Quais obras-primas do cinema ficaram fora das indicações ao Oscar
Nessa lista, rreunimos filmes que não receberam sequer uma indicação, embora merecessem reconhecimento, como O Iluminado e Kill Bill
Que a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, o Oscar, pode ser injusta, já não é surpresa. Muitos clássicos e grandes obras recentes foram ignorados por diferentes motivos: falta de divulgação, por serem produções internacionais, por pertencerem a gêneros que a Academia historicamente menospreza — como comédia e terror — ou simplesmente porque os membros não chegaram a assisti-los. Nesta lista, reunimos filmes que foram subestimados e não receberam sequer uma indicação, embora merecessem reconhecimento.
Persona (1966)
Dirigido por Ingmar Bergman, a história acompanha Elisabet Vogler, uma atriz que, subitamente, para de falar, e a enfermeira Alma, designada para cuidar dela. À medida que passam tempo juntas em uma casa isolada à beira-mar, as fronteiras entre suas identidades começam a se confundir, revelando medos, desejos e segredos ocultos. O filme é um estudo intenso da psicologia, da comunicação e da complexidade das relações humanas.
O Iluminado (1980)
Sirigido por Stanley Kubrick e baseado no romance de Stephen King, acompanha Jack Torrance (Jack Nicholson), escritor em crise que aceita trabalhar como caseiro de inverno no isolado Hotel Overlook. Ao lado da esposa Wendy (Shelley Duvall) e do filho Danny (Danny Lloyd) — que possui dons mediúnicos —, Jack gradualmente perde a sanidade, tornando-se cada vez mais violento à medida que forças sobrenaturais se manifestam no local.
Scarface (1983)
Dirigido por Brian De Palma e escrito por Oliver Stone, é um remake do clássico de 1932. O filme acompanha Tony Montana (Al Pacino), um refugiado cubano que chega a Miami sem nada e, em pouco tempo, ascende ao poder como um temido chefão do tráfico. Ao lado de Michelle Pfeiffer, Steven Bauer e Mary Elizabeth Mastrantonio, a trama retrata ambição, violência e a corrosão do poder.
Cães de Aluguel (1992)
Primeiro longa de Quentin Tarantino, acompanha um grupo de criminosos que, após um assalto a diamantes fracassado, se refugia em um galpão para descobrir quem entre eles é o traidor. Estrelado por Harvey Keitel, Steve Buscemi, Michael Madsen, Tim Roth e Chris Penn, o filme se tornou um marco do cinema independente dos anos 1990, destacando-se pela narrativa não linear, diálogos afiados, violência estilizada e referências à cultura pop
Kill Bill: Volumes 1 e 2 (2003-2004)
Dirigidos por Quentin Tarantino, narram a vingança da Noiva (Uma Thurman) contra o esquadrão que destruiu sua vida no dia do casamento. Combinando ação estilizada, artes marciais, drama e humor, a saga alterna sequências intensas e momentos de reflexão, explorando vingança, lealdade e redenção.
Melancolia (2011)
A trama acompanha Justine (Kirsten Dunst), uma jovem que atravessa uma crise existencial profunda durante os preparativos de seu casamento, enquanto um planeta chamado Melancolia se aproxima perigosamente da Terra, ameaçando causar destruição. O filme, dirigido por Lars von Trier, mergulha na psique de Justine, explorando temas de depressão, ansiedade e o sentimento de inevitabilidade diante do fim. A performance de Kirsten Dunst foi amplamente aclamada e lhe rendeu o prêmio de Melhor Atriz no Festival de Cannes. No entanto, sua campanha ao Oscar foi prejudicada por comentários controversos do diretor durante a coletiva de imprensa em Cannes, nos quais ele afirmou compreender Hitler.
Eu, Daniel Blake (2016)
Dirigido por Ken Loach, a história acompanha Daniel Blake, um carpinteiro de 59 anos que, após sofrer um ataque cardíaco, luta para receber benefícios sociais no sistema burocrático britânico. Durante essa batalha, ele cria uma amizade improvável com Katie, mãe solteira tentando sustentar seus filhos, mostrando a dificuldade de sobreviver à burocracia e à desigualdade social. O filme é um retrato humano e comovente da solidariedade e da luta diária contra a injustiça.
Todos nós desconhecidos (2023)
Drama romântico britânico dirigido por Andrew Haigh, baseado no romance Strangers de Taichi Yamada. O filme acompanha Adam (Andrew Scott), um roteirista gay que vive uma rotina solitária em Londres. Sua vida dá uma guinada quando conhece seu misterioso vizinho Harry (Paul Mescal), com quem inicia um relacionamento íntimo. Ao mesmo tempo, Adam retorna à casa de sua infância e descobre que seus pais falecidos há 30 anos (interpretados por Claire Foy e Jamie Bell) estão vivos e com a mesma idade de quando morreram, desafiando as leis do tempo e da realidade.
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