Residência de “Ainda estou aqui” irá virar Casa do Cinema Brasileiro
O imóvel onde se passa parte da trama, localizado na Urca, Zona Sul, será adquirido pelo município para abrigar a Casa do Cinema Brasileiro
O filme Ainda Estou Aqui, de Walter Salles, deixa um legado importante para os brasileiros. Além de conquistar o Oscar de Melhor Filme Internacional no último domingo (2), a obra agora dará origem a uma nova instituição cultural no Rio de Janeiro. O prefeito da cidade, Eduardo Paes, anunciou que o imóvel onde se passa parte da trama, localizado na Urca, Zona Sul, será adquirido pelo município para abrigar a Casa do Cinema Brasileiro.
“Hoje será publicado em Diário Oficial Extra da Prefeitura do Rio que decidimos comprar e transformar o imóvel do filme Ainda Estou Aqui na Casa do Cinema Brasileiro. Vamos tornar público e abrir para visitação o espaço que trouxe o primeiro Oscar do Brasil em quase 100 anos de premiação”, escreveu o prefeito em suas redes sociais.
A medida foi oficializada no Diário Oficial na última segunda-feira (3). A aquisição da residência leva em consideração o valor histórico e cultural da obra de Marcelo Rubens Paiva, que inspirou o filme, tratando-o como um marco da superação do autoritarismo. Além disso, a criação da Casa do Cinema Brasileiro visa promover o turismo, aproveitando o impacto global do filme. O imóvel de 480 m², construído em 1938, passou por uma reforma antes das filmagens de Ainda Estou Aqui para se assemelhar à residência da Família Paiva, localizada no Leblon e demolida no final dos anos 1970 para dar lugar a um prédio residencial. A aquisição do espaço está orçada em R$14 milhões.
Além de abrir o local para visitação pública, o espaço abrigará a RioFilme, órgão vinculado à Secretaria Municipal de Cultura do Rio de Janeiro, responsável pelo fomento à produção audiovisual no município.
“Essa é uma reverência a todos aqueles que fazem Cultura em nosso país. O Oscar foi para o filme, mas todas as nossas manifestações culturais foram premiadas. O nosso dever, enquanto poder público, é perpetuar a nossa memória, preservá-la e incentivar a produção de novos ‘Ainda Estou Aqui’. Temos uma riqueza cultural única e valiosa”, declarou o prefeito Eduardo Paes.
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