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OLÁ,

Morre o ator Gene Hackman aos 95 anos

Seu corpo foi encontrado sem vida ao lado de sua esposa, Betsy Arakawa, e do cachorro do casal. Relembre os principais filmes que marcaram a trajetória do ator

Por Redação Bravo!
27 fev 2025, 12h19
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Gene Hackman no filme A conexão francesa(1971) que lhe rendeu um oscar (IMDB/reprodução)
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O mundo despertou com uma trágica notícia envolvendo um dos grandes nomes do cinema. O ator vencedor do Oscar Gene Hackman, de 95 anos, conhecido por clássicos como Operação França e Os Imperdoáveis, foi encontrado morto em sua residência em Santa Fe, no Novo México. Ao seu lado, também foram encontrados os corpos de sua esposa, a pianista Betsy Arakawa, e do cachorro do casal.

A causa da morte continua sob investigação. Segundo a polícia de Santa Fe, os oficiais encontraram o casal, mas não há informações sobre se atenderam a um chamado de emergência ou se realizaram uma visita para averiguar a situação.

“Não acreditamos que o crime tenha sido um fator nas suas mortes; no entanto, a causa exata ainda não foi determinada neste momento”, declarou o xerife de Santa Fe, Adan Mendoza.

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Gene Hackman em Royal Tenembaums do diretor Wes Andersen (IMDB/reprodução)

O legado em Hollywood

Nascido em 1930, em San Bernardino, Califórnia, Hackman teve uma infância difícil. Perdeu a mãe, que lutava contra o alcoolismo, em um incêndio provocado por ela mesma. Aos 16 anos, deixou a casa dos pais para se alistar na Marinha. O trabalho como ator não estava em seus planos iniciais. Ele estudou Jornalismo antes de decidir mudar de rumo e se matricular em um curso de atuação no Pasadena Playhouse, na Califórnia. Mais tarde, mudou-se para Nova York, onde atuou em diversas produções Off-Broadway até sua estreia na Broadway com Any Wednesday (1964). Foi nessa peça que chamou a atenção de produtores de Hollywood, estreando no cinema no mesmo ano em Lilith, ao lado de Warren Beatty, que já era um astro na época.

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Gene Hackman, Warren Beatty, Faye Dunaway, Estelle Parsons e Michael J. Pollard, o elenco de Bonnie e Clyde (1967) (IMDB/reprodução)

Em 1967, Hackman consolidou sua carreira ao interpretar Buck Barrow em Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas, papel que lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar. Em 1971, conquistou a estatueta de Melhor Ator por Operação França, no icônico papel do policial Popeye Doyle. O feito se repetiria em 1992, quando levou o Oscar de Melhor Ator Coadjuvante por sua atuação como o implacável xerife Little Bill Daggett em Os Imperdoáveis.

Hackman será lembrado por sua versatilidade. Ele brilhou em papéis de policiais durões, como em Mississippi em Chamas (1988) e A Conversação (1974), mas também se destacou em dramas como O Destino de Poseidon (1972) e O Julgamento de Randy Webster (1981). Apesar de sua imagem séria, teve incursões marcantes na comédia, estrelando filmes como Os Picaretas (1995), A Gaiola das Loucas (1996), Doce Trapaça (2001) e Os Excêntricos Tenenbaums (2001), pelo qual recebeu um Globo de Ouro. Além disso, foi o inesquecível Lex Luthor nos filmes Superman (1978) e suas sequências nos anos 1980.

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Hackman se aposentou em 2004, após estrelar Uma Eleição Muito Atrapalhada. Desde então, levou uma vida discreta em Santa Fe, dedicando-se à escrita e lançando diversos livros de ficção, como “Payback at Morning Peak” (2011) e “Pursuit” (2013).

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(IMDB/reprodução)

Homenagens de colegas e admiradores

Diversos nomes da indústria do entretenimento lamentaram sua morte. O diretor Francis Ford Coppola, que trabalhou com Hackman em A Conversação (1974), declarou:

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“A perda de um grande artista é sempre um momento de luto e celebração. Gene Hackman foi um ator magnífico, inspirador, capaz de transmitir profundidade e complexidade como poucos. Lamento sua partida, mas celebro sua existência e contribuição.”

O ator George Takei, de Jornada nas Estrelas, também prestou homenagem:

“Gene Hackman poderia interpretar qualquer um e, ainda assim, cada personagem parecia ter uma vida inteira por trás dele. Ele era todos e ninguém, uma presença imponente ou um homem comum. Um ator poderoso. Sentiremos sua falta, mas seu legado permanecerá para sempre.”

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