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Conheça as finalistas do Prêmio Bravo! 2016 de Melhor Exposição Individual

Por Bravo
Atualizado em 22 set 2022, 12h42 - Publicado em 3 mar 2017, 12h45
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Um time de jurados especializados — jornalistas, artistas, produtores, acadêmicos — debateu, argumentou e ponderou junto à equipe da Bravo! até chegarmos em três nomes de cada uma das doze categorias do prêmio. Um último troféu, de Artista do Ano, será escolhido pelo voto do público.

Na categoria Melhor Exposição Individual, as finalistas são I Love You Baby, de Leda Catunda, realizada no Instituto Tomie Ohtake; Elementos de Beleza: Um Jogo de Chá Nunca é Apenas um Jogo de Chá, organizada por Carla Zaccagnini, no MASP; e O Cru do Mundo, de Ivens Machado, na Galeria Pivô. O júri aqui é formado pelo artista plástico Nino Cais, de São Paulo, pela jornalista Gisele Kato, editora-chefe do canal Arte 1, e pela curadora da Pinacoteca de São Paulo e historiadora de arte, Fernanda Pitta.

Veja a seguir o que diz o júri sobre as indicadas:

Leda Catunda — ”I Love You Baby”

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“Crowd”, de Leta Catunda (Foto: Eduardo Ortega)

Em “um trabalho revigorado, vibrante, novo e inspirador”, I Love You Baby mostrou “uma seleção de pinturas, gravuras, colagens, desenhos e objetos dessa artista ligada à Geração 80 mas que sabe se manter atual, assumindo riscos e caminhos diferentes. Com sua obra costurada por formas orgânicas, uma exuberância de cores e imagens, e muitos elementos do cotidiano — de estampas de camisetas à fotografias de viagens — Leda propôs reflexões sobre a maneira como as novas tribos urbanas se organizam e também sobre nossa relação com as novas mídias. Com Leda, a curtida no Facebook entrou no museu de um jeito diferente.”

Carla Zaccagnini — ”Elementos de Beleza: Um Jogo de Chá Nunca é Apenas um Jogo de Chá”

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Militantes sufragistas inglesas, 1914 (Foto: National Portrait Gallery/Londres)
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“Carla Zaccagnini parte dos movimentos pelo voto feminino no início do século XX para indagar o que existe na arte que é capaz de provocar incômodo e, com habilidade detetivesca, reconstrói os ataques das sufragettes à obras de arte e artefatos nos museus britânicos. A exposição consistia na pintura de 23 molduras sobre uma das paredes do mezanino do museu, representando a dimensão das obras atacadas, junto a números que representavam os objetos visados pelas sufragettes.” No audioguia da exposição, “Zaccagnini explicita sua habilidade narrativa, criando um texto envolvente que indaga os motivos e significados das escolhas das sufragettes. Ecoa ainda na minha cabeça a frase de Mary Richardson: ‘A justiça é um elemento de beleza assim como o são a cor e o traço sobre uma tela’.”

Ivens Machado — “O Cru do Mundo”

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Exposição “O Cru do Mundo”, de Ivens Machado, na Galeria Pivô (Foto: Everton Ballardin)

“Com curadoria cuidadosa de Kiki Mazzuchelli, baseada em uma pesquisa consistente e em escolhas certeiras, a exposição faz jus à obra desse artista que provém, segundo Laura Erber, de uma ‘relação vital com a potência da forma e a beleza do informe’. A capacidade de mobilizar a fragilidade daquilo que é brutal, quando exposto sem prevenção, desentranhado, talvez seja o maior legado de Ivens Machado [1942–2015]. Mazzuchelli percebeu-o sem complacência, mas como uma solidariedade talvez rara no mundo curatorial de hoje. O reader produzido para a exposição, disponível online, faz uma seleção dos textos críticos mais relevantes sobre a produção de Ivens Machado e é uma excelente contribuição do projeto.”


Prêmios Bravo! de exposição individual

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De 2005 a 2012, vários artistas foram contemplados com o prêmio Bravo! de artes plásticas. A lista inclui nomes de gerações, linguagens e regiões distintas, indo do paraibano José Rufino ao paulista Nuno Ramos. Veja a seguir os vencedores nesta categoria, ano a ano:

2005 — O Desenho Estampado: a obra gráfica de Evandro Carlos Jardim, de Evandro Carlos Jardim

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Primeiro artista a receber o prêmio Bravo! de artes plásticas, Evandro Carlos Jardim celebrava então 70 anos com uma seleção de seus trabalhos gráficos feita pelo curador Cláudio Mubarac. A exposição na Pinacoteca de São Paulo — que também marcou o lançamento de livro homônimo — contou com xilogravuras, águas-fortes e colagens.

2006 — Nuno Ramos, de Nuno Ramos

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Em 2006, Nuno Ramos ocupou três salas do Instituto Tomie Ohtake com uma série de trabalhos novos. Entre eles, estava a instalação Vai, Vai, em que burros carregando caixas de som — que tocavam Se Todos Fossem Iguais a Você, de Tom Jobim e Vinicius de Moraes — caminhavam entre feno, sal e barris de aço cheios d’água.

2007 — Mundus Admirabilis, de Regina Silveira

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Convidada pelo CCBB de Brasília a elaborar um site specific na caixa de vidro situada no jardim da instituição, Regina Silveira decidiu cobri-la toda — paredes e piso — com adesivos de insetos gigantes. Recriando as antigas pragas bíblicas, a artista gaúcha comentava as que nos assolam hoje — ambientais, sociais, culturais — e que ameaçam o futuro.

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2008 — The Beautiful Earth, de Vik Muniz

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The Beautiful Earth é o nome do conjunto de três séries de fotografias que Vik Muniz expôs na Galeria Fortes Villaça e no Paços das Artes em 2007. Em uma delas, Pictures of Pigment, o artista revisitou diversos pintores — como Claude Monet e Gustave Coubert — para investigar o papel do pigmento na construção de imagens.

2009 — Mar Morto, de Nuno Ramos

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Exposta na galeria Anita Schwartz, no Rio de Janeiro, Mar Morto consistiu em dois barcos de pesca — mais especificamente, uma traineira e uma canoa — remodelados em sabão. Uma caixa de som acoplada a eles reproduzia o texto homônimo do artista, interpretado pelo ator Marat Descartes e coro. A Bravo! acompanhou a montagem da exposição (veja ao lado).

2010 — Faustus, de José Rufino

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Aópera visual” de José Rufino levou um esqueleto humano de 22 metros ao Palácio da Aclamação, em Salvador, onde se podia ouvir as valsas Mephisto de Franz Liszt. Com esta espécie de “exumação”, conta o artista paraibano, foi possível trazer “à superfície as dicotomias entre opulência e decadência, poder e opressão.”

2011 — Um Corpo de Ideias, de Carmela Gross

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Um Corpo de Ideias ocupou a Estação Pinacoteca com 16 trabalhos de Carmela Gross feitos entre 1965 e 2010, além de uma instalação, Iluminuras, que tomou a fachada do prédio histórico de luzes de emergência. A antologia expôs trabalhos importantes da trajetória da artista, como Nuvens (1967), A Carga e Presunto (ambas de 1968).

2012 — Nelson Leirner 2011–1961 = 50 anos, de Nelson Leirner

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Com curadoria de Agnaldo Farias, a retrospectiva de Nelson Leirner, exposta na Galeria de Arte do Sesi, dividiu seus 50 anos de produção em três períodos: os primeiros anos da década de 1960, com suportes convencionais; o segundo e mais conhecido, de 1965 até 1994, com performances e happenings; e o terceiro, a partir dos anos 1990, marcado pelo uso de objetos industriais.

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