Dia Internacional do Livro Infantil: 7 obras que precisam ser lidas
A data foi instituída em 1967 pelo International Board on Books for Young People, em homenagem ao nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen

Se em 1º de abril damos legitimidade à mentira, no dia seguinte celebramos as grandes histórias de ficção, especialmente aquelas que encantam os jovens leitores. É que, em 2 de abril, comemora-se o Dia Internacional do Livro Infantil. A data foi instituída em 1967 pelo International Board on Books for Young People (IBBY), em homenagem ao nascimento do escritor dinamarquês Hans Christian Andersen, autor de clássicos como O Patinho Feio, A Pequena Sereia e O Soldadinho de Chumbo.
Ter um dia dedicado ao livro infantil é uma forma simbólica de destacar a importância da leitura desde cedo, incentivando a imaginação, a sensibilidade e o olhar atento para o mundo. Para celebrar a data, selecionamos alguns clássicos modernos da literatura infantil que continuam conquistando leitores de todas as idades.

O Meu pé de Laranja Lima, de José Mauro de Vasconcelos e Jayme Cortez (Brasil)
Inspirado na infância do autor, narra a história de Zezé, um menino de 6 anos que vive em um bairro modesto do Rio de Janeiro, em meio às dificuldades de sua família. Travesso e imaginativo, ele se refugia em seu mundo de fantasia para escapar das surras e da dureza da vida. No entanto, a dor e a perda logo se tornam parte de sua realidade. Comovente e inesquecível, a obra equilibra alegria e tristeza de forma única, conquistando leitores e inspirando adaptações para o cinema, teatro e televisão.

A Raiva, de José Carlos Lollo e Blandina Franco (Brasil)
Todo mundo já sentiu raiva, mesmo sem motivo aparente. No início, é apenas um incômodo, mas logo pode crescer e se transformar em uma grande fúria. Com bom humor e ilustrações vibrantes, Blandina Franco e José Carlos Lollo exploram como os sentimentos se intensificam e como aprender a lidar com eles. Uma história envolvente sobre autoconhecimento para crianças e adultos.

Lampião & Lancelote, de Fernando Vilela (Brasil)
Um duelo inesperado entre Lancelote, o temível cavaleiro da Távola Redonda, e Lampião, o mais famoso cangaceiro do Brasil. Enganado por Morgana, Lancelote vai parar no sertão nordestino, onde enfrenta Lampião em desafios que misturam lutas, danças e poesia. Com uma narrativa que mescla a tradição medieval e o cordel, Fernando Vilela cria uma história visualmente deslumbrante, enriquecida por xilogravuras, pinturas renascentistas e um trabalho marcante de cores. Vencedor de diversos prêmios, incluindo o Jabuti e o Bologna Ragazzi, este livro é um encontro mágico entre culturas e estilos.

Onde vivem os monstros, de Maurice Sendak (EUA)
Após ser mandado para o quarto sem jantar, Max embarca em uma jornada até a ilha dos monstros, onde é coroado rei e pode fazer tudo o que quiser. No entanto, a liberdade absoluta logo dá lugar à saudade, e o cheiro de um jantar quentinho o faz refletir sobre suas escolhas. Aclamado e premiado, o livro revolucionou a literatura infantil e inspirou adaptações para o cinema, teatro e ópera.

A coisa perdida, de Shaun Tan (Austrália)
Um garoto encontra uma criatura peculiar, meio máquina, meio bicho, enquanto coleta tampinhas para sua coleção. Tentando evitar que ela acabe no ferro-velho, ele busca um destino melhor para seu novo achado, mas enfrenta a indiferença de todos ao redor. Com ilustrações inspiradas em antigos manuais técnicos, a obra reflete sobre rejeição e descarte, destacando como aquilo que foge à rotina muitas vezes é ignorado.

A Invenção de Hugo Cabret, de Brian Selznick (EUA)
Em 1931, o órfão Hugo Cabret vive escondido em uma estação de trem de Paris, onde mantém os relógios funcionando enquanto tenta consertar um autômato para decifrar uma mensagem misteriosa. Seus planos são ameaçados quando ele é descoberto pelo dono de uma loja de brinquedos e pela curiosa Isabelle. Misturando cinema e quadrinhos, essa obra celebra a magia do cinema e o poder da imaginação. A história inspirou o filme A Invenção de Hugo Cabret, dirigido por Martin Scorsese.

A História sem fim, de Michael Ende (Alemanha)
No antiquário, Bastian Balthasar Bux encontra um livro misterioso: A História Sem Fim. Fascinado pela narrativa, ele descobre o reino de Fantasia, ameaçado pelo avanço do Nada devido à doença da pequena imperatriz, que só pode ser curada se uma criança humana lhe der um novo nome. A jornada se desenrola ao lado do jovem guerreiro Atreiú e do Dragão da Sorte, Fuchur, em uma corrida contra o tempo. Clássico da literatura alemã, o livro celebra o poder da imaginação e conquistou milhões de leitores ao redor do mundo.