, 09h00
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 (Nen Cardim/divulgação)
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Neste mês, o Museu Afro Brasil Emanoel Araujo inaugurou três exposições que integram seu projeto de reestruturação curatorial, sob a direção de Hélio Menezes. As mostras, distribuídas por diferentes espaços da instituição, dialogam com questões ligadas à arte, memória e presença afro-diaspórica, explorando múltiplas abordagens e linguagens artísticas.

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Proteção (Rafa Kennedy/divulgação)

Uma das exposições é Proteção, de Rafaela Kennedy, composta por uma série de retratos que abordam relações de cuidado, afeto e acolhimento na comunidade trans e na espiritualidade afro-brasileira. Instalada na Marquise do museu — espaço acessível mesmo fora do horário de funcionamento —, a mostra propõe reflexões sobre maternidade e proteção em contextos afro-indígenas e LGBTQIA+.

Também foi aberta a exposição Acervo em Perspectiva: M’barek Bouhchichi, Nen Cardim, Washington Silvera, que apresenta um recorte do acervo do museu a partir das obras desses três artistas — dois brasileiros e um marroquino. A mostra estabelece conexões entre materiais como madeira, vidro e terra, explorando diferentes possibilidades entre escultura e instalação.

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(Mbarek Bouhchichi/divulgação)
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“Os três artistas em diálogo nesta primeira edição do Acervo em Perspectiva deixam transparecer ao público a riqueza de nosso acervo, colocando em diálogo instalações substancialmente diferentes, que partem de materiais semelhantes, ressaltando as múltiplas formas de se interpretar, narrar e exibir as artes africanas e afro-brasileiras”, declara Hélio Menezes em nota.

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(Nen Cardim/divulgação)

Por fim, o museu inaugurou uma nova sala de projeção, dedicada à exibição de filmes e obras em movimento. A abertura ficou a cargo do filme Thinya, da diretora Lia Letícia. Nele, a artista propõe uma reflexão crítica sobre as narrativas coloniais. A obra teve origem em álbuns de família encontrados em um mercado de pulgas em Berlim, contendo imagens de uma mulher chamada Inge.

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Essas fotografias são entrelaçadas com relatos de viajantes europeus que estiveram no Brasil entre os séculos XVI e XVIII, narrados na língua yathee pelo povo indígena Fulni-ô. O filme questiona a construção histórica e visual dos povos indígenas, subvertendo discursos hegemônicos e propondo novas formas de representação e memória.

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(Lia Letícia/divulgação)
Museu Afro Brasil Emanoel Araujo

Parque Ibirapuera – Av. Pedro Álvares Cabral, s/n, Portão 10 A partir de 12 de abril.
Terça a domingo, das 10h às 17h (permanência até 18h).
Ingressos: R$ 15 inteira | R$ 7,50 meia

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