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Escritos de Nestrovski

Por Bravo
Atualizado em 21 set 2022, 22h21 - Publicado em 12 jul 2019, 05h31

E mais: a obra-prima de Hermilo Borba Filho; um romance naturalista de Adolfo Caminha; as homenagens a Osman Lins; e um lançamento sobre o “Anjo da Morte” de Auschwitz

Foto: Alessandra Fratus/Divulgação

Por Diana Bezerra

Diretor artístico da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), Arthur Nestrovski mostra seu melhor lado de crítico no livro Tudo Tem a Ver (Todavia). São dez ensaios e outros textos curtos que misturam música e literatura, de Chico Buarque a Beethoven, de Edgar Allan Poe a Ian McEwan, produzidos pelo autor ao longo de 30 anos de carreira.

Vale lembrar que, em 2017, Nestrovski lançou Música, livro de fotografias com 150 imagens feitas com iPhone. Quase todas de árvores, as fotos eram associadas a um nome específico de música erudita. A capa trazia a Praça Buenos Aires, em São Paulo, relacionada ao compositor Gustav Holst.

Memórias da ditadura

Agá, de Hermilo Borba Filho, vai sair pela Companhia Editora de Pernambuco (Cepe). Publicada pela primeira vez em 1974 e considerada obra-prima do escritor, consiste em um verdadeiro memorial sobre a tortura e os abusos de poder cometidos durante o regime militar.

Colonialismo

Outra novidade da Todavia é Bom Crioulo, de Adolfo Caminha. Clássico do romance naturalista, é um panorama do Brasil do século 19, escrito pelo cearense de Aracati, autor também de Voos Incertos (1886) e A Normalista (1893).

Faz falta!

O pernambucano Osman Lins, que recebe homenagens póstumas (entre leituras dos contos e encenações) durante todo esse mês de julho em Recife, tem o livro Casos Especiais de volta ao mercado. A obra, composta por três novelas — A Ilha no Espaço, Quem era Shirley Temple? e Marcha Fúnebre — , foi adaptada para a TV Globo em 1978.

Judaísmo em cena

O livro A Alma Imoral, do rabino Nilton Bonder, inspirou o monólogo homônimo de Clarice Niskier, que desembarca em Salvador nos dias 19, 20 e 21 de julho, no Teatro Sesc Casa do Comércio. A peça, assistida por mais de 450 mil espectadores ao longo dos 13 anos de temporadas, baseia-se em histórias e parábolas da tradição judaica, que guia seus seguidores na prática e na crença do cristianismo.

Pós-Hitler

Jornalista francês com textos publicados em jornais como The New York Times, Le Monde, Le Figaro e L’Express, Olivier Guez lança O Desaparecimento de Josef Mengele (Intrínseca), sobre o médico nazista que ficou conhecido como “Anjo da Morte” no campo de concentração de Auschwitz. Responsável pelo extermínio de 400 mil judeus durante a Segunda Guerra Mundial, ele passou as últimas décadas de vida usando pseudônimos e fugindo entre a Argentina, Paraguai e Brasil, onde morreu escondido.

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