99 anos de Marilyn Monroe: quem foi a atriz e modelo norte-americana que encantou o mundo
Um dos maiores ícones da era dourada de Hollywood, a artista teve uma trajetória marcada por altos e baixos, que culminou em uma morte suspeita em 1962

Marilyn Monroe, sem dúvida, a figura mais icônica da era dourada de Hollywood, conhecida não apenas por sua beleza, mas também por sua presença inesquecível nos clássicos do cinema. Neste 1º de junho, a eterna estrela completaria 99 anos.

Nascida Norma Jeane Mortenson em 1926, em Los Angeles, sua infância foi marcada por dificuldades. Criada em parte em orfanatos, devido aos problemas de saúde mental de sua mãe, Gladys Baker, que enfrentava alcoolismo e transtornos psiquiátricos, Norma Jeane teve uma juventude instável. Aos 11 anos, foi acolhida por Grace McKee Goddard, amiga da família, que a protegeu por um tempo. Entretanto, quando a família de Grace se mudou para outro estado, Norma Jeane se viu diante da escolha entre voltar aos orfanatos ou casar-se, optando pelo casamento aos 16 anos com o policial James Dougherty.
Sua ascensão começou durante a Segunda Guerra Mundial, enquanto trabalhava em uma fábrica de equipamentos militares, onde foi descoberta por um fotógrafo do exército. Na fábrica, ajudava na inspeção e aplicação de retardantes de fogo em paraquedas, além de montar drones Radioplane. Paralelamente, começou a fazer fotos pin-up para campanhas publicitárias. Em 1946, ano decisivo para sua carreira, divorciou-se de Dougherty e assinou contrato com a 20th Century Fox.
Marilyn fez sua estreia no cinema em “Idade Perigosa” (1947), dirigido por Arthur Pierson. Ao longo dos anos seguintes, participou de diversos filmes, ganhando maior visibilidade em “O Segredo das Joias” (1950), de John Huston. Também naquele ano, atuou em “A Malvada”, ao lado da lendária Bette Davis, que abriu caminho para seus grandes sucessos.

Entre os filmes que marcaram sua carreira estão “O Pecado Mora ao Lado” (1955) e “Quanto Mais Quente Melhor” (1959), ambos dirigidos por Billy Wilder; “Os Homens Preferem as Loiras” (1953), dirigido por Howard Hawks; “Nunca Fui Santa” (1953), de Henry Hathaway; “Assim Estava Escrito” (1961), de John Huston; e “O Príncipe Encantado” (1957), dirigido por Laurence Olivier. Apesar de sua consagração como o maior sex symbol do cinema, Marilyn ansiava ser reconhecida como uma atriz séria e dedicada. Em reconhecimento ao seu talento, recebeu em 1953 o Globo de Ouro de Melhor Atriz Coadjuvante pelo filme “Como Agarrar um Milionário” (Gentlemen Prefer Blondes), um dos poucos prêmios que conquistou durante sua vida.
Sua vida e carreira foram tema de diversos filmes e produções ao longo das décadas, que buscaram explorar os diferentes aspectos de sua trajetória. Dentre os mais conhecidos estão “Marilyn” (1980), com Catherine Hicks, que retrata sua ascensão e os desafios da fama; “Norma Jeane & Marilyn” (1996), com Ashley Judd, focando na dualidade entre sua vida pessoal e sua persona pública; “My Week with Marilyn” (2011), estrelado por Michelle Williams, que acompanha uma semana durante as filmagens de “O Príncipe e a Corista”. Mais recentemente, o filme polêmico “Blonde” (2022), dirigido por Andrew Dominik e baseado no romance de Joyce Carol Oates, com Ana de Armas no papel principal.

O último ano da vida de Marilyn, em 1962, foi marcado pelo agravamento de problemas físicos e emocionais, além de um isolamento crescente. Ela enfrentava sérias dificuldades com dependência de medicamentos.
Além das conquistas, Marilyn Monroe também esteve envolvida em várias controvérsias. Seus relacionamentos com figuras influentes, como o presidente John F. Kennedy e seu irmão Robert Kennedy, geraram especulações sobre possíveis conexões políticas e conspirações. Ela travou uma constante batalha para se desvencilhar da imagem sexualizada que a indústria de Hollywood impunha, buscando ser levada a sério como atriz, o que causou atritos com estúdios e agentes.

Sua luta contra a depressão, os excessos com medicamentos e os desafios emocionais foram amplamente explorados pela imprensa, afetando sua reputação pública e, claro, saúde mental. A morte misteriosa, oficialmente atribuída a uma overdose acidental de barbitúricos, até hoje alimenta teorias conspiratórias e dúvidas que permanecem entre pesquisadores e fãs.