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Pulitzer 2025: conheça os livros premiados

Na última segunda-feira (5), foram anunciados os vencedores deste ano; os vencedores recebem um certificado e um prêmio de 15 mil dólares

Por Redação Bravo!
7 Maio 2025, 07h00
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 (Arte/Redação Bravo!)
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O Pulitzer, o maior prêmio de jornalismo dos Estados Unidos, vai além das reportagens e também reconhece obras literárias que se destacam pela profundidade, relevância histórica e impacto cultural. Na última segunda-feira (5), foram anunciados os vencedores da edição de 2025, com produções que abordam temas como a resistência ao regime soviético, a história dos povos indígenas nos EUA e a luta pela liberdade, explorando tanto o passado quanto o presente.

O Prêmio Pulitzer foi criado em 1917 por iniciativa do jornalista Joseph Pulitzer, que destinou parte de sua fortuna para estabelecer uma premiação que reconhecesse a excelência no jornalismo, literatura, música e teatro nos Estados Unidos. A administração do prêmio é feita pela Universidade Columbia, em Nova York.

A seleção dos vencedores envolve mais de 100 jurados especializados, divididos em 22 comitês — um para cada categoria, com exceção das categorias de fotografia, que compartilham um júri. Cada júri indica três finalistas, e o Conselho do Prêmio Pulitzer (vinculado à Universidade de Columbia) escolhe o vencedor por maioria simples. Em casos excepcionais, o conselho pode optar por não conceder o prêmio em determinada categoria ou selecionar um vencedor fora da lista de finalistas, desde que haja aprovação de 75% dos membros.

Atualmente, os vencedores recebem um certificado e um prêmio em dinheiro de US$ 15.000. A única exceção é a categoria de Serviço Público, na qual o vencedor — sempre uma organização jornalística, e não um indivíduo — recebe uma medalha de ouro em vez do prêmio em dinheiro. Conheça os títulos premiados em literatura neste ano.

Ficção

“James”, de Percival Everett

Uma releitura sofisticada de As Aventuras de Huckleberry Finn que dá protagonismo a Jim, expondo o absurdo da supremacia racial e trazendo uma nova perspectiva sobre família e liberdade. A obra será lançada neste mês no Brasil pela Todavia.

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“James”, de Percival Everett (Prêmio Pulitzer/divulgação)

Dramaturgia

“Purpose”, de Branden Jacobs-Jenkins

A fictícia família Jasper, uma influente família afro-americana de Chicago, se reúne sob circunstâncias especiais. Durante o encontro, vêm à tona revelações enquanto todos os convidados tentam compreender seu valor uns para os outros e sua identidade dentro da cultura e da política negra.

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“Purpose”, de Branden Jacobs-Jenkins (Prêmio Pulitzer/divulgação)

História 

“Native Nations: A Millennium in North America”, Kathleen DuVal

A obra apresenta mil anos de história indígena na América do Norte, desde o surgimento de grandes cidades até as lutas por soberania que continuam hoje. A autora mostra como os povos nativos construíram civilizações complexas antes da chegada dos europeus, resistiram à colonização e influenciaram o destino do continente por séculos. A obra destaca a força, diplomacia e autonomia dessas nações ao longo do tempo.

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“Native Nations: A Millennium in North America”, Kathleen DuVal (Prêmio Pulitzer/divulgação)

 “Combee: Harriet Tubman, the Combahee River Raid, and Black Freedom During the Civil War”, Edda L. Fields-Black

O livro narra o ousado ataque liderado por Harriet Tubman durante a Guerra Civil americana, conhecido como o Combahee River Raid. Em 1863, Tubman guiou tropas do Exército da União para libertar 730 pessoas escravizadas em plantações da Carolina do Sul. A autora, descendente de um dos participantes, usa documentos inéditos para revelar a importância desse episódio pouco conhecido da história de Tubman.

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“Combee: Harriet Tubman, the Combahee River Raid, and Black Freedom During the Civil War”, Edda L. Fields-Black (Prêmio Pulitzer/divulgação)
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Biografia ou Autobiografia 

“Every Living Thing: The Great and Deadly Race to Know All Life”, Jason Roberts

O livro conta a história da rivalidade entre Carl Linnaeus e Georges-Louis de Buffon, dois cientistas do século XVIII que tentaram catalogar todas as formas de vida na Terra. Enquanto Linnaeus criou classificações fixas e influenciou ideias racistas, Buffon defendia que a natureza era mutável e antecipou conceitos como evolução e mudanças climáticas. 

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“Every Living Thing: The Great and Deadly Race to Know All Life”, Jason Roberts (Prêmio Pulitzer/divulgação)

“Feeding Ghosts: A Graphic Memoir”, Tessa Hulls

Neste romance gráfico autobiográfico, Tessa Hulls narra a história de três gerações de mulheres chinesas de sua família, marcadas pelo exílio, trauma e doença mental. Ao revisitar o passado de sua avó, uma jornalista que fugiu da China comunista e sofreu um colapso após publicar suas memórias, Tessa confronta as dores herdadas e busca entender suas próprias fugas e identidade.

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“Feeding Ghosts: A Graphic Memoir”, Tessa Hulls (Prêmio Pulitzer/divulgação)

Poesia 

“New and Selected Poems”, Marie Howe

Neste volume, a poeta Marie Howe reúne poemas de seus quatro livros anteriores, além de vinte inéditos, abordando temas como perda, espiritualidade, cotidiano e a experiência feminina. 

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“New and Selected Poems”, Marie Howe (Prêmio Pulitzer/divulgação)

Não Ficção 

“To the Success of Our Hopeless Cause: The Many Lives of the Soviet Dissident Movement,” Benjamin Nathans

O livro, baseado em diários e entrevistas, narra o movimento dissidente soviético, que acelerou o fim da União Soviética e inspira até hoje resistências contra o governo Putin. Desde os anos 1960, cidadãos desafiaram o regime, utilizando a lei soviética como ferramenta de resistência. 

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“To the Success of Our Hopeless Cause: The Many Lives of the Soviet Dissident Movement,” Benjamin Nathans (Prêmio Pulitzer/divulgação)
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