Avatar do usuário logado
Usuário
OLÁ, Usuário
Ícone de fechar alerta de notificações
Avatar do usuário logado
Usuário

Usuário

email@usuario.com.br

Nova exposição no CCBB RJ explora o manguezal como território artístico e simbólico

A mostra, que antecede a COP30, apresenta cerca de 50 obras de 25 artistas e propõe uma leitura do manguezal como espaço simbólico e político

Por Redação Bravo!
2 nov 2025, 09h00
enrico-marone-mangue
Obra de Enrico Marone (Enrico Marone/divulgação)
Continua após publicidade

Entre raízes, lama e maré, o manguezal chega ao centro do debate cultural e ambiental no Centro Cultural Banco do Brasil Rio de Janeiro (CCBB RJ). A exposição “Manguezal”, que abre em 29 de outubro, é a primeira no país inteiramente dedicada a esse ecossistema, reunindo arte contemporânea, pesquisa científica e memória social.

A exposição, que antecede a COP30, apresenta cerca de 50 obras de 25 artistas e propõe uma leitura do manguezal como espaço simbólico e político, em diálogo com questões urgentes sobre meio ambiente e identidade brasileira. Aberta ao público até 2 de fevereiro de 2026, a mostra integra a programação dos 36 anos do CCBB RJ.

Com curadoria de Marcelo Campos e produção de Andrea Jakobsson Estúdio, a exposição parte do livro homônimo, criado em parceria com a Cátedra UNESCO do Instituto Oceanográfico da USP, que integra a coleção dedicada à Década do Oceano (2021–2030). No espaço expositivo, fotografias, vídeos, esculturas e instalações apresentam o manguezal como território de vida e resistência, fundamental para o equilíbrio ecológico e para a sobrevivência de comunidades costeiras.

As obras percorrem diferentes gerações da arte brasileira. Há fotografias de Enrico Marone, esculturas em cerâmica de Annia Rízia, e trabalhos de nomes como Ayrson Heráclito, Uýra Sodoma, Carybé, Celeida Tostes e Abelardo da Hora, que aproximam o público das dimensões materiais, espirituais e políticas do mangue. A curadoria também recupera representações históricas do tema, como as de Lasar Segall e Hélio Oiticica, que associaram o mangue ao samba, ao corpo urbano e à crítica social.

O Carnaval também aparece na mostra em diálogo com o imaginário do mangue. Os carnavalescos Gabriel Haddad e Leonardo Bora, da Grande Rio, apresentam uma instalação inspirada nas caruanas, seres encantados ligados à mitologia indígena e às águas dos manguezais. A presença da dupla antecipa o enredo que a escola levará à avenida em 2026, “A Nação do Mangue”, criado por Antônio Gonzaga, cujos protótipos de fantasias podem ser vistos pelo público pela primeira vez.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade