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Festival Lugar de Mulher é no Cinema homenageia a atriz Neusa Borges

A 8ª edição do evento acontecerá entre os dias 23 e 27 de julho, em Salvador (BA)

Por Redação Bravo!
Atualizado em 7 jul 2025, 11h56 - Publicado em 6 jul 2025, 09h00
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Neusa Borges é homenageada do 8º Festival Lugar de Mulher é no Cinema (Acervo pessoal/divulgação)
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O cinema ainda é um território desigual para as mulheres. Apesar de suas contribuições inegáveis, no Brasil e no mundo, profissionais cis, trans e não binárias seguem enfrentando obstáculos em busca de visibilidade, reconhecimento e remuneração justa. É nesse contexto que surgiu o Festival Lugar de Mulher, que chega à sua 8ª edição entre os dias 23 e 27 de julho, em Salvador (BA).

Dedicado a celebrar obras dirigidas ou protagonizadas por mulheres cis, trans e pessoas não binárias, o evento presta, a cada ano, uma homenagem a uma personalidade de destaque. Em 2025, a escolhida é a atriz Neusa Borges, de 83 anos, dona de uma carreira que ultrapassa a marca de cem personagens na televisão, no teatro e no cinema.

Nascida em Florianópolis (SC), Neusa iniciou sua trajetória artística nos anos 1950 como cantora, em São Paulo. Sua estreia na televisão aconteceu em 1968, com Beto Rockfeller. Pouco depois, destacou-se nos palcos com o musical Hair. Desde então, consolidou-se como uma das grandes intérpretes do país. Em 2023, recebeu o prêmio de Melhor Atriz Coadjuvante no Festival de Cinema de Gramado por sua atuação em Mussum, o Filmis.

A programação do festival contará com sessões presenciais e online, distribuídas por três espaços culturais da capital baiana: o Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), o Espaço Boca de Brasa Centro e o Boca de Brasa 360, no Subúrbio Ferroviário. Além da homenagem a Neusa Borges, será entregue o Prêmio Sol Moraes, voltado para profissionais em início de carreira. Neste ano, a homenageada é a artista Rastricinha Dorneles.

Uma das principais novidades desta edição é a mudança de formato. Antes uma mostra, o evento agora assume oficialmente o formato de festival, com obras concorrendo em diferentes categorias. Ao todo, 12 curtas-metragens compõem a seleção principal, competindo por prêmios de Melhor Filme, Melhor Direção, Melhor Roteirista e Melhor Intérprete. Nesta edição, o festival também entrega o Prêmio Marielle Franco de Direitos Humanos, voltado a obras que se destacam pelo engajamento político e social. Os selecionados são:

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“Navio”, de Alice Carvalho, Larinha R. Dantas e Vitória Real (Natal/RN, 11min27s)
“Liberdade Sem Conduta”, de Dênia Cruz (Natal/RN, 17min06s)
“Travessia”, de Karol Felicio (Aracruz/ES, 15min19s)
“FIRMINA”, de Izah Neiva (Guarulhos/SP, 15min)
“Zoya”, de Larissa Dardania (Uberlândia/MG, 18min31s)
“Estou adaptado a uma cidade não adaptável”, de Raquel Cardozo (Natal/RN, 12min23s)
“A Nave Que Nunca Pousa”, de Ellen Morais (Campina Grande/PB, 15min)
“Três”, de Lila Foster (Brasília/DF, 21min)
“Carolinas”, de Daiana Rocha (Vila Velha/ES, 17min)
“A volta”, de Anny Stone (Recife/PE, 16min30s)
“Aquela Mulher”, de Cristina Lago (Rio de Janeiro/RJ, 14min22s)
“Iracema”, de Lourdes Lezo (Taiaçu/SP, 12min03s)

Além da mostra competitiva principal, o evento apresenta duas seções paralelas: Raízes e Matinê. A primeira, dedicada ao cinema baiano, reúne curtas que exploram vivências negras, indígenas, femininas e populares, com forte conexão com o território. Os filmes selecionados são:

“Na Volta Eu Te Encontro”, de Urânia Munzanzu (Salvador/BA, 13min08s)
“Bí ilé”, de Clarissa Rebouças (Salvador/BA, 20min06s)
“Onde o Céu Encontra o Mar”, de Julia Paes (Salvador/BA, 12min15s)
“Retrato Tumbalalá”, de Clara Campos e Bianca Bomfim (Abaré/BA, 17min24s)
“Um Dia de Negão”, de Rebeca Carmo e Analu (Salvador/BA, 06min59s)
“Dona Lili”, de Michele Nascimento (Lençóis/BA, 17min41s)
“Satidee”, de Bianca Bomfim, Clara Campos, Alan dos Anjos, Gênesis Nascimento, Lucas Feres, Lucas Gonçalves, Luma Flôres e Karina Paz (Salvador/BA, 03min07s)

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Esses curtas concorrem nas categorias de Melhor Filme e Melhor Revelação.

Já a mostra Matinê foca na formação de novos públicos.

“A Menina Que Queria Voar”, de Taís Amordivino (Salvador/BA, 20min16s)
“Mira”, de Julia Rizzo (Havana/Cuba e São Paulo/SP, 14min17s)
“Coisa de Preto”, de Pâmela Peregrino (Poço Redondo/SE, 06min31s)
“Um Abraço”, de Carol Guimarães (São José dos Campos/SP, 08min21s)
“Temos Pão Caseiro”, de Val Rocha Pires (Curitiba/PR, 14min54s)
“Sobre Filmes e Bicicletas”, de Thais Siqueira e Danilo Teixeira (Pouso Alegre/MG, 11min)
“Quando as ondas do mar desligam”, de Yasoda Nanda e Assaggi Piá (Salvador/BA, duração não informada)

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