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Filme de Gabriel Mascaro vence Urso de Prata em Berlim

O longa O Último Azul, do cineasta brasileiro Gabriel Mascaro, recebeu o Prêmio do Júri, a segunda maior honraria do Festival de Berlim

Por Redação Bravo!
Atualizado em 24 fev 2025, 10h49 - Publicado em 24 fev 2025, 10h29
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Gabriel Mascaro com o Urso de prata do Festival de cinema de Berlim, seu filme "O último dos azuis" foi premiado na edição de 2025 (Festival de Berlim / Berlinale photo boulevard/reprodução)
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Mais um ano em que o cinema brasileiro se destaca internacionalmente. No último sábado, O Último Azul, de Gabriel Mascaro, foi anunciado como vencedor do Urso de Prata – Prêmio do Júri no Festival de Berlim.

“Muitos filmes que me inspiraram como cineasta estrearam aqui [na Berlinale]. Quero expressar minha mais profunda gratidão ao júri por confiar este prêmio ao meu filme. Ele existe graças à dedicação de muitas pessoas que trabalharam duro para transformar este sonho em realidade. O Último Azul fala sobre o direito de sonhar e a crença de que nunca é tarde para encontrar um novo significado na vida”, declarou o diretor ao receber o troféu.

A trama acompanha Tereza (Denise Weinberg), uma mulher de 77 anos que vive em uma cidade industrial na Amazônia e tem sua vida transformada ao receber uma ordem do governo: ela deve se mudar para uma colônia habitacional destinada a idosos, onde passarão seus últimos anos afastados da sociedade para não comprometer a produtividade dos mais jovens. Antes de ser exilada, Tereza embarca em uma jornada pelos rios em busca de um último desejo, que pode mudar sua vida para sempre.

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O diretor Gabriel Mascaro divide o urso de prata com Denise Weinberg e Rodrigo Santoro, atores do filme premiado (Festival de Berlim / Berlinale photo boulevard/reprodução)

Além do Urso de Prata, o filme foi premiado em duas outras categorias da competição paralela: o Prêmio do Júri de Leitores do Berliner Morgenpost e o Prêmio do Júri Ecumênico.

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O prêmio do Berliner Morgenpost, promovido pelo jornal homônimo, é concedido por um júri de 12 leitores, que escolhem um dos filmes da competição oficial. “O Último Azul aborda a idade, a liberdade, a autodeterminação e a amizade em um mundo distópico e hostil de forma alegre e colorida. Uma joia de esperança”, afirmaram os jurados sobre a escolha.

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(Guillermo Garza Desvia/divulgação)

Já o Urso de Ouro, principal prêmio do Festival, foi concedido ao norueguês Dreams (Sex Love), de Dag Johan Haugerud. O longa acompanha Johanne, uma estudante apaixonada por sua professora de francês. Ela começa a registrar seus sentimentos em um caderno, mas, quando sua mãe e avó encontram os escritos, ficam inicialmente chocadas. No entanto, à medida que se envolvem com as palavras da jovem, são levadas a revisitar suas próprias histórias de amor, refletindo sobre oportunidades perdidas e segredos guardados.

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O Festival de Berlim também reconheceu outra produção brasileira. O longa Hora do Recreio, de Lucia Murat, recebeu a Menção Especial do Júri Jovem da Mostra Generation. “Esse prêmio é especial porque vem da juventude! Dedico essa conquista a todos os jovens que lutam por um mundo melhor e pela paz, pois precisamos muito”, destacou a diretora em nota oficial.

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