“Ainda estou aqui” levou mais de 5 milhões de brasileiros aos cinemas
No último fim de semana, o filme ultrapassou a marca de 5 milhões de espectadores nos cinemas do país e tem sido amplamente aclamado no exterior

O filme nacional Ainda estou aqui, de Walter Salles, tem conquistado reconhecimento tanto no Brasil quanto no exterior. O longa, que está concorrendo ao Oscar de Melhor Filme e Melhor Filme Internacional, também tem alcançado grandes feitos dentro de seu próprio território. No último fim de semana, o filme superou a marca de 5 milhões de espectadores nos cinemas brasileiros, conforme divulgado pela Sony Pictures.
No cenário global, a produção já arrecadou US$ 25 milhões e tem se tornado um fenômeno nos Estados Unidos, onde está sendo exibido em mais de 700 salas.
Esse sucesso é atribuído à visibilidade conquistada após o Globo de Ouro e às indicações ao Oscar. Ainda estou aqui se consolida como um dos favoritos para o prêmio de Melhor Filme Internacional, substituindo Emília Pérez, que tem gerado controvérsias, incluindo questões envolvendo o diretor Jacques Audiard e a atriz Karla Sofía Gascón.
“O filme conversa com os eventos atuais no Brasil, mas não apenas no Brasil. Estamos vivendo um momento de extrema fragilidade da democracia em diferentes partes do mundo, e acho que isso é em grande parte responsável por os membros da audiência dizerem: ‘Bem, não é um filme sobre o passado. É um filme sobre quem somos agora'”, declarou Salles à revista Variety.
A atriz Fernanda Torres está entre as favoritas na categoria de Melhor Atriz, ao lado de Demi Moore. Ela tem realizado uma forte campanha internacional, participando de diversas entrevistas e exibições do filme, e conquistado a atenção da imprensa global com seu carisma e personalidade extrovertida. Recentemente, Torres foi capa da revista The Hollywood Reporter, que publicou a manchete: “Fernanda Torres já ganhou”. O artigo destaca o apoio fervoroso que a atriz tem recebido dos fãs brasileiros. Durante a divulgação, Fernanda aproveitou para prestar homenagem à memória de Eunice Paiva, personagem que interpreta: “A palavra que eu encontro para Eunice é ‘civilidade’. Ela é um ser humano civilizado, vivendo em um momento da história que não era civilizado. Por isso, ela precisou ser três vezes mais civilizada.”