10 melhores filmes da história segundo Walter Salles
Na seleção, estão obras como Era uma Vez em Tóquio (1953), A Paixão de Joana d'Arc (1928) e Acossado (1960)

Quem não aprecia uma boa lista? Elas são uma verdadeira fonte de sugestões, orientam escolhas e, muitas vezes, servem como um guia para atividades que, talvez, nunca cheguemos a realizar. Um dos grandes nomes do cinema contemporâneo, o cineasta brasileiro Walter Salles, diretor do aclamado filme Ainda Estou Aqui, indicado ao Oscar 2025, compartilhou um grande tesouro sobre o tema que mais domina: o cinema. Em 2022, o diretor foi convidado pela respeitada revista britânica Sight and Sound para apresentar seus 10 filmes preferidos de todos os tempos.
Era uma Vez em Tóquio (1953)
Dirigido por Yasujirō Ozu, acompanha um casal de idosos que viaja do interior do Japão para visitar seus filhos na capital. Ao chegarem, percebem que estão relegados a segundo plano diante da rotina agitada dos filhos, que pouco têm tempo para recebê-los. A única que lhes dedica atenção é a nora viúva, demonstrando um afeto inesperado. Com uma abordagem sensível e contemplativa, o filme reflete sobre as mudanças geracionais, o envelhecimento e a solidão. Disponível no YouTube.

A Paixão de Joana d’Arc (1928)
Dirigido por Carl Theodor Dreyer, retrata os últimos momentos da heroína francesa durante seu julgamento pela Inquisição. Baseado em registros históricos autênticos, o filme acompanha a jovem Joana enquanto enfrenta interrogatórios cruéis e manipulações por parte dos clérigos, que a acusam de heresia. Disponível no YouTube.

Sete oportunidades (1925)
Em seu 27° aniversário, um homem beirando à falência vê uma nova chance, ao herdar uma fortuna de sua avó. Mas com uma condição: ele precisa casar naquela mesma data até às 7 horas da noite, e, se ele conseguir, ganhará uma fortuna. Ele, então, sai em uma busca desesperada por uma mulher para se casar. Com Buster Keaton. Disponível para alugar na Amazon Prime.

Rastros de ódio (1956)
Ethan Edwards (John Wayne), um veterano de guerra, Filme de John Wayne, retorna ao Texas, sua terra natal. Ali, ele presencia o assassinato de seu irmão e sua cunhada, além do sequestro de suas sobrinhas pelos indígenas. Ao lado de seu companheiro Martin (Jeffrey Hunter), ele sai em busca das meninas e também de vingança. Disponível no Looke.

Vidas secas (1963)
Um dos primeiros filmes do Cinema Novo. De Nelson Pereira dos Santos, ele retrata a dura realidade de uma família de retirantes sertanejos em meio à seca do Nordeste brasileiro. Baseado no romance homônimo de Graciliano Ramos, o filme acompanha Fabiano, sua esposa Sinhá Vitória, os filhos e a cadela Baleia enquanto vagam em busca de sobrevivência, enfrentando a hostilidade do ambiente árido. Disponível na Netflix e no Globoplay.

Profissão: repórter (1975)
Dirigido por Michelangelo Antonioni, é um drama existencial que acompanha David Locke (Jack Nicholson), um jornalista desgastado por sua rotina, que assume a identidade de um homem morto em um hotel na África. Em sua nova vida, ele se envolve com uma jovem misteriosa enquanto tenta escapar de seu passado, mas acaba se vendo preso em uma teia de enganos e perseguições. Disonível na Amazon Prime.

Memórias do subdesenvolvimento (1968)
Dirigido por Tomás Gutiérrez Alea, é um dos filmes mais importantes do cinema cubano. A trama acompanha Sergio, um intelectual burguês que decide permanecer em Havana após a Revolução, enquanto amigos e familiares partem para os Estados Unidos. Observando as transformações sociais e políticas do país, ele vaga por uma cidade em mudança, refletindo sobre seu papel na nova realidade. Disponível no YouTube.

A batalha de Argel (1966)
Com estilo documental, o longa dirigido por Gillo Pontecorvo, é um drama político que recria a luta do movimento de independência da Argélia contra a ocupação francesa. O filme acompanha o confronto entre o Exército Francês e a Frente de Libertação Nacional (FLN) na cidade de Argel entre 1954 e 1957, destacando a organização dos rebeldes, a repressão militar e o uso da tortura pelos franceses. Disponível no YouTube.

Acossado (1960)
Dirigido por Jean-Luc Godard, é um marco da Nouvelle Vague que revolucionou a linguagem cinematográfica. O filme acompanha Michel Poiccard (Jean-Paul Belmondo), um jovem delinquente fascinado por Humphrey Bogart, que rouba um carro e mata um policial durante a fuga. Em Paris, ele se refugia com Patricia (Jean Seberg), uma aspirante a jornalista americana, enquanto tenta convencê-la a fugir com ele para a Itália. Disponível para alugar na Amazon Prime.

Roma, cidade aberta (1945)
Dirigido por Roberto Rossellini, é um dos marcos do neorrealismo italiano. Ambientado na Roma ocupada pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, o filme acompanha a resistência italiana por meio de personagens como o líder comunista Giorgio Manfredi (Marcello Pagliero), a noiva de um operário, Pina (Anna Magnani), e o padre Don Pietro (Aldo Fabrizi), que ajudam os combatentes antifascistas. Disponível no YouTube.
