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OLÁ,

Os 10 mandamentos de Billy Wilder para um bom filme

O austríaco tem sua trajetória revisitada em exposição inédita no MIS a partir de agosto; Antecipamos principais destaques aqui

Por Redação Bravo!
Atualizado em 22 ago 2024, 15h38 - Publicado em 3 jul 2024, 09h00
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Billy Wilder em sua biblioteca. O austríaco decidiu dirigir fi lmes para que não estragassem mais seus roteiros (Bravo! 2007/acervo rede Abril)
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Billy Wilder, diretor de clássicos do cinema como “Crepúsculo dos deuses” e “Quanto mais quente melhor”, é destaque no Museu da Imagem e do Som (MIS) e ganhará uma mostra individual sobre sua filmografia a partir de 15 de agosto deste ano.

A exposição foi curada pelo diretor-geral do Museu, André Sturm, e foca em 13 dos seus 27 longas-metragens. Entre cartazes, fotografias de bastidores, stills de filmes, cenas selecionadas e editadas exclusivamente para a mostra, objetos de cena, figurinos originais usados nas gravações e depoimentos em vídeo de pessoas que conviveram com o diretor, a exposição consegue aproximar o visitante do fazer cinematográfico, ao mesmo tempo que apresenta e instiga o público sobre a trajetória profissional do homenageado. 

“Billy Wilder foi um dos mais originais homens do cinema de Hollywood. Roteirista e diretor, foi capaz de realizar filmes nos mais diversos gêneros e temáticas. Dentro do sistema dos estúdios e seu rigoroso código de censura, fez filmes de enorme sucesso de público e, ao mesmo tempo, cheios de nuances, críticas e ironias”, defende Sturm à Bravo!.

O diretor do MIS destaca ainda o pioneirismo do cineasta especialmente na construção de diálogos do clássico Quanto Mais Quente Melhor: “Ousado e inovador, Billy Wilder foi capaz de colocar dois galãs vestidos de mulher, começar um filme com o personagem principal morto, ter um alcoólatra ou uma prostituta como personagens principais, além de criar o diálogo mais transgressor de todos os tempos no final de ‘Quanto mais quente melhor’, em plenos anos 50.”

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Imagem do projeto de um dos espaços da exposição dedicados ao filme “Crepúsculo dos deuses” (MIS/divulgação)
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Com recriações de cenários e um panorama de seus trabalhos mais influentes, a exposição vai ocupar os três andares do Museu com experiências imersivas como mergulhar na piscina de Norma Desmond, dançar com Marilyn Monroe, tramar golpes de indenização no cinema noir, desvendar casos de tribunal concebidos por Agatha Christie, escapar do inferno número 17 e se render aos encantos de Sabrina.

Na contagem regressiva para a estreia da retrospectiva de Billy Wilder, conheça abaixo os 10 mandamentos do cineasta que decidiu dirigir filmes para que não estragassem mais seus roteiros.

1. O público é instável. Agarre-o pela garganta e não o deixe fugir.

2. Crie uma clara linha de ação para o personagem principal.

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3. Saiba aonde você está indo.

4. Quanto mais sutil e elegante for a forma pela qual você camufla seus pontos de desenvolvimento da trama, melhor escritor você será.

5. Se você tem um problema com o terceiro ato, o problema está no primeiro.

6. Uma dica de [Ernst] Lubitsch: deixe o público somar dois mais dois. Vai amá-lo para sempre.

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7. Em narrações em off, não descreva o que o público já está vendo.

8. O evento que acontece no fim do segundo ato desencadeia o fim do filme.

9. O terceiro ato deve ser construído em ritmo e ação até o último evento.

10. Não vagabundeie.

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Imagem do projeto de um dos espaços da exposição dedicados ao filme “Quanto mais quente melhor” (MIS/divulgação)
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