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Sete anos após incêndio devastador, Museu Nacional do Rio de Janeiro reabre suas portas

O Palácio retoma as atividades parcialmente com a mostra Entre Gigantes, em cartaz até 31 de agosto

Por Redação Bravo!
2 jul 2025, 15h14
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 (Felipe Cohen / PMNV/divulgação)
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Em 2 de setembro de 2018, o Brasil assistiu, estarrecido, ao incêndio devastador que consumiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, uma perda irreparável para a história, a ciência e a cultura do país. Instalado no antigo Paço de São Cristóvão desde 1892, o museu reunia um acervo de aproximadamente 20 milhões de itens, entre fósseis raros, como o crânio de Luzia, o fóssil humano mais antigo das Américas, múmias egípcias, coleções indígenas, africanas, além de uma das maiores coleções entomológicas do mundo.

O incêndio, causado por falhas elétricas e agravado pela ausência de sistemas modernos de prevenção e combate a incêndios, destruiu grande parte do acervo, comprometendo séculos de memória cultural e científica. O episódio expôs fragilidades estruturais e orçamentárias que vinham sendo denunciadas há anos.

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(Diogo Vasconcellos/divulgação)

Quase sete anos após a tragédia, o Museu Nacional reabre parcialmente suas portas com a mostra especial Entre Gigantes: uma experiência no Museu Nacional, em cartaz até 31 de agosto. Pela primeira vez desde o incêndio, o público poderá visitar três ambientes internos do histórico Paço de São Cristóvão, ainda em obras. O percurso permite o reencontro com o meteorito Bendegó, uma das poucas peças que sobreviveram ao fogo, além de parte da coleção de meteorítica, obras do artista indígena Gustavo Caboco e o imponente esqueleto de um cachalote de 15,7 metros, o maior da América do Sul em exposição.

O esqueleto do cachalote, suspenso sob uma nova claraboia instalada na escadaria monumental, passou por uma cuidadosa restauração que durou cerca de dois meses, envolvendo consolidação óssea, pintura e reposição de peças, totalizando mais de três toneladas de material. O museu lançou uma campanha para que a população participe da escolha do nome do animal, na tentativa de estreitar a conexão entre a instituição e o público.

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(Felipe Cohen / PMNV/divulgação)

A mostra integra o Projeto Museu Nacional Vive, resultado da cooperação técnica entre a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a UNESCO e o Instituto Cultural Vale. Para a reconstrução completa do museu, o orçamento estimado é de R$ 516,8 milhões, dos quais R$ 347,2 milhões já foram captados, entre recursos públicos e privados. O valor não inclui a recomposição do acervo, que segue um processo paralelo.

As obras envolvem a restauração das fachadas e coberturas, recuperação dos jardins históricos, instalação de sistemas modernos de proteção contra descargas atmosféricas e captação de águas pluviais, além da reforma e ampliação do prédio anexo Alípio de Miranda Ribeiro. Estão em andamento também os projetos de museografia, comunicação visual e acessibilidade universal.

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A previsão é que a reconstrução do Paço de São Cristóvão esteja concluída até o fim de 2027, quando o museu reabrirá de forma definitiva, com espaços expositivos permanentes e recursos tecnológicos atualizados.

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(Felipe Cohen / PMNV/divulgação)
Museu Nacional

Quinta da Boa Vista, São Cristóvão, Rio de Janeiro – RJ
De 2 de julho a 31 de agosto. As visitas acontecem de terça a domingo, com seis horários disponíveis por dia: às 10h, 11h, 12h, 13h, 14h e 15h.
Gratuito. Os ingressos devem ser adquiridos por meio de agendamento e retirada na plataforma Sympla.

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