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Conheça os finalistas e vote no Artista do Ano do Prêmio Bravo! 2016

Por Bravo
Atualizado em 22 set 2022, 12h39 - Publicado em 20 mar 2017, 11h40
Os finalistas ao Prêmio Bravo! na categoria de Artista do Ano

Diferente das outras 12 categorias do Prêmio Bravo!, em que um time de jurados especializados — jornalistas, artistas, produtores, acadêmicos —decide o vencedor, a de Artista do Ano é decidida por voto popular. Você já pode votar aqui.

Pedimos aos jurados de todas as categorias que indicassem quem foi, para eles, o artista do ano. Votos computados, chegamos a cinco finalistas: a cantora Céu, o cineasta Kleber Mendonça Filho, o diretor Luiz Fernando Carvalho, a cantora Rita Lee e o ator Wagner Moura.

Veja como foi o ano de cada um deles:

Céu

Foto: Luiz Garrido

Mais de 10 anos após seu primeiro disco de estúdio, não há novidade em dizer que Céu está linha de frente da nova geração de cantoras brasileiras que desde os anos 2000 experimentam novas formas de composição, produção e distribuição de suas músicas. Com Tropix, seu quarto álbum de estúdio, a cantora consolida seu espaço no cenário musical brasileiro — ao mesmo tempo em que continua a se projetar internacionalmente. Sua combinação de elementos tropicais com uma atmosfera pop e eletrônica lhe rendeu elogios de jornais como o americano New York Times e o britânico Guardian, para o qual Céu é “uma Astrud Gilberto moderna”.

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Kleber Mendonça Filho

Foto: M. Petit / Festival de Cannes

Dentro e fora das salas de cinema, 2016 foi para Kleber Mendonça Filho um ano agitado: ao mesmo tempo em que consolidou seu lugar de destaque no cinema brasileiro atual, foi alçado a inesperado protagonismo na crise política que consome o país. Confirmando as expectativas que O Som ao Redor havia levantado quatro anos antes, Aquarius estreou sob aplausos no Festival de Cannes, onde foi um dos favoritos à Palma de Ouro. Na ocasião, ele e a equipe fizeram um protesto contra o impeachment de Dilma Rousseff que correu capas de jornais do mundo todo. Também em função da crise, Mendonça Filho deixou o cargo que tinha na Fundação Joaquim Nabuco, no Recife. Em dezembro, foi anunciado como substituto de José Carlos Avellar como programador de cinema do Instituto Moreira Salles, no Rio e em São Paulo.

Luiz Fernando Carvalho

Foto: Raquel Couto

Ímã de críticas positivas, característica incomum para um diretor de televisão, Luiz Fernando Carvalho esteve ao longo de 2016 à frente da novela das nove Velho Chico, da qual foi diretor-geral. Nela, primou por fotografia, dramaturgia, direção de elenco e trilha sonora cuidadosas. Já em janeiro deste ano, levou às telas mais uma obra literária brasileira: desta vez foi o romance Dois Irmãos, de Milton Hatoum, que ganhou imagem e som na forma de minissérie. Em entrevista à Bravo!, ele contou que se preparou com a equipe de modo teórico e prático para entender o universo familiar do romance e o painel histórico do qual ele faz parte. “Este diálogo entre os odores dos quartos e os do Brasil me guiou muito”, disse.

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Rita Lee

Foto: Divulgação

Rita Lee pode ter deixado os holofotes musicais, mas não deixou de brilhar. Prova disto é a sua recente incursão na literatura, materializada na elogiada biografia que lançou em novembro do ano passado. Rita Lee — Uma Autobiografia percorre desde saborosas anedotas de sua trajetória, passando por momentos tensos de ruptura (como a saída d’Os Mutantes) até episódios dramáticos de sua vida, sempre num tom sarcástico e de desconcertante sinceridade. Dispensando a figura do ghost writer e a tendência à maquiagem de biografias autorizadas, a cantora optou por ela mesma contar sua história sem muitos filtros, como numa autoterapia. Por ora aposentada dos palcos, ela admite que ainda compõe — e que já pensa em experimentar a ficção.

Wagner Moura

Foto: Daniel Daza (Divulgação/Netflix)

Depois de viver Capitão Nascimento nos dois filmes de Tropa de Elite e garantir seu lugar na história do cinema brasileiro, Wagner Moura decidiu experimentar o outro lado do crime e da fronteira nacional. Na série americana Narcos, que em 2016 chegou à segunda temporada, o ator deu feição humana e complexa ao traficante colombiano Pablo Escobar. A construção da personagem lhe rendeu projeção internacional no rol de seriados produzidos e exibidos pelo serviço de streaming Netflix — que, em setembro, confirmou mais duas temporadas para Narcos. Wagner Moura já recebeu o Prêmio Bravo! de Artista do Ano em 2008.

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Prêmios Bravo! de artista do ano

De 2005 a 2012, artistas de diversas linguagens foram contemplados com o prêmio Bravo! de Artista do Ano, entre atores, cantores e poetas. A atriz e cantora Bibi Ferreira, vencedora na última edição, foi a primeira mulher a receber o prêmio. Veja os vencedores nesta categoria, ano a ano:

2005 — Marco Nanini

Marco Nanini em “Um Circo de Rins e Fígados”

Depois das peças Os Solitários e Morte de um Caixeiro Viajante, ambas sob direção de Felipe Hirsch, o ator Marco Nanini continuou a experimentar o teatro contemporâneo em 2005 com Um Circo de Rins e Fígados, escrito por Gerald Thomas especialmente para o ator. A comédia absurda baseada em O Balcão, de Jean Genet, colocou o ator para interpretar a si mesmo numa trama kafkiana.

2006 — Tom Zé

Ensaio de Tom Zé para a Bravo! em 2012 (Foto: Gabriel Rinaldi)

Em 2005, Tom Zé lançava Estudando o Pagode, disco que deu sequência, 30 anos depois, à série iniciada pelo clássico Estudando o Samba (1976) — e que, depois, ainda teria Estudando a Bossa (2008). Pensado como uma opereta (chamada Segregamulher e Amor) dividida em três atos, o álbum não se resume à investigação do gênero pagode e a apresentação de suas partes de modo desconstruído, mas também elabora sobre o lugar da mulher na sociedade. As cantoras Zélia Duncan, Suzana Salles, Luciana Mello e Ceumar se revezam nos vocais.

2007 — Paulo Autran

Paulo Autran durante o Prêmio Bravo! de 2007

Em 2007, aos 85 anos, Paulo Autran seguia ativo, trabalhando em filmes como O Ano em que Meus Pais Saíram de Férias, de Cao Hamburger, e O Passado, de Hector Babenco, além de protagonizar O Avarento, de Moliére, nos palcos sob direção de Felipe Hirsch — era a 90ª peça de sua carreira. O ator recebeu pessoalmente o Prêmio Bravo! em 1º de outubro. No dia 12, faleceu por complicações de um câncer no pulmão com o qual lutava.

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2008 — Wagner Moura

Wagner Moura durante Prêmio Bravo! de 2008

Em 2007, Wagner Moura estrelou três filmes, como Saneamento Básico e Ó Pai, Ó. Mas foi com Tropa de Elite que ganhou a consagração de público e crítica, além de premiações nacionais e internacionais — o longa de José Padilha sobre a guerra às drogas venceu o Prêmio Bravo! de melhor filme e o Urso de Ouro no Festival de Berlim. O ator dedicou o prêmio a Paulo Autran, vencedor no ano anterior.

2009 — Selton Mello

A premiação de Selton Mello como artista do ano em 2009, desbancando nomes consagrados como Chico Buarque e Fernanda Montenegro, consagrou um momento produtivo para o ator. Nos três filmes que estreou naquele ano, provas de sua versatilidade não faltaram, como se viram na comédia A Mulher Invisível, de Cláudio Torres, no drama Jean Charles, de Henrique Goldman, e no autoral A Erva do Rato, de Júlio Bressane.

2010 — Manoel de Barros

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O Prêmio Bravo! de Artista do Ano veio coroar não apenas a prolífica trajetória poética de Manoel de Barros, então com 94 anos, mas também duas grandes e novas empreitadas. Em 2010, o autor mato-grossense publicou sua Poesia Completa em volume único e foi objeto do documentário Só Dez Por Cento é Mentira, dirigido por Pedro Cezar. Para a premiação, o poeta foi representado por seu neto e enviou um vídeo de agradecimento (veja ao lado). Manoel de Barros morreria dois anos depois.

2011 — Marco Nanini

Marco Nanini durante o Prêmio Bravo! de 2011

Artista do ano pela segunda vez, Marco Nanini subiu ao palco duas vezes no Prêmio Bravo! de 2011. Ele também recebeu o troféu de melhor espetáculo de teatro com a peça Pterodátilos, que protagonizou sob direção de Felipe Hirsch. No texto do dramaturgo americano Nicky Silver, Nanini interpretou o pai de uma família disfuncional.

2012 — Bibi Ferreira

Bibi Ferreira durante o espetáculo “Bibi, Histórias e Canções”

Primeira mulher a receber o Prêmio Bravo! de Artista do Ano, Bibi Ferreira celebrava em 2012 seus 90 anos. A dama do teatro nacional estreou naquele ano espetáculo em que reviveu canções e trechos memoráveis das principais peças de sua carreira. Acompanhada por orquestra de 21 músicos, a cantora revisitou em Bibi, Histórias e Canções suas participações em My Fair Lady (1962), Hello, Dolly (1965), Gota d’Água (1975) e Piaf, A Vida De Uma Estrela da Canção (1983).

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