Vale Tudo: quem matou Odete Roitman? Veja as principais teorias
Manuela Dias declarou ao Fantástico que gravou dez finais distintos, preservando o mistério até mesmo entre o elenco

A pergunta que domina a semana e promete nos prender até o último capítulo do remake de Vale Tudo, escrito por Manuela Dias, é: quem matou Odete Roitman (Débora Bloch)? O país parece reviver uma comoção coletiva que há tempos não se via, reacendendo o poder de mobilização da teledramaturgia brasileira, tantas vezes colocado em xeque nos últimos anos.
Mas, neste novo Vale Tudo, a questão talvez seja outra: quem não matou Odete Roitman? A autora deixa claro que motivos não faltam para que quase todos desejem a queda da vilã. Manuela Dias declarou ao Fantástico que gravou dez finais distintos, preservando o mistério até mesmo entre o elenco. Entre os principais suspeitos, estão Marco Aurélio (Alexandre Nero), Maria de Fátima (Bella Campos), César (Cauã Reymond), Celina (Malu Galli) e Heleninha (Paolla Oliveira).
Na versão original, escrita por Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères e exibida em 1988, a morte de Odete (imortalizada por Beatriz Segall) foi acidental: Leila (Cássia Kiss) atira acreditando alvejar Maria de Fátima (Glória Pires), com quem seu marido, Marco Aurélio (Reginaldo Faria), mantinha um caso.
As novas hipóteses
No remake, as possibilidades são múltiplas — e, como em qualquer bom suspense, as pistas falsas surgem para confundir o seu interlocutor. O episódio de segunda-feira já deixou claros os possíveis caminhos, cabendo ao espectador escolher em qual acredita. O risco, porém, é que a autora opte por um desfecho previsível e perca o principal motor de um thriller: o fator surpresa. Sem ele, toda a construção dramatúrgica se fragiliza.
Caso o assassino esteja mesmo entre os cinco suspeitos centrais, há grandes chances de o crime ter sido marcado por algum grande imprevisto. Em um deles, Odete esperava Celina para uma conversa, e sabemos que a irmã também arquitetava a sua morte. Confiando que o encontro serviria apenas para acertar contas, a empresária teria deixado a porta do quarto entreaberta.
Ao rever a cena do disparo, nota-se uma marca de bala na parede. A hipótese mais plausível é que Marco Aurélio, que planejava usar um silenciador, tenha errado o alvo ao atirar pelo vão da porta. E sabemos pela cena de sua morte que a arma fez barulho. A partir daí, Fátima ou Celina poderiam ter sido responsáveis pelo golpe final. Odete, antes de cair, chama seu agressor de “meu bem”, o que reforça a suspeita sobre Celina.
Personagens esquecidos
Há, no entanto, nomes menos óbvios na lista de possíveis culpados. Tiago (Pedro Waddington), neto de Odete, está afastado da trama e poderia agir movido por ressentimento, responsabilizando a avó pelo alcoolismo da mãe, Heleninha.
Outra candidata é Nice (Teca Pereira), cuidadora de Leonardo (Guilherme Magon), filho de Odete. As sugestões indicam que ela pode não ter morrido de infarto, como se pensava. Se estiver viva, teria fortes motivos para vingança: a morte da neta, Ana Clara (Samantha Jones), causada pela própria Odete.
Há ainda Walter, um dos amantes da vilã, também desaparecido. Nesse caso, o crime poderia ser passional; um feminicídio motivado pela rejeição, já que Odete o trocou por César. Além disso, Walter havia sido cúmplice de seus planos para arruinar os negócios de Raquel (Taís Araújo).
A teoria favorita
Entre os espectadores, porém, prevalece uma teoria tentadora: Odete Roitman pode não estar morta. Inteligente e sempre um passo à frente, ela teria simulado o próprio assassinato para escapar dos inimigos. E teria contado com a ajuda de Freitas (vivido por Luis Lobianco), que até então é um personagem pouco respeitado pelos demais. Nesse cenário, quando o corpo foi encontrado, Odete já estaria “morta” apenas para os outros e viva, em algum lugar, assistindo de camarote ao caos que deixou para trás.