Conheça os indicados ao Prêmio Bravo! 2016 de Melhor Longa-Metragem
Um time de jurados especializados — jornalistas, artistas, produtores, acadêmicos — debateu, argumentou e ponderou junto à equipe da Bravo! até chegarmos a três nomes de cada uma das 12 categorias do prêmio. Um último troféu, de Artista do Ano, será escolhido pelo voto do público.
Na categoria de Melhor Longa-Metragem, os finalistas são Boi Neon, dirigido por Gabriel Mascaro, Aquarius, de Kleber Mendonça Filho e A Vizinhança do Tigre, de Affonso Uchoa. O júri é composto pelo jornalista Cássio Starling, pelo cineasta Paulo Sacramento e pela jornalista e doutoranda em comunicação Carol Almeida.
Veja o que a banca disse sobre os indicados:
A Vizinhança do Tigre — direção: Affonso Uchoa
“O filme é explosivo na tensão entre ficção e realidade. Para além de qualquer fetiche de linguagem, reina o espanto que nasce de suas imagens e narrativa. Potente e incômodo, o filme se faz em perfeita harmonia entre forma e conteúdo.”
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Boi Neon — direção: Gabriel Mascaro
“Os corpos neste filme são simultaneamente sentidos e cenários, construídos a partir de seus respectivos desejos. O de um vaqueiro que quer ser costureiro, de uma menina que sonha em ter cavalos e o da sua mãe que, entre performances onde se antropomorfiza em seres equestres, espera não perder a ternura a despeito dos coices que leva e dá. Um ostentoso ensaio estético-político sobre os papeis sociais desses corpos e a relação simbiótica entre eles e os animais que tangem.”
Aquarius — direção: Kleber Mendonça Filho
“A qualidade imediata de Aquarius ficou evidente em seu poder de catalisar a crise social, moral e política que atravessamos. As leituras que a ambivalência da protagonista despertou demonstraram também que o filme oferecia camadas além de sua primeira mensagem. A atenção ao corpo fora do padrão etário jovem e às transformações da vida madura amplificam o alcance dos sentidos manifestos e latentes do longa.”
Prêmios Bravo! de Melhor Longa-Metragem
Entre 2005 e 2012, longas como Tropa de Elite 2, de José Padilha, Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes e Terra Vermelha, de Marco Bechis levaram a premiação. Confira os vencedores ano a ano:
2005 — Fábio Fabuloso, de Pedro Cezar, Ricardo Bocão, Antônio Ricardo
Inspirado na linguagem do cordel, o documentário Fábio Fabuloso conta a história do surfista paraibano Fábio Gouveia. O esportista nascido em 1969 foi um dos responsáveis pela valorização e pelo reconhecimento internacional do surf brasileiro. O filme é dirigido por Pedro César, Ricardo Bocão e Antônio Ricardo.
2006 — Cinema, Aspirinas e Urubus, de Marcelo Gomes
Um dos expoentes da eclosão do cinema pernambucano a partir da década de 2000, o road movie Cinema, Aspirinas e Urubus é dirigido por Marcelo Gomes e foi exibido no Festival de Cannes de 2005. A história se passa no sertão nordestino em 1942 e fala de um refugiado alemão Johann (Peter Ketnath) que vende aspirinas e seu motorista, Ranulpho (João Miguel).
2007 — O Céu de Suely, de Karim Aïnouz
Estrelado por Hermila Guedes, O Céu de Suely é dirigido pelo cearense Karim Aïnouz e foi selecionado para os festivais de Veneza e Toronto. Conta a história de Hermila (posteriormente, Suely), uma menina nascida no interior do Ceará que vai tentar a vida em São Paulo. Grávida, volta à cidade natal mas tenta fugir novamente fazendo uma rifa do seu corpo.
2008 — Tropa de Elite, de José Padilha
https://www.youtube.com/watch?v=0jeTL9hC3Wg
Fênomeno de público no Brasil, Tropa de Elite iniciou a saga do Capitão Nascimento (Wagner Moura) — tornado um “herói” pela mídia. No longa, como policial do BOPE, ele luta contra a corrupção dentro da Polícia Militar e combate o tráfico de drogas. O filme de José Padilha recebeu o Urso de Ouro no Festival de Berlim.
2009 — Terra Vermelha, de Marco Bechis
Inspirado em fatos reais, Terra Vermelha, de Marco Bechis, trata da luta pela sobrevivência dos índios guarani-kaiowá. Mostra a briga deles com um latifundiário, problemas da tribo como a depressão, o suicídio e o alcoolismo. Abriu a Mostra Internacional de Cinema de São Paulo de 2008.
2010 — Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, Karim Aïnouz e Marcelo Gomes
Road movie com um protagonista que não aparece em cena (apenas narra o filme), o longa de Karim Aïnouz e Marcelo Gomes trata da história de José Renato (Irandhir Santos), um geólogo que precisa viajar pelo sertão nordestino. Seus pensamentos, sua solidão, suas saudades e nostalgias são captadas pela voz e pelas cenas da estrada.
2011 — Tropa de Elite 2 — O Inimigo Agora é Outro de Jose Padilha
A segunda parte da história do Capitão Nascimento o mostra como parte da Secretaria de Segurança Pública, numa função mais burocrática, em que precisa lidar com a corrupção das milícias e dos políticos. O filme também é dirigido por José Padilha.
2012 — Trabalhar Cansa, de de Juliana Rojas e Marco Dutra
Trabalhar Cansa é a estreia em longa-metragem da dupla Juliana Rojas e Marco Dutra. O filme foi exibido no Festival de Cannes e venceu o Prêmio do Júri no Festival de Paulínia de 2011. Com influências brechtianas, mostra absurdos nas relações humanas e no mundo corporativo.
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