Conheça os finalistas ao Prêmio Bravo! de Cultura de Melhor Disco
Chico Buarque, Letícia Novaes (e seu projeto Letrux) e Rincon Sapiência concorrem na categoria. Veja quem compôs o júri
Veteraníssimo da música popular brasileira, Chico Buarque divide o páreo do melhor disco de 2017 — que inclui o seu Caravanas — com dois álbuns que são, de alguma forma, uma estreia. Não é que Rincon Sapiência ou Letícia Novaes tenham começado a carreira em 2017. Longe disso. Mas, pela primeira vez, lançaram discos solo — Galanga Livre, no caso do rapper da zona leste de São Paulo, e Letrux, Em Noite de Climão, o primeiro disco da cantora, compositora, atriz e escritora carioca sozinha, depois de anos na banda Letuce.
A Bravo! pediu que 20 especialistas elegessem seus 10 discos preferidos do ano, e a partir daí contabilizou os mais votados para compor os finalistas do Prêmio Bravo! de Cultura 2018. O júri foi composto pelos jornalistas, produtores musicais e pesquisadores Bruno Natal, GG Albuquerque, Marcelo Costa, Bruno Saito, Roberta Martinelli, Renato Gonçalves, Adriana Ferreira, Alessandro Melo (Lema), Carol Paschoal, Maria Luiza Kfouri, Chico Dub, Alexandre Matias, Renata Simões, Luciano Matos, Camilo Rocha, Thiago Galetta, Acauam Oliveira, Lauro Lisboa Garcia, Claudia Assef e Carlos Eduardo Miranda.
No ano passado, o disco premiado foi Duas Cidades, do BaianaSystem. Veja a seguir um pouco sobre os discos finalistas de 2018.
Caravanas, Chico Buarque
38º disco de estúdio de Chico Buarque, Caravanas faz referência à família do cantor com a participação dos netos, Clara Buarque e Chico Brown, além de incluir um trecho de funk, parceria com Rafael Mike, na música que dá título ao disco. Com arranjos de Luiz Cláudio Ramos, o disco foi lançado pela gravadora Biscoito Fino.
Em Noite de Climão, Letrux
Letícia Novaes se despede de qualquer vestígio de inocência com a persona Letrux, incorporando os closes e climões contemporâneos com poesia, ironia e frases de efeito. Reuniu, para isso, uma banda com músicos em evidência no Rio de Janeiro, como o baterista Lourenço Vasconcellos, e a produção de Arthur Braganti e Natália Carrera.
Galanga Livre, Rincon Sapiência
A estreia em álbum de Rincon Sapiência já é marco no rap pela conciliação — bem aceita — do estilo com o funk paulista, o trap, rock africano dos anos 1970 e tambores mil. A produção William Magalhães, maestro da Black Rio, deu corpo aos samples e arranjos do rapper, que enaltecem a cultura negra e de periferia.
Cada jurado da Academia Bravo! elegeu até 10 discos que julgou serem os mais importantes do ano. Reunimos aqui todos os indicados mencionados:
A Gente Mora no Agora, Paulo Miklos; Acrílico, Nina Becker; Action Lekking, Negro Leo; Alessandro Kramer Quarteto, Alessandro Kramer Quarteto; Arraial, Vento em Madeira; Berne Fatal, Vermes do Limbo + Bernardo Pacheco; Bixa, As Bahias e a Cozinha Mineira; Boca, Curumin; Brejo, Mopho; Cabeça de Felipe, Felipe S; Campos Neutrais, Vitor Ramil; Canções para Depois do Ódio, Marcelo Yuka; Caravanas, Chico Buarque; Catto, Filipe Catto; Chelpexx, Chelpa Ferro + Duplexx; Com Alma, Banda Mantiqueira; Combo Cordeiro, Combo Cordeiro; Configuração do Lamento, Deaf Kids; Corte, Corte; Cortes Curtos, Kiko Dinucci; Cuidado Madame, Arto Lindsay; De Cara pro Sol, Fabio Torres; Deixa Quieto, Macaco Bong; Dog Monstro, Dog Monstro; Dorival, Tutty Moreno, Rodolfo Stroeter, André Mehmari e Nailor Proveta; Dos Navegantes, Edu Lobo, Romero Lubambo, Mauro Senise; Duo, Nelson Ayres e Ricardo Herz; Eletrocardiograma, Flora Matos; Em Busca da Viagem Eterna, Bike; (E)spécies, Bartolo; Espectro, Tantão e os Fita; Espiral de Ilusão, Criolo; Esú, Baco Exu do Blues; Farol, Lucas Estrela; Galanga Livre, Rincon Sapiência; Heresia, Djonga; in/on, Bella & Thomas Rohrer; Isabel, Posada; Japanese Food, Giovani Cidreira; Lá Vem a Morte, Boogarins; Letrux — Em Noite de Climão, Letrux; Língua Franca, Emicida, Rael, Capicua e Valete; Líquido, Tibério Azul; Machine Messiah, Sepultura; Magnetite, Scalene; Meio que Tudo é Um, Apanhador Só; Modo Avião, Lucas Santtana; Música de Brinquedo 2, Pato Fu; Não Tá Tudo Bem, Ops; Natureza Universal, Hermeto Pascoal; Oculto pelos Seres, Rakta; Ogum Lê, Bongar; OQuadro, Nêgo Roque; Ottomatopeia, Otto; Oyá Tempo, Luiza Lian; Pajubá, Linn da Quebrada; Panasonic, Lucas Pires; Praia Futuro, Praia Futuro; Quem Tá no Jogo, RZO; Recomeçar, Tim Bernardes; Rodeados pela Beleza, Carla Boregas; Romance Modelo, Mari Romano; Roteiro pra Aïnouz Vol. 3, Don L; Ruína, In Venus; Sambas do Absurdo, Rodrigo Campos, Juçara Marçal, Gui Amabis; São Paulo Não É Sopa, Aláfia; Serra dos Órgãos, Domenico Lancellotti; Sintoma, Castello Branco; Soledad, Soledad; Tarefas Intermináveis, Juliana R.; Todas as Bandeiras, Maglore; Toninho Ferragutti & Salomão Soares, Toninho Ferragutti & Salomão Soares; Tu, Tulipa Ruiz; Um Corpo no Mundo, Luedji Luna; Unlikely, Far From Alaska; Vem, Mallu Magalhães; Visitantes Nordestinos, Mitch & Mitch & Kassin; Xenia, Xênia França; Ziyou, Jovem Palerosi
Quem foi Zumbi dos Palmares e como surgiu o Dia da Consciência Negra?
Fernanda Torres é uma das 10 atrizes cotadas para o Oscar 2025; Confira lista completa
Entenda as metáforas do livro Moby Dick, de Herman Melville
Festival Internacional do Audiovisual Negro discute internacionalização de produções negras
Morre Vladimir Shklyarov, estrela do balé russo, aos 39 anos