Fashion Revolution 2025 e moda ativista
Conheça filmes disponíveis no streaming que discutem responsabilidade social, crise climática, consumo e sustentabilidade

A Semana Fashion Revolution de 2025 chegou ao fim, mas parte de sua programação continua disponível no Itaú Cultural Play. Organizado pelo movimento Fashion Revolution, o evento é uma campanha anual que promove a moda consciente como ferramenta de transformação social.
A programação deste ano reuniu especialistas para discutir temas como direitos humanos, justiça socioambiental e emergência climática. Além dos debates, o evento também ofereceu oficinas, exposições e sessões de cinema.
Alguns dos filmes exibidos durante a Semana Fashion Revolution podem ser assistidos gratuitamente no Itaú Cultural Play. É o caso do ótimo documentário Estou me guardando para quando o carnaval chegar, que narra a saga dos habitantes da cidade de Toritama, ccidade de 40 mil habitantes que é conhecida como “a capital do jeans”.
Confira essa e outras indicações imperdíveis de fimes que unem moda e ativismo abaixo:

O ponto firme (Laura Artigas, São Paulo, 2022)
O documentário explora o fazer da moda a partir do Projeto Ponto Firme, criado em 2015 pelo estilista recifense Gustavo Silvestre. A iniciativa oferece aulas de crochê a homens internos da penitenciária Adriano Marrey, em Guarulhos (SP), incentivando o aprendizado criativo e desconstruindo estigmas. O filme recebeu menção honrosa no Berlin Indie Film Festival e foi exibido na Argentina, Suécia, Estados Unidos e México.

Estou me guardando para quando o carnaval chegar (Marcelo Gomes, Pernambuco, 2019)
Premiado no 24º É Tudo Verdade, o documentário retrata a cidade de Toritama, no semiárido pernambucano, conhecida como “capital do jeans”. O filme acompanha os trabalhadores da indústria têxtil local, que produzem milhões de peças por ano em jornadas exaustivas, e registra a expectativa pelo Carnaval, o raro momento de pausa em suas rotinas.

Favela é moda (Emílio Domingos, Rio de Janeiro, 2019)
O filme conta a história de Julio César, ex-porteiro e morador do Jacarezinho, que fundou a agência Jacaré Moda. Com aulas de formação para jovens negros da favela, ele busca romper as barreiras do mercado da moda, enfrentando o racismo e promovendo autoestima, consciência estética e valorização da identidade negra.

Ôrí (Raquel Gerber, São Paulo, 1989)
O documentário traça um panorama dos movimentos negros no Brasil entre os anos 1970 e 1980, guiado pela trajetória de Beatriz Nascimento — historiadora, poeta e militante. Através de sua voz e pensamentos, o filme propõe uma reflexão sobre identidade negra, resistência e transformação social.

Uýra – A retomada da floresta (Juliana Curi, Amazonas e São Paulo, 2022)
A narrativa acompanha Uýra Sodoma, artista indígena trans, em sua jornada para inspirar jovens indígenas na luta contra o racismo e a transfobia no Brasil, unindo arte, ativismo e identidade em defesa da floresta e dos povos originários.