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Maria Firmino dos Reis é destaque no catálogo da Círculo de Poemas

Obras de Maria Firmino dos Reis, Josephina Álvares de Azevedo, Narcisa Amália, Auta de Souza e Gilka Machado integram a seleção deste mês

Por Redação Bravo!
Atualizado em 19 fev 2024, 18h31 - Publicado em 12 fev 2024, 10h00

A Círculo de Poemas começa a enviar neste final de semana a sua caixa do mês de fevereiro para assinantes. O destaque é Cantos à beira-mar e outros poemas, da escritora maranhense Maria Firmino dos Reis. Trata-se do único livro de poemas editado em vida pela autora, um volume que apresenta também 34 poemas publicados esparsamente na imprensa do Maranhão e um poema encontrado no seu diário.

Já a plaquete do mês é Cardumes de borboletas: quatro poetas brasileiras, antologia que reúne poemas de Josephina Álvares de Azevedo, Narcisa Amália, Auta de Souza e Gilka Machado, quatro poetas brasileiras nascidas no século 19. As publicações chegam às livrarias apenas em março. Para assinar o Círculo de Poemas, clique aqui.

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(Círculo de Poemas/divulgação)

Sobre a autora: Maria Firmina dos Reis nasceu em São Luís, no Maranhão, em 11 de outubro de 1825. Aos cinco anos de idade, mudou-se para a cidade de Guimarães, onde trabalhou como professora de primeiras letras de 1847 a 1881 e faleceu em 11 de novembro de 1917. Suas principais obras são os romances Úrsula (1859) e Gupeva (1861), o conto “A escrava” (1887) e os poemas de Cantos à beira-mar (1871).

Sobre a plaquete — Cardumes de borboletas: quatro poetas brasileiras

“Esta antologia reúne poemas de Josephina Álvares de Azevedo (1851- c. 1913), Narcisa Amália (1852-1924), Auta de Souza (1876-1901) e Gilka Machado (1893-1980), quatro poetas brasileiras nascidas no século xix, cujas obras têm despertado interesse crescente nesse momento em que a poesia brasileira se debruça sobre a própria história, a fim de ouvir as tantas vozes femininas e negras silenciadas durante tanto tempo.

É uma pequena e preciosa mostra da poesia escrita por essas mulheres, com o intuito de convidar leitoras e leitores a ampliar seu conhecimento sobre autoras que, a despeito da qualidade de suas obras, foram quase sempre apagadas da historiografia literária, no mesmo mês em que o Círculo de Poemas lança a mais completa edição da poesia da grande — e também “esquecida” — precursora da literatura negra e feminina entre nós, Cantos à beira-mar e outros poemas, de Maria Firmina dos Reis.

Os poemas aqui reunidos nos fazem também refletir sobre o que se passou desde o tempo em que essas mulheres eram praticamente proibidas de escrever até o momento atual, em que a face principal da poesia brasileira é feminina. Como afirmam as organizadoras da antologia, Ana Rüsche e Lubi Prates, dois nomes importantes da produção poética nacional escrita no século xxi, “se escrevemos poesia hoje, também é pela obstinação e pela força dessas oito mãos, que juntas nos amparam nesta longa História'”.

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