“Memórias Póstumas de Brás Cubas” viraliza e se torna best-seller
Um vídeo no Tik Tok fez com que o livro de Machado de Assis se tornasse o mais vendido na categoria de ficção latino-americana e caribenha na Amazon
“Por que não me avisaram que este é o melhor livro que já foi escrito?”, brinca Courtney Henning Novak, TikToker que faz resenhas literárias. O livro em questão é o clássico brasileiro “Memórias Póstumas de Brás Cubas”, lançado em folhetim em 1880 por Machado de Assis.
O vídeo, publicado no último fim de semana, logo viralizou, e fez com que a obra de Machado de Assis se tornasse a mais vendida na categoria de ficção latino-americana e caribenha no site da Amazon, seguida por “O Amor nos Tempos do Cólera”, de Gabriel García Márquez.
“Ainda restam 100 páginas para ler, mas tenho três grandes problemas com esse livro. A primeira é que a minha edição só tem 300 páginas, ainda restam 100. E estou preocupada que vou acabar no final de semana. Depois o quê? O que devo fazer pelo resto da minha vida?”, comentou Courtney.
Nos comentários, os brasileiros se empolgaram com a reação da influenciadora e recomendaram outros clássicos da literatura brasileira, como “Dom Casmurro”, também de Machado, “O Cortiço”, de Aluísio Azevedo, e “Capitães da Areia”, de Jorge Amado.
Courtney ainda elogia a tradução do livro da Penguin Books, feita por Flora Thomson-DeVeaux, diretora de pesquisa da Rádio Novelo. No X (antigo Twitter), Flora brincou: “Uma alegria ver o Brás superando aquele grande clássico da literatura latino-americana, ‘O Idiota’.” Ela estava se referindo ao livro do russo Fiódor Dostoiévski, que erroneamente foi listado como literatura latino-americana e caribenha.
“Memórias Póstumas de Brás Cubas” é narrado por Brás Cubas, um defunto que pertencia à elite carioca e decide contar suas memórias após a morte. O livro cativa os leitores pela ironia, ao mesmo tempo, em que apresenta reflexões sobre a vida, a morte e a sociedade brasileira do século XIX.
Nascido no Rio de Janeiro, em 1839, de origem humilde, Machado de Assis se tornou figura central no cenário literário do Brasil. Escreveu também “O Alienista” (1882), “Dom Casmurro” (1899) e “Quincas Borba” (1891).