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Rota de arte: 5 galerias para explorar em São Paulo

Selecionamos cinco instituições em São Paulo que apresentam exposições inéditas com entrada gratuita

Por Redação Bravo!
Atualizado em 9 ago 2024, 13h16 - Publicado em 9 ago 2024, 09h00
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Bosque Liene, Poem of the modern, em exibição na Galeria Janaina Torres (Philipp Muller/reprodução)
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A cena artística de uma cidade vai muito além das exibições em museus; ela também se manifesta em espaços abertos – São Paulo é um excelente exemplo disso. Galerias de arte, muitas vezes pouco exploradas pelos entusiastas das artes plásticas, oferecem uma rica variedade de mostras que merecem atenção. Pensando nisso, reunimos cinco exposições imperdíveis para conferir em São Paulo:

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Julio Le Parc, Gamme-14-couleurs-Variation-8–tinta-acrilica-sobre-tela (Emilie Mathe Nicolas / Galeria Nara Roesler – são paulo/divulgação)

Galeria Nara Roesler

Nossa caminhada começa pela Galeria Nara Roesler, na Av. Europa, que abriu ontem (8) as portas para a exposição “Julio Le Parc: Couleurs”. A mostra, que ocupa dois andares da galeria, inclui pinturas, desenhos, um grande móbile e estruturas luminosas que exploram a interação entre luz e cor. Aos 96 anos, o artista argentino radicado em Paris desde os anos 1950, continua a investigar as possibilidades cromáticas, como na série “Alquimias”, composta por treze pinturas que, de longe, parecem nuvens vibrantes e, de perto, revelam partículas de cor em composições detalhadas.

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Obras de ulio Le Parc, à esquerda, Alchimie 571 (2024). à direita Continuel lumiere 1960 (2023) (Emilie Mathe Nicolas / Galeria Nara Roesler – são paulo/divulgação)
Julio Le Parc: Couleurs

Nara Roesler – Avenida Europa, 655
De 8 de agosto até 19 de outubro de 2024, de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 11h às 15h

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(Ana Pigosso/divulgação)

Galeria Lume

Também no Jardim Europa, a Galeria Lume recebe a artista Gabriella Garcia, com a imersão artística “Mitos, contos e alegorias”. Gabriella, artista autodidata, explora escultura, pintura e instalação em uma prática que integra o espaço ao contexto de sua origem. Suas obras, compostas por figuras recortadas e materiais variados, estabelecem um diálogo com o cênico e a arquitetura, propondo novas perspectivas históricas a partir de elementos resgatados e restaurados. Garcia busca uma fusão contínua de materiais que carregam significados históricos, utilizando-os para desafiar narrativas estabelecidas. Seus trabalhos exploram a tensão entre gesto e natureza, manipulação e reestruturação, e oferecem uma nova maneira de reescrever a história através do gesto artístico.

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Gabriella revisita a iconografia greco-romana, utilizando inteligência artificial para, assim, provocar um desequilíbrio hierárquico. As imagens são descontextualizadas e submetidas a processos de edição e modificação, resultando em deformações que desafiam suas formas tradicionais. Essa proposta convida à reflexão sobre a relevância dessas referências na arte contemporânea.

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Mitos, contos e alegorias

Galeria Lume – Rua Gumercindo Saraiva, 54 – Jardim Europa
Até 7 de setembro de 2024, de segunda a sexta, das 10h às 19h; sábados, das 11h às 15h

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Priscila Rooxo (Divulgação/divulgação)

AM Galeria SP

Ali perto, na Av. Nove de Julho, na AM Galeria SP, está a exposição coletiva SHOW!, que reúne os trabalhos de quatro artistas – Carla Fonseca, Desali, Enivo e Priscila Rooxo – oriundos das maiores capitais brasileiras: Belo Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo. A mostra celebra a força e vitalidade das expressões culturais populares. Esses artistas, que começaram suas trajetórias nas ruas, levaram para as galerias a essência das manifestações cotidianas.

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Com curadoria de Simon Watson, a exposição explora a diversidade de abordagens e técnicas desenvolvidas por cada artista ao longo de suas carreiras. Carla Fonseca, por exemplo, traz uma conexão profunda com a natureza e o corpo humano, criando pinturas inspiradas na arte modernista brasileira e nas tradições indígenas. Desali, por sua vez, utiliza materiais reciclados e técnicas minimalistas para retratar a vida na periferia de Belo Horizonte, abordando questões sociais e poéticas em suas obras.

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SHOW!

AM Galeria SP – Av. Nove de Julho 4865, 1A, Itaim Bibi
De 10 de agosto a 6 de setembro, de segunda a sexta das 10h às 19h, sábados das 10h às 14h

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Liene Bosquê, diptico 1 (Filipe Berndt/divulgação)

Janaina Torres Galeria

Ainda em São Paulo, mas agora na Barra Funda, é possível visitar a exposição “Arqueologias Migrantes” de Liene Bosquê, na Janaina Torres Galeria.

Curada por Cristiana Tejo, a mostra traz um panorama das obras de Bosquê desde 2003, explorando memórias e narrativas a partir do patrimônio arquitetônico de cidades como São Paulo, Miami, Lisboa e Nova Iorque. A exposição reúne 50 peças, incluindo instalações têxteis, gravuras, cerâmicas e vídeos, refletindo a condição da artista como migrante e sua busca por pertencimento.

O trabalho de Bosquê destaca elementos arquitetônicos e históricos das metrópoles, utilizando materiais que vão do ferro ao tecido, para capturar a memória coletiva e individual, evidenciando as fricções entre natureza e urbanização. A mostra também aborda questões como gentrificação, especulação imobiliária e xenofobia, revisitando a complexa relação entre história, cidade e deslocamento humano.

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Arqueologias Migrantes

Janaina Torres Galeria – R. Vitorino Carmilo, 427 – Barra Funda
De 10 de agosto a 28 de setembro, de terça a sexta, das 10h às 18h e sábados, das 10h às 16h

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GIANT STEPS (2024) Óleo sobre tela, 100 x 100 cm (MITS Galeria/divulgação)

MITS Galeria

A MITS Galeria completou um ano de atividades. Recentemente, abriram em um novo espaço no Jardins. Para celebrar este primeiro ano, a galeria inaugurou a exposição individual “Jazzmatazz – todos meus manos ouvem jazz”, do artista Pegge, que encerra em 10 de agosto.

A exposição, curada por Carollina Lauriano, apresenta 15 obras inéditas que exploram a recuperação do jazz como um movimento voltado para as pessoas periféricas e a questão do pertencimento. Pegge, originário da Zona Leste, traz uma proposta que liga sua biografia aos grandes nomes do jazz, destacando a importância do gênero na cultura negra e sua influência nas novas gerações de rap, trap e funk.

Um dos destaques da mostra é a obra “Inspirações de Sun Ra”, que sintetiza elementos do trabalho do músico e sua filosofia cósmica, mostrando a beleza de se inspirar no cotidiano.

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Jazzmatazz – todos meus manos ouvem jazz

MITS Galeria – R. Padre João Manoel, 740 – Jardins, São Paulo
Até 10 de agosto, de segunda a sábado das 10h às 20h; domingos das 12h às 18h

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