Conheça os indicados do Prêmio Bravo! de Cultura na categoria Na Mira, do Arte 1
![](https://bravo.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/15A0cYORuwiRVjr_3rxf9Mg.jpeg?quality=70&strip=info&w=800&h=449&crop=1)
Premiação inédita volta-se para artistas em início de carreira que se destacaram em 2017. A cineasta Caroline Leone e as cantoras e compositoras Luedji Luna e Luiza Lian concorrem
![](https://bravo.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/15A0cYORuwiRVjr_3rxf9Mg.jpeg?&w=1024&crop=1)
Entre as 11 categorias do Prêmio Bravo! de Cultura 2018, que escolhe destaques da produção cultural de 2017, uma nova premiação vai eleger jovens artistas. A categoria, inédita, firma o compromisso entre Bravo! e Arte 1 de revelar e fomentar novos talentos no país. A cineasta Caroline Leone e as cantoras Lueji Luna e Luiza Lian são as finalistas.
O Prêmio Bravo! de Cultura 2018 será realizado no dia 27 de março na Casa de Francisca, no centro de São Paulo. É a segunda edição do evento desde que a revista é publicada por editores independentes. O Prêmio Bravo! de Cultura existiu de 2005 a 2013 e foi relançado no ano passado, elegendo os melhores de 2016. Veja os vencedores da última edição e conheça, abaixo, o trabalho das indicadas ao prêmio Na Mira, do Arte 1.
Carolina Leone
![](https://bravo.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/1By1vNqJdokCcJXatJKckVQ.jpeg?&w=1024&crop=1)
A cineasta Caroline Leone lançou Pela Janela em 2017. Filmado entre Brasil e Argentina, seu primeiro longa centra-se em Rosália, uma mulher de 65 anos que, de repente, se vê desempregada. Durante uma viagem de carro, a personagem mergulha em um processo inevitável — em nem por isso fácil — de renascimento. Essa transformação, embora radical em vários sentidos, ocorre de forma sutil, quase delicada, como a paisagem nova que, aos poucos, se revela com o avançar do caminho. Sem se entregar a rompantes grandiosos, Caroline dá ainda mais força a uma história que, ao final, se prova universal: de tempos em tempos, a vida impõe recomeços a todo mundo. Pela Janela revela uma cineasta com domínio da narrativa e da técnica, costurando com maturidade as escalas de tempo, espaços e sentimentos. Seus silêncios pesam sobre a geografia das cenas, e assim ela diz muito. Pela Janela foi eleito melhor filme do programa Bright Future, reservado aos diretores iniciantes, no Festival Internacional de Roterdã.
Luedji Luna
![](https://bravo.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/1MejVtBmIZ724OEDHPQhDrA.jpeg?&w=1024&crop=1)
Luedji Luna conta que suas primeiras influências musicais vieram da vitrola dos pais, que tocava Milton Nascimento, Luiz Melodia. Também com os pais aprendeu política e cresceu consciente das dificuldades e da potência da mulher negra. Em 2017, Luedji lançou seu primeiro disco, Um Corpo no Mundo, projeto independente, financiado coletivamente. Suas canções questionam a herança colonial e falam da busca por identidade. São músicas com mensagens fortes mas que nem por isso perdem em sonoridade. Luedji Luna faz o público dançar. Mistura jazz, samba, reggae. Incorpora batidas africanas. A cantora e compositora baiana, assumidamente feminista e militante, diz que a necessidade de cantar sobre poder e racismo se impôs ainda mais depois que trocou Salvador por São Paulo, há três anos. Seu nome tem significados diferentes dependendo do dialeto africano. Pode ser “amizade”. E também “rio”.
Luiza Lian
![](https://bravo.abril.com.br/wp-content/uploads/2022/04/1MUSxoG58ymmEnHO26WGGHg.jpeg?&w=1024&crop=1)
Luiza Lian lançou o primeiro disco em 2015 mas foi no ano passado, com o álbum Oyá Tempo, que mostrou realmente o caminho que pode seguir como artista. Apresentado como um “álbum visual”, o disco propriamente dito é só uma parte de um projeto ousado, que soma um média-metragem e um site. O mais comum é descrever Luiza como cantora e compositora, mas ela é prova de que essas classificações fazem cada vez menos sentido na arte. Seu trabalho desdobra-se em outras criações. Oyá Tempo espelha muito de sua visão de mundo e espiritualidade. Cada faixa parece um convite para se explorar um universo. Ela passeia entre a batida eletrônica e o jazz. E entre a atmosfera das divindades africanas e a dureza da vida na cidade. O palco potencializa toda essa pluralidade da artista. Luiza Lian cresce. Faz show e faz performance.