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ArtRio 2024: tudo o que sabemos sobre a feira

Da arte urbana à indígena, passando por nomes consagrados e talentos emergentes, a 14ª do evento celebra a riqueza da produção artística nacional

Por Beatriz Magalhães
24 set 2024, 08h00
Obra “Lar” integra a exposição individual "Meu Lugar ", do artista Rafael Baron com curadoria de Jean Carlos Azuos
Obra “Lar” integra a exposição individual "Meu Lugar ", do artista Rafael Baron com curadoria de Jean Carlos Azuos (Divulgação/divulgação)
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A ArtRio, celebrada como uma das feiras de arte mais importantes da América Latina, retorna para sua 14ª edição entre os dias 25 a 29 de setembro de 2024. Sediada na Marina da Glória, o evento promete transformar o cenário carioca em um vibrante epicentro cultural, atraindo artistas, colecionadores e entusiastas da arte.

Com uma programação rica e diversificada, a feira busca não apenas fomentar o mercado de arte, mas também democratizar o acesso à cultura e promover um intercâmbio enriquecedor entre artistas, galeristas e o público.

Fundada em 2011, a feira rapidamente conquistou seu espaço no circuito internacional, tornando-se um evento anual de grande relevância. A cada edição, artistas e galerias conseguem se projetar em um contexto global, além de atrair investimentos e fomentar o turismo cultural na cidade.

Programação ArtRio 2024: Um Panorama Diversificado da Arte

Pavilhão Terra

Panorama: Abrangendo artistas consagrados, o programa Panorama, no Pavilhão Terra, contará com a participação de galerias como A Gentil Carioca, Almeida & Dale, Anita Schwartz Galeria de Arte, Athena, Aura, Casa Triângulo, DAN Galeria, Fortes D’Aloia & Gabriel, Galeria Lume, Galeria MaPa, Luisa Strina, Millan, Nara Roesler, Silvia Cintra + Box 4 e Vermelho. Essas galerias, com seus amplos estandes, apresentarão obras de artistas consagrados no mercado, proporcionando uma visão abrangente da produção artística contemporânea.

Pavilhão Mar

Com vista privilegiada para a Baía de Guanabara, o pavilhão será palco de programas que celebram a diversidade e efervescência da arte brasileira.

Programa Solo: a curadoria de Ademar Britto promete um olhar atento à diversidade da produção artística brasileira contemporânea. Britto, com uma vasta experiência em curadoria e profundo conhecimento do circuito artístico nacional e internacional, selecionou 10 galerias, cada uma apresentando um projeto individual de um artista.

A escolha do profissional reflete a proposta do programa SOLO de oferecer ao público uma imersão profunda na produção de artistas em diferentes estágios de carreira e que exploram linguagens e técnicas diversas. Confira abaixo uma seleção de artistas para ficar de olho, com diferentes estilos, origens e percursos:

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  • Thiago Nevs (Asfalto): Representando a arte urbana contemporânea, Neves explora memória, cotidiano e cultura popular em suas obras, utilizando objetos, esculturas, instalações e pinturas. O artista busca dar visibilidade a narrativas tradicionalmente marginalizadas, criando paralelos entre experiências pessoais e contextos socioculturais.
Obra 'DE VOLTA AS RAIZES', de 2022. Individual SOBRE-CARGA, por Thiago Nevs. Foto de Camila Rivereto.
Obra ‘DE VOLTA AS RAIZES’, de 2022. Individual SOBRE-CARGA, por Thiago Nevs. Foto de Camila Rivereto. (Camila Rivereto/divulgação)
  • Rommulo Vieira Conceição (Aura): Com uma produção que transita entre o moderno e o contemporâneo, Vieira questiona as definições tradicionais de espaço e lugar a partir da desmaterialização provocada pela globalização. Seus arcos que não sustentam e janelas que não abrem convidam a refletir sobre a utopia modernista e seus impactos na vida social.
Obra-Tijolo-de-Prata-de-Rommulo-Vieira
“Tijolo de prata”, individual de Rommulo Vieira Conceição (Salvador/BA). Foto da exposição na Aura Galeria (Divulgação/divulgação)
  • Siwaju (Galeria Karla Osório): A artista escultórica investiga a relação entre tempo e ecologia por meio do reaproveitamento de aço. Utilizando materiais reciclados, Siwaju cria obras que dialogam com o pensamento tridimensional brasileiro e ativam saberes afrodiaspóricos.
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Asiri Iwosan [Segredo Invisível]. Metalon e Aço, da série Alegorias, 2024. Disponível na Exposição coletiva organizada pela Galeria Refresco.
Asiri Iwosan [Segredo Invisível]. Metalon e Aço, da série Alegorias, 2024. Disponível na Exposição coletiva organizada pela Galeria Refresco. (Divulgação/divulgação)
  • Manuel Brandazza (Pasto Galeria): O artista argentino, nascido em Rosário, estudou design de vestuário e têxtil na Universidade de Buenos Aires e utiliza do conhecimento em design têxtil que se une à outras linguagens artísticas, como murais, cerâmica e escultura para criar obras que evocam a cultura e o misticismo do Rio Paraná, explorando texturas sinuosas, circulares e expansivas trabalhadas com têxteis e argila.
PARAMPARA, de Manuel Brandazza e curadoria de Carla Barbero. Foto: Galeria Pasto
PARAMPARA, de Manuel Brandazza e curadoria de Carla Barbero. Foto: Galeria Pasto (Divulgação/divulgação)
  • Melissa de Oliveira (Nonada): fotógrafa residente do Dendê, em Salvador, busca apresentar uma perspectiva mais autêntica e vibrante da comunidade em que vive. Contrariando a narrativa estereotipada da mídia tradicional, que muitas vezes se concentra em aspectos negativos como violência e pobreza, Melissa direciona seu olhar para a riqueza cultural, a beleza e a potência criativa presentes no dia a dia do Dendê.
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MELISSA DE OLIVEIRA. S/t, 2024. Impressão em papel de algodão. 80 x 120 cm. Ed. 3 (Melissa de Oliveira/divulgação)
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Programa Expansão: a iniciativa consolida a importância da arte como instrumento de inclusão social e cultural. Dedicado a instituições que utilizam a arte para promover transformações sociais, o programa oferece um espaço para que essas organizações apresentem suas missões, atividades e, inclusive, comercializem obras de arte para financiar seus projetos.

Em 2024, a ação contará com a participação de 15 instituições, incluindo o Canal Curta!, Comadre, Criança Responder, EAV Parque Lage, Inclusartiz, Inhotim, Instituto Artistas Latinas, Instituto Cultural Vale, Instituto Vida Livre, Lanchonete Lanchonete, Museu de Arte do Rio, Move Rio, Museu do Pontal, LABPOP – Laboratório de Perícias em Obras de Arte e Patrimônio (SEPOL-RJ) e Solar dos Abacaxis.

Programa Mira: dedicado à videoarte, a iniciativa retorna à ArtRio em sua 7ª edição sob a curadoria de Jennifer Inacio, curadora associada do Pérez Art Museum Miami (PAMM). Com o tema “ZELO”, a curadoria explora a riqueza e a profundidade deste conceito tipicamente brasileiro, que evoca cuidado, afeto e dedicação.

A seleção de artistas, que inclui nomes como Jonathas de Andrade, Iván Argote e Charles Atlas, reflete a proposta de Inacio de investigar as diversas nuances do “zelo” em suas diferentes manifestações, desde os laços familiares até a administração ambiental. As obras do MIRA 2024 também serão exibidas no PAMM TV, plataforma de streaming do museu americano, expandindo o alcance da arte brasileira e democratizando o acesso à produção contemporânea.

Olhar Além do Eixo Rio-São Paulo

Já o  programa Brasil Contemporâneo, que conta com a curadoria de Paula Borghi, assume a importante missão de descentralizar o foco da produção artística, tradicionalmente concentrada no eixo Rio-São Paulo. Dando visibilidade a artistas de outras regiões do Brasil, a iniciativa apresenta um panorama rico e plural da arte brasileira, com obras que refletem as especificidades culturais, históricas e sociais de cada região.

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Ziel Karapotó (natural da comunidade Karapotó Terra Nova / Alagoas, e reside na Reserva Indígena Marataro Kaetés / Pernambuco)
Obras de Ziel Karapató durante a Participação Brasileira na 60a Bienal de Veneza. 17/04/2024 © Rafa Jacinto / Fundação Bienal de São Paulo (Divulgação/divulgação)

Entre os artistas participantes, destacam-se Ziel Karapotó (Christal Galeria), indígena de Alagoas que reside na Reserva Indígena Marataro Kaetés (PE), e que apresenta em suas obras a força da arte indígena contemporânea; Kaya Agari (Carmo Johnson Projects), artista da etnia Kurâ-Bakairi (MT), que traz à tona a cultura e a cosmologia de seu povo; e o Coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin (Carmo Johnson Projects) do Acre, que apresenta trabalhos que valorizam a rica cultura Huni Kuin. Uma oportunidade ímpar de conhecer a produção artística pulsante e diversa que floresce em todas as regiões do país.

Coletivo-Mahku
Coletivo MAHKU – Movimento dos Artistas Huni Kuin, do Acre (Divulgação/divulgação)

Arte e Inclusão Social

A ArtRio vai além da exposição de obras, promovendo um rico intercâmbio entre artistas, curadores e o público, com destaque para:

  • Prêmio FOCO ArtRio: Iniciativa do ICV que visa reconhecer e premiar artistas brasileiros em ascensão.
  • Conversas ArtRio: Série de debates e apresentações sobre o mercado de arte, também promovido pelo ICV, proporcionando um espaço de diálogo e reflexão sobre o cenário artístico contemporâneo.
  • Ações de Marcas Parceiras: Diversas marcas como PRIO, Bradesco, Stella Artois, Bombay Sapphire, Granado, Vivo, Sauer, Breton, Shopping Leblon e Copacabana Palace, marcam presença na ArtRio com ativações exclusivas, reconhecendo o potencial do evento como plataforma de conexão com um público engajado.
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ArtRio 2024

Marina da Glória – Av. Infante Dom Henrique, S/N – Glória

De 25 a 29 de setembro. De quarta a domingo, das 14h às 21h.

Ingressos entre R$40 e R$80.

 

 

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