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Três momentos em que a arte de René Magritte inspirou o cinema

O interesse do audiovisual pelas obras do artista belga se deve ao caráter de suas pinturas, que mesclam sonho, mistério e narrativa

Por Redação Bravo!
12 out 2025, 07h00
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A pintura "O império da luz" ao lado do pôster de "O exorcista" (Reprodução/reprodução)
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Um dos artistas mais admirados pelos cineastas é o surrealista belga René Magritte. Sua influência no cinema é evidente na grande quantidade de filmes que incorporam imagens inspiradas em suas obras. Isso se deve, em parte, à maneira como Magritte retratava cenas do cotidiano, combinando-as com elementos fantásticos. O resultado é um clima ao mesmo tempo onírico e de suspense, como se estivéssemos diante de situações prestes a acontecer e a serem descobertas por um olhar atento. Do mesmo modo, suas pinturas carregam qualidades narrativas próximas às do cinema, além de apresentarem uma dimensão meta-artística, na qual o próprio ato de criar é refletido e questionado.

Listamos aqui alguns dos filmes inspirados nas obras de Magritte:

Asas do Desejo (1988), Wim Wenders

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“Saudades de Casa” e o filme “Asas do desejo” (reprodução/reprodução)

No filme que inspirou Cidade dos Anjos, dois anjos, Damiel e Cassiel, percorrem Berlim, oferecendo esperança silenciosa aos humanos sem interagir diretamente com eles. No entanto, Damiel se apaixona por Marion, uma trapezista solitária, e passa a desejar experimentar a vida como humano, inspirado pelas palavras do ator Peter Falk e pela possibilidade de assumir um corpo físico. A direção de arte do filme se inspira no quadro Saudades de Casa (1940), que retrata um anjo de costas, observando por cima de uma ponte com leão atrás de si, capturando a sensação de contemplação e vigilância silenciosa presente na obra de Wenders.

O Exorcista (1974), William Friedkin

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A pintura “O império da luz” ao lado do pôster de “O exorcista” (Reprodução/reprodução)
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No clássico do terror, a jovem Regan começa a apresentar comportamentos estranhos e violentos. Sua mãe, desesperada, recorre a médicos e psicólogos sem sucesso, até que dois padres são chamados para enfrentar a presença demoníaca que possuiu a menina, desencadeando um intenso conflito entre fé e mal. O icônico pôster do filme foi inspirado na pintura O Império da Luz, produzida em diversas versões entre as décadas de 1940 e 1960, mas rapidamente superou as obras originais em notoriedade, tornando-se uma das imagens mais reconhecíveis do cinema de terror.

A Chegada (2016), Denis Villeneuve

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“O Castelo dos Pirineus” e o filme “A Chegada” (reprodução/reprodução)

Em um dos filmes mais poéticos de Villeneuve, misteriosas naves aparecem ao redor do mundo, e a linguista Louise Banks é recrutada para estabelecer comunicação com os alienígenas. À medida que decifra sua linguagem, ela descobre segredos sobre o tempo, a memória e o futuro da humanidade, desafiando completamente sua percepção da realidade. A forma monumental das naves foi inspirada na pintura O Castelo dos Pirineus (1959), que mostra uma imensa rocha flutuando sobre o mar, coroada por um castelo de pedra no topo, refletindo a sensação de mistério e grandiosidade que permeia o filme.

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