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Os livros de 2018 indicados pela Bravo!

Por Bravo
Atualizado em 21 set 2022, 22h27 - Publicado em 1 ago 2018, 12h21

Reunimos todas as obras que saíram na nossa newsletter semanal, entre janeiro e julho deste ano

Toda sexta, a redação da Bravo! seleciona 4 novos e bons livros, de diversos estilos e editoras, para a nossa newsletter. Reunimos o que foi indicado até aqui — de janeiro até julho, com descontos de alguns livros de 2017 que foram indicados no começo do ano. Para todos, um textinho rápido com nossas impressões. Veja abaixo todos as obras de 2018 que saíram na newsletter Bravo! indica até agora.

Janeiro/Fevereiro

A Questão da Culpa, Karl Jaspers. Todavia. Publicado em 1946, o texto do psicanalista foi o primeiro a abordar a culpa coletiva na Alemanha, por conta dos crimes cometidos pelo nazismo.

Cildo — estudos, espaços, tempo. Org. Diego Matos e Guilherme Wisnik. Ubu. Fotografias, esboços e textos críticos revisam a obra de um de nossos principais artistas contemporâneos, Cildo Meireles.

Música de Montagem, Sergio Molina. É Realizações.É um livro para nerds, ainda assim a análise da composição da Música popular no pós-1967 mostra como a canção foi remodelada no século passado, esmiuçando obras que vão de Milton Nascimento a Björk.

Perambule, Fabrício Corsaletti. Editora 34.
Reunião de 60 textos, entre crônicas, poemas e pequenos contos — todos baseados nos mais variados trajetos mundo afora.

Sonhos da Periferia, Sergio Miceli. Todavia. Um dos principais sociólogos da cultura do Brasil embarca numa crítica do modernismo literário argentino através da análise da revista Sur.

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Crônica de uma Vida de Mulher, Arthur Schnitzler. Record.
A reedição traz os dramas de Therese Fabiani, austríaca de família decadente na Viena do fim século 19.

O Gabinete Negro — Cartas com Comentários, de Max Jacob. Carambaia. Inédito no Brasil, traz uma série de cartas fictícias, formando um romance epistolar “cubista”– termo criado pelo próprio para designar a obra de Picasso.

Pequena Música, Adriana Lisboa. Iluminuras. John Cage é uma das referências do novo livro da autora carioca Adriana Lisboa, que estabelece uma relação entre música (e o ruído e o silêncio) e a poesia.

Tudo Pode Ser Roubado, Giovana Madalosso. Todavia. Uma garçonete que vive de pequenos furtos é contratada para roubar uma primeira edição do romance O Guarani, de 1867.

O Avesso e o Direito, Albert Camus. Record. Nova edição do primeiro livro do escritor e filósofo argelino, com cinco ensaios literários sobre vida mediterrânea, morte, exílio e o absurdo da vida.

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Aquela Água Toda, João Anzanello Carrascoza. Alfaguara.
Nova edição, traz 11 contos com a prosa refinada do autor, que tem na infância, na família e no cotidiano duas de suas principais marcas.

Blumfeld, um Solteirão de Mais Idade e Outras Histórias, Franz Kafka. Civilização Brasileira.
Reunião de 36 contos com o universo perturbador do theco, entre eles inéditos no país como o drama O Guarda da Cripta.

Karen, Ana Teresa Pereira. Todavia.
Uma mulher acorda numa casa em que não reconhece ninguém — amnésia causada supostamente por um acidente. Romance vencedor do Prêmio Oceanos de 2017.

Edição de 22/2

A Cidade Dorme, Luiz Ruffato. Companhia das Letras. 20 contos de tom memorialístico, amarrados pela ambientação nas cidades e suas periferias, com trabalhadores urbanos à frente da cena.

Nós, Os Tincoãs. Sanzala Artística.
Acompanhado de três dos mais emblemáticos discos do grupo, o livro pontua centralidade do trio na cultura afro baiana com depoimentos e textos críticos.

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Plano, Seco e Pontiguado, Mônica Zarattini. Editora Ipsis e Madalena. Duas viagens a Canudos — em 1986 e 2016 — resultaram em um grande ensaio fotográfico. Nos dois tempos, dois olhares distintos.

Depois da Queda, Dennis Lehane. Companhia das Letras. Thriller psicológico em torno de uma jornalista de TV que, reclusa depois de um ataque de pânico ao vivo, vive uma relação tóxica.

Edição de 2/3

O Que É Cinema?, André Bazin. Ubu. O exercício da crítica cinematográfica em 36 textos do francês, fundador da revista Cahiers du Cinema.

Édipo Rei, Sófocles. Hedra. Nova tradução, direta do grego, da mais clássica das tragédias gregas: a história do homem destinado a matar o pai e a casar com a mãe.

Kyra Kyralina: As Narrativas de Adrien Zograffi, Panaït Istrati. Carambaia. A busca do jovem Stavro pela irmã Kyra, de quem foi separado, numa jornada pelos Bálcãs na passagem do século 19 para o 20.

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Floresta Escura, Nicole Krauss. Companhia das Letras. Um advogado de 68 anos e uma jovem escritora deixam Nova York em busca de uma nova vida no deserto israelense.

Edição de 9/3

A Gorda, Isabela Figueiredo. Todavia. A história, entre cruel e divertida, de Maria Luísa, uma adolescente inteligente e com personalidade — só que gorda. O que muda tudo.

Não Existe Amor Perfeito, Francis Wolff. Edições Sesc. Uma investigação sobre o amor segundo a filosofia, baseada na tríade amizade-desejo e paixão.

Sol na Cabeça, Geovani Martins. Companhia das Letras. Com inspiração autobiográfica, 13 contos que retratam a infância e a juventude nas favelas cariocas.

Lugares Distantes, Andrew Solomon. Companhia das Letras. Reunião de ensaios sobre viagens a lugares sacudidos por rupturas, vistas por pessoas comuns.

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Edição de 16/3

Meu Sonho é Escrever, Carolina Maria de Jesus. Ciclo Contínuo Editorial. Uma amostra do projeto literário de Carolina Maria de Jesus para além de Quarto de Despejo em contos e fragmentos inéditos.E

O Corego, org. e tradução de Ligiana Costa. Edusp. Edição caprichada de texto anônimo do século 17 sobre a arte da encenação. Inédito em português, traz também vários ensaios sobre o documento.

Nuvens, Hilda Machado. Editora 34. Póstumo, o livro foi deixado pronto pela autora, professora de cinema da UFF. Traz, além dos poemas agrupados a partir do título, uma seleção de esparsos.

Racismos, Francisco Bethencourt. Companhia das Letras. Das Cruzadas ao século 20, o historiador mostra como o racismo precede as teorias de raça, sendo uma constante no mundo ocidental.

Edição de 23/3

Angola Janga, Marcelo D’Salete. Veneta. Angola Janga é o nome banto para se referir a Palmares. Marcelo D’Salete narra em quadrinhos histórias que contam as últimas décadas do quilombo mais famoso do Brasil. Roteiro e desenhos incríveis.

Redesejo, Sergio Basbaum. Laranja Original. Acompanhados de guaches de Ricardo Bezerra, os poemas de Sergio Basbaum se materializam em um livro de poesia sintética, erótica e filosófica, que brinca com formas clássicas, como o haicai, sem abrir mão de um jogo visual.

Primeiro Caderno do Alumno de Poesia, Oswald de Andrade. Cia das Letras. Edição fac-similar do livro de 1927, dedicado a Tarsila do Amaral. Com textos de Manuel da Costa Pinto e Augusto de Campos.

Arte e Conhecimento em Leonardo da Vinci, Alfredo Bosi. Edusp. Livrinho caprichado com a análise da obra e da época de um maiores gênios do Renascimento, segundo um dos maiores críticos do Brasil.

Edição de 6/4

Crítica da Razão Negra, Achille Mbembe. n-1 edições. O pensador camaronês recupera cinco séculos de colonialismo e escravidão para compreender o mundo de hoje.

Reserva Natural, Rodrigo Lacerda. Companhia das Letras. Dez contos em que se explora a nossa complexa relação com a natureza, entre a adoração e o medo.

Fundo Falso, Mônica de Aquino. Relicário. Prêmio Cidade de Belo Horizonte, reúne poemas que percorrem da mitologia ao cotidiano, da família à luz.

Viver Bem é a Melhor Vingança, Calvin Tomkins. Trad. Beatriz Horta. Ed. Autêntica. A aura de Paris da festa dos anos 1920 é contada a partir do casal Gerald e Sara Murphy.

Edição de 13/4

O Elefante Desaparece, Haruki Murakami. Alfaguara. 17 contos em que prevalece a realismo fantástica à japonesa do autor — do elefante desaparecido em Tóquio a um monstrinho verde saído do chão.

2001, Uma Odisseia no Espaço, Michael Benson. Todavia. Os bastidores e o processo de criação do clássico de ficção científica, com destaque para a relação entre o autor (Clark) e o diretor (Kubrick).

A República em Transição, Raymundo Faoro. Record. Coletânea com 61 artigos, escritos entre 1982 e 1998, do cientista social que dissecou a vocação patrimonialista do Estado brasileiro.

O Homem que Plantava Árvores, Jean Giono. Editora 34. Pequeno clássico, adaptado para um curta que levou o Oscar, conta a história de um pastor dedicado a transformar a paisagem de seu vilarejo.

Edição de 20/4

Ayako, Osamu Tezuka. Veneta.
Triologia do mestre do mangá morto em 1989, foi originalmente publicada entre 1972 e 1973. Gira em torno dos conflitos da família Tenge, no Japão em reconstrução após a Segunda Guerra Mundial.

De 1997 a 2017, Edith Derdik.
Linda edição publicada de forma independente pela artista reúne seus trabalhos mais significativos e textos críticos, notas, poemas. Pode ser visto aqui e encomendado no email livroedithderdyk@gmail.com.

O Romance Luminoso, Mario Levrero. Companhia das Letras. Romance-diário, em torno da vida comum, que levou quatro décadas para sair do papel, perdido na idas e vindas do escritor uruguaio.

A Tirania do Amor, Cristovão Tezza. Todavia. Numa bela manhã, o economista Otávio Espinhosa decide abdicar do sexo. À crise pessoal se junta a profissional, e as duas ilustram a do nosso tempo.

Edição de 27/4

O Orangotango Marxista, Marcelo Rubens Paiva. Alfaguara.
Quem narra a história é o símio do título. Leitor de Marx, Darwin e quadrinhos do Batman, ele é o objeto de estudo de uma bióloga.

Um Ano Depois, Anne Wiazemsky. Todavia.
Casada com Godard, a autora foi a protagonista de A Chinesa e lembra, neste livro, personagens e eventos do 1968 na França.

Confissões de um Jovem Romancista, Umberto Eco. Record. Quatro ensaios que mapeiam a abordagem intelectual e o processo criativo do “velho romancista” italiano que publicou O Nome da Rosa aos 50 anos.

Nepal Legal e Índia Derradeira, Lucas Viriato. OrganoGrama.
O editor do Plástico Bolha nos leva por uma jornada poética que expande o relato de viagem, jogando com as formas em textos que têm transcendência no prosaico.

Edição de 4/5

Canções Ilumindas de Sol, Carlos Gomes. Trabalho minucioso do editor da Outros Críticos, compara as principais canções do Tropicalismo e do Manguebeat, apontando convergências e discrepâncias, usando o conceito de canção e composição críticas.

Uma Mulher Transparente, Edgard Telles Ribeiro. Todavia.
Vinte anos depois do ocorrido, um escritor lida com a memória do dia em que viu seu patrão — um conhecido intelectual — com uma arma na cintura, pouco antes de o corpo de uma mulher ser encontrada morta na rua.

Contos de Assombro, Carambaia. Antologia de literatura de mistério, reunindo narrativas escritas o fim do século 19 e o início do 20. Entre os autores, Ivan Turguêniev, Luigi Pirandello, Virginia Woolf, Edith Wharton, Leonid Andreiev.

A Esponja dos Ossos, Maria Cecilia Brandi. 7Letras. Poemas permeados de referências literárias e culturais, desdobrando “notações afetivas sobre a vida comum”, como diz o crítico Gustavo Silveira Ribeiro.

Edição de 11/5

Dicionário da Escravidão e Liberdade, org. Lilia Moritz Schwarcz e Flávio Gomes. Companhia das Letras.
Ilustrado, reúne 50 verbetes críticos escritos por diversos especialistas, num lançamento que coincide com os 130 anos da Lei Áurea, em 13 de maio.

Também os Brancos Sabem Dançar, Kalaf Epalanga. Todavia.
“Romance musical”, cheio referências à cena eletrônica, é a autoficção de um músico angolano que, tentando chegar a Oslo para tocar em um festival, é detido acusado de imigração ilegal. (Paula Carvalho entrevistou Epalanga aqui)

Magna, Cristiano Xavier. Vento Leste.
Resultado de dez anos de pesquisa, o volume reúne imagens espetaculares da natureza, registradas em 30 lugares de dez países espalhados em cinco continentes.

Raphael Rabello: o Violão em Erupção, Lucas Nobile. Editora 34.
Biografia do violonista carioca, morto em 1995 aos 32 anos, dá a dimensão do talento desse músico que, mesmo inserido na tradição, soube ser absolutamente original.

Edição de 18/5

Elza, a Garota, Sérgio Rodrigues. Companhia das Letras.
Nova edição da história real, aqui romanceada, de Elvira Cupello Calônio, militante comunista que foi morta em 1936 a mando de Luís Carlos Prestes, acusada de trair o Partido Comunista Brasileiro.

O Mundo Perdido, Arthur Conan Doyle. Todavia.
Clássico da literatura de fantasia do criador de Sherlock Holmes, o romance de 1912 acompanha a viagem do professor Challenger à Amazônia, onde ele descobre um mundo pré-histórico.

Poesia Chinesa, André Caramuru Aubert. SESI-SP.
A paixão clandestina de um professor de meia-idade é o motor do romance que narra a história de um personagem entre a acomodação e a vertigem.

Ninfas do Tietê, Natália Nolli Sasso. Moinhos.
Primeiro volume de uma “trilogia erótica”, o livro de poesia é dividido em 15 cantos de temática urbana — crua, suja e paulistana como o rio do título.

Edição de 25/5

Poesihahaha, Carlos Castelo. Patuá. São 50 poemas do colunista da Bravo! em torno de temas que vão do erótico à política, sempre evocando a herança do poema-piada — de Oswald de Andrade aos poetas marginais dos anos 70.

Desobedecer, Frédéric Gros. Ubu. Retomando estudos e reflexões sobre o tema, o filósofo francês debruça-se sobre a antiga questão: por que obedecemos a autoridade — e por que desobedecer é tão difícil?

Um Artista do Mundo Flutuante, Kazuo Ishiguro. Companhia das Letras. Nova edição do segundo livro do atual Nobel de Literatura, tem como protagonista o artista plástico Amsuji Ono, vivendo a aposentadoria nos anos que seguem à rendição do Japão na Segunda Guerra.

Patologias do Social, Vladimir Safatle, Nelson da Silva Junior, Christian Dunker. Autêntica. Resultado de pesquisas coletivas na teoria social, psicanálise e filosofia, o livro enfatiza a dimensão política da subjetividade reapresentando categorias clínicas clássicas.

Edição de 8/6

Da Prosa, Hilda Hilst. Companhia das Letras. Caixa com dois volumes reúne toda a obra de ficção da autora homenageada pela Flip 2018. Acompanham textos de Alcir Pécora, Carola Saavedra e Daniel Galera.

Os Trabalhos e as Noites, Alejandra Pizarnik. Relicário. Com título que inverte o de Hesíodo, é um dos dois livros da poeta argentina publicados no Brasil pela primeira vez (o outro é Árvore de Diana).

Dora sem Véu, Ronaldo Correia de Brito. Alfaguara. Mulher de meia-idade, Francisca pega a estrada com o marido numa romaria em direção a Juazeiro, onde espera encontrar a avó que nunca conheceu, Dora.

Almas Mortas, Nikolai Gógol. Editora 34. Clássico do romance russo, conta a história do burocrata que, buscando fortuna em uma cidade de província, “compra” servos mortos, mas ainda registrados como vivos.

Edição de 15/6

O Tempo Desconjuntado, Philip K. Dick. Suma de Letras.
Obra inédita no país do autor de Blade Runner, conta a história de Ragle Gumm, que desconfia da própria realidade na cidadezinha em que vive no fim dos anos 50.

Bússola, Mathias Enard. Todavia.
Vencedor do prêmio francês Goncourt, de 2015, o romance se detém nas memórias do austríaco Franz Ritter, musicólogo apaixonado pelo Oriente Médio (e pela erudita francesa Sarah).

Viagem ao Volga, Aḥmad Ibn Faḍlān. Carambaia.
Relato de um viajante de Bagdá que, no século 10, se deparou com um assentamento viking no território da atual Rússia. Edição bilíngue, com tradução direta do árabe.

Todos Os Santos, Marcello Quintanillha. Veneta.
Um dos maiores quadrinistas brasileiros ganha edição caprichadaque reúne dos primeiros trabalhos a inéditas. E a cultuada Acomodados!!, Acomodados!!.

Edição de 22/6

Literatura à Margem, Cristóvão Tezza. Dublinense. 7 conferências sobre a criação literária do ponto de vista de um dos principais escritores do Brasil, explorando as fronteiras entre ficção, ensaio e biografia.

Corpos em Aliança e a Política das Ruas, Judith Butler. Civilização Brasileira. Da primavera árabe aos movimentos Occupy, a filósofa norte-americana analisa em série de ensaios a ação política das ruas.

Com Armas Sonolentas, Carola Saavedra. Companhia das Letras. Três mulheres com trajetórias e dilemas distintos, mas ligadas pelo sentimento de abandono e exílio em meio a questões do feminino e da maternidade.

Novo Poder: Democracia e Tecnologia, Alê Youssef. Letramento.
Youssef faz oportuna reflexão de como a política é impactada pela tecnologia em livro que nasce da crise de representação e da busca por novas formas de ativismo.

Edição de 29/6

Punk, Antonio Bivar. Barbatana. Reedição em estilo fanzine de um dos pequenos clássicos da coleção “Primeiros Passos”, dos anos 80. Com textos adicionais, essa versão vai das origens, nos ano 70, à “reinvenção” do movimento.

4, 3, 2, 1, Paul Auster. Companhia das Letras.
O escritor americano cria quatro narrativas diferentes para vida para Archie Ferguson no pós-guerra, cada uma delas determinada por escolhas e circunstâncias distintas.

A Parábola do Semeador, Octavia E. Butler. Morro Branco.
Depois do sucesso no Brasil de Kindred, a “grande dama da ficção científica” conta aqui a história da jovem Lauren Olamina no mundo em colapso nos anos de 2024–2027.

Poéticas Românticas Inglesas, org. Roberto Acízelo de Souza. 
Coleção de cinco ensaios de nomes como John Stuart Mill e William Hazlitt, que, cada um a sua maneira, ajudam dar contornos a uma poética romântica moderna inglesa.

Edição de 6/7

Eu e Não Outra, Laura Folgueira e Luisa Destri. Tordesilhas. As jornalistas propõem uma biografia de Hilda Hilst a partir de depoimentos de amigos, driblando estereótipos que a autora ganhou da imprensa, como o de pornográfica.

Viagem ao Céu, Monteiro Lobato. Biblioteca Azul. Edição de luxo da história de 1932, em que a turma de Pedrinho, Narizinho e Emília viajam ao espaço com o pó pirlimpimpim. Traz ilustrações históricas de quatro grandes nomes.

O Holocausto: Uma Nova História, Laurence Rees. Vestígio. Resultado de um trabalho de 25 anos do historiador britânico, o livro é pesquisa séria, com centenas de depoimentos inéditos, que pretende entender como deixamos acontecer a barbárie do Holocausto.

Cícero, Clara Auvray-Assayas. Estação Liberdade. Uma alentada introdução ao pensamento de Cícero (106–43 a.C), um dos maiores oradores da história, e seu papel nos rumos da Roma antiga. Faz parte da coleção Figuras do Saber, que já conta com mais de 30 volumes.

Edição de 13/7

Passagens, Walter Benjamin. Editora UFMG. Caixa com três volumes recheados de fragmentos e citações, anotados entre 1927 e 1940, formando um conjunto de referências culturais que iluminam a obra teórica do filósofo alemão.

Ninguém Precisa Acreditar em Mim, Juan Pablo Villalobos. Cia das Letras. Trama rocambolesca, anárquica, que acompanha as peripécias, em Barcelona, de um estudante de literatura mexicano envolvido com mafiosos.

A Violência das Letras, César Braga-Pinto. Eduerj. Um estudo sobre o ambiente literário e social do Brasil na virada do século 19 e 20, tomando como referência a relação entre escritores. Entre os inimigos, um capítulo especial para o duelo.

Caderno de Memórias Coloniais, Isabela Figueiredo. Todavia. Nascida em Moçambique em família portuguesa, a autora acerta as contas com o pai — um eletricista que desprezava os nativos — e o passado colonial de Portugal.

Edição de 20/7

Cartas da Prisão de Nelson Mandela, Sahm Venter (org.). Todavia. Para comemorar o centenário de Nelson Mandela, completado anteontem, indicamos essa reunião de mais de 200 cartas escritas pelo ícone da resistência sul-africana durante os 27 anos em que passou encarcerado.

68 — Como Incendiar um País, Maria Teresa Mhereb e Erick Corrêa. Veneta. Lançado na coleção Baderna, o livro traz uma seleção de quadrinhos, pôsteres e panfletos produzidos pelos estudantes franceses durante o maio de 1968, em Paris, feita por dois cientistas sociais brasileiros.

Cinema 1 — A Imagem-Movimento, Gilles Deleuze. Editora 34. Reedição do livro em que o filósofo analisa filmes de diretores clássicos, de americanos (como Ford) a soviéticos (Eisenstein). Publicado junto de Cinema 2 — A Imagem-Tempo, voltado para o cinema experimental, de Buñuel a Glauber.

Mac e seu Contratempo, Enrique Vila-Matas. Cia. das Letras. No novo romance do celebrado escritor espanhol, um homem de meia-idade desempregado e neurótico busca na reescrita do livro de seu vizinho — um autor bem-sucedido— a cura para seus males. Ficção e crítica literária se combinam na narrativa.

Edição de 29/7

Úrsula, Maria Firmina dos Reis. Zouk. Esta reedição do romance inaugural da literatura afro-brasileira e feminina, escrito em 1859, vem acompanhado de três textos de pesquisadores e arte de Renata Felinto. Um livro fundamental, sobretudo na semana em que é celebrado o Dia da Mulher Negra.

Maquinação do Mundo, José Miguel Wisnik. Cia. das Letras. Após visitar Itabira, o ensaísta e professor de literatura confronta a poesia de Carlos Drummond de Andrade com a história da mineração local e com suas impressões da cidade, em uma interpretação original da obra do poeta.

Garotas Mortas, Selva Almada. Todavia. O mote é o mesmo da intragável Parte dos Crimes do 2666 de Bolaño — o assassinato de mulheres. A escritora argentina parte de casos reais não investigados para falar de tragédias do machismo. Livro indigesto, mas necessário.

Hilda Hilst Pede Contato, Gabriela Greeb. Sesi-SP. Mesmo nome do filme dirigido pela autora, o livro traz o storyboard e a estrutura do longa-metragem, trechos das fitas de Hilda Hilst se comunicando com o além e recursos multimídia para áudios do filme.

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