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Cinemateca Brasileira recupera 1.785 filmes de seu acervo mais antigo

A iniciativa recuperou, catalogou e digitalizou obras datadas do período de 1900 a 1950

Por Redação Bravo!
1 jun 2024, 09h00
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Cinemateca Brasileira (Daniela Matias/divulgação)
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Depois de enfrentar quatro grandes incêndios ao longo de sua história, em 1957, 1969, 1982 e 2016, a Cinemateca Brasileira tomou uma importante iniciativa para preservar seu acervo. Aproximadamente 1.785 filmes em nitrato de celulose foram recuperados, catalogados e digitalizados como parte do projeto Viva Cinemateca. 

Grande parte dessas obras corresponde aos materiais mais delicados da instituição, uma vez que o nitrato de celulose pode entrar em autocombustão. Os filmes datam do período entre 1900 e 1950 e estarão disponíveis gratuitamente no Banco de Conteúdos Culturais (BCC) e no site da Instituição.

O acervo inclui uma variedade de filmes históricos, como Barulho na Universidade (1943), dirigido por Watson Macedo, anteriormente considerado perdido; Cerimônias e Festas da Igreja em S. Maria, o documentário mais antigo do arquivo, filmado em 1909; Apuros de Genésio (1940), que será exibido no Festival de Filmes Silenciosos de Pordenone, em outubro; e Amazônia e Rio Exposição de 1922, uma compilação de imagens captadas por Silvino Santos entre 1919 e 1926, abordando a região Norte do Brasil e a então capital federal.

Algumas das obras recuperadas incluem:

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A jangada (Cinemateca Brasileira/reprodução)
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“Jangada” (1947)

Inspirado na vida do líder jangadeiro e abolicionista cearense conhecido como “Dragão do Mar”, que liderou movimentos grevistas contra a escravidão no início dos anos 1880. O filme se passa entre os jangadeiros, nas praias e dunas de Fortaleza, no final do século XIX, acompanhando a luta contra o sistema escravista.

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Os tiranos (Cinemateca Brasileira/reprodução)

“Os Tiranos” (1951)

Documentário em curta-metragem produzido por professores e alunos do Seminário de Cinema do Masp. A narrativa retrata as crueldades cometidas por três tiranos que chegam à cidade de Beauvais, durante as lutas religiosas na França, e o medo subsequente dos habitantes da vila, ilustrado através de um quadro do pintor francês Antoine Caron (1520-1598).

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Desvio (Cinemateca Brasileira/reprodução)

“Desvio” (1953)

Uma produção da companhia “Coluna”, fundada pela atriz, escritora e diretora de teatro Magdalena Nicol. O filme conta a história de Ricardo, um pintor de formação culta, que se casa com Ana, uma feirante de origem humilde. No entanto, após o casamento, Ricardo perde sua inspiração para pintar e acaba se envolvendo em um golpe criminoso, por influência da pressão de Ana por uma vida mais confortável e a ameaça de bandidos. Por sorte, ele escapa ileso quando o plano é descoberto, mas sua angústia só aumenta, levando-o a buscar refúgio entre seus amigos antigos.

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