10 livros best-sellers de 2024 indicados pela Bravo!
Para incentivar novas leituras neste fim de ano, trazemos alguns títulos que se destacaram em 2024, desde lançamentos recentes até obras já consagradas
Fim de ano é o momento perfeito para planejar as leituras do ano seguinte. Se você perdeu o hábito de ler, saiba que a melhor maneira de recuperá-lo é encontrar um livro que o mantenha entretido. Não há segredo: uma leitura puxa a outra. E, quando nos vemos envolvidos por uma narrativa, fica cada vez mais difícil interrompê-la. Para dar um empurrãozinho, selecionamos alguns títulos que foram best-sellers em 2024, incluindo lançamentos e até obras mais antigas.
Mata doce, de Luciany Aparecida
Vencedor do Prêmio São Paulo de Literatura, Mata doce narra a história de Maria Teresa, que vive com suas mães em um antigo casarão, cercado por histórias familiares e um jardim de rosas brancas. Em sua vida passam figuras marcantes, como Mané da Gaita, Lai, os gêmeos Cícero e Antônio, e Zezito, por quem ela se apaixona e planeja casar. Porém, um dia antes do casamento, uma tragédia envolvendo um fazendeiro violento muda tudo. À medida que a história se desenrola, Maria Teresa revela segredos profundos, antigas rivalidades e mistérios que envolvem os habitantes de Mata Doce.
A alma encantadora das ruas: Crônicas, de João do Rio
João do Rio, nome literário de Paulo Barreto (1881-1921), foi pioneiro ao transformar a crônica jornalística em uma forma literária capaz de refletir as nuances e os conflitos da sociedade brasileira do início do século XX. Em A alma encantadora das ruas, o livro mais vendido na Festa Literária de Paraty neste ano, ele reúne textos publicados entre 1904 e 1907, no qual descreve com sensibilidade a vida urbana do Rio de Janeiro, capturando as atmosferas da cidade e suas complexidades, em uma tentativa de retratar a realidade de uma “cosmópolis em constante movimento”.
A mais recôndita memória dos homens, de Mohamed Mbougar Sarr
Em A mais recôndita memória dos homens, o senegalês Diégane Latyr Faye, um jovem escritor, se vê diante de um mistério literário ao encontrar, em Paris, um livro perdido chamado O labirinto do inumano, publicado em 1938. Seu autor, T.C. Elimane, desapareceu após ser acusado de plágio, o que abalou a literatura francesa. Movido pela curiosidade, Diégane inicia uma jornada de investigação sobre o autor e suas obras, adentrando os ecos do colonialismo e do Holocausto.
Mudar: Método, de Édouard Louis
Um retrato autobiográfico da juventude de Eddy Bellegueule, um jovem que cresce na classe operária de uma pequena cidade no norte da França. Através de muito esforço e aprendizado, ele se reinventa como Édouard Louis, um escritor de renome internacional. Para fugir da pobreza, da homofobia e das violências que marcam sua vida, o protagonista se dedica aos estudos, buscando evitar o mesmo destino de seu pai e de gerações passadas, que viveram na opressão das fábricas.
Tudo é rio, de Carla Madeira
Embora tenha sido publicado em 2021, o romance tornou-se um bestseller neste ano. O livro Carla Madeira narra a história de Dalva e Venâncio, um casal abalado por uma tragédia causada pelo ciúme possessivo de Venâncio, e a entrada de Lucy, uma prostituta que complica ainda mais a situação, formando um triângulo amoroso. A metáfora do rio é presente na narrativa, que flui de forma contínua, alternando entre momentos intensos e suaves. Além disso, elementos físicos como suor, saliva, sangue, lágrimas e sêmen são usados para intensificar a história.
Ainda estou aqui, de Marcelo Rubens Paiva
Esse não poderia faltar. O livro tornou-se um fenômeno, especialmente após o lançamento do filme homônimo, dirigido por Walter Salles. No centro da obra, está Eunice Paiva, uma mulher que enfrentou muitos desafios ao lado de seu marido, o deputado Rubens Paiva, durante o golpe de 1964, quando ele foi cassado e exilado. Após a prisão, tortura e morte dele em 1971, ela passou a criar sozinha seus cinco filhos. Ao longo dos anos, se reinventou, tornando-se advogada e defensora dos direitos indígenas. A obra aborda a luta de Eunice contra o Alzheimer, enquanto seu filho, Marcelo Rubens Paiva, reflete sobre a memória e investiga os acontecimentos que levaram à morte de seu pai.
Cem anos de solidão, de Gabriel García Márquez
Uma obra clássica da literatura latino-americana mais uma vez redescoberta, com o anúncio da estreia da série da Netflix (disponível a partir de 11 de dezembro). O livro narra a história da família Buendía, cuja saga se passa na fictícia cidade de Macondo. Ao longo de sete gerações, a obra explora temas como amor, solidão, destino e a repetição dos erros históricos. Através de eventos extraordinários e personagens complexos, o romance mistura realidade e fantasia, criando uma reflexão profunda sobre o tempo, a memória e a condição humana. A história culmina no fim da família Buendía, selado por uma profecia.
A vegetariana, Han Kang
O romance da vencedora do Prêmio Nobel de Literatura 2024, narra a transformação radical de Yeonghye, que após um sonho perturbador, decide parar de comer carne, um gesto que desencadeia um processo de desapego de sua vida anterior. A história é contada a partir de três perspectivas, cada uma revelando o impacto dessa escolha na vida de Yeonghye e nas pessoas ao seu redor. A recusa em seguir as expectativas familiares leva a protagonista a um caminho de isolamento e transcendência, marcado por violência, erotismo e um distanciamento crescente da condição humana.
É assim que acaba, de Colleen Hoover
Outro romance adaptado para o cinema, o livro apresenta Lily, uma jovem que, após se mudar para Boston e abrir uma floricultura, conhece Ryle, um neurocirurgião atraente, mas avesso a relacionamentos. Apesar da química entre eles, Lily se vê envolvida em um relacionamento tumultuado que desafia suas expectativas. A história aborda temas complexos, como a convivência entre amor e abuso, e explora as difíceis escolhas que precisam ser feitas para escapar de relações tóxicas.
A gente mira no amor e acerta na solidão, de Ana Suy
Em A Gente Mira no Amor e Acerta na Solidão, a psicanalista Ana Suy propõe uma reflexão sobre o amor e a solidão, explorando como esses dois sentimentos se entrelaçam. Baseado em suas próprias experiências, tanto profissionais quanto pessoais, o livro surge a partir de diálogos informais. Suy convida o leitor a uma conversa íntima sobre o amor, mostrando como, muitas vezes, ele traz consigo a solidão, e como vivemos essas experiências de maneira individual, embora com outros ao nosso redor.