78 anos de David Bowie: relembre algumas de suas fases mais marcantes
Neste último 8 de janeiro, o Camaleão do Rock completaria 78 anos, marcando também nove anos desde sua morte

Nem sempre é fácil alcançar consensos no universo da música, mas não é exagero afirmar que David Bowie (1947–2016) é uma das raras unanimidades. Sua influência atravessa gerações e continua a impactar artistas de diversas áreas, como música, artes plásticas e cinema, mesmo nove anos após sua morte. Ícones como Rita Lee, Kurt Cobain, Madonna e Lady Gaga são apenas alguns exemplos do seu imenso legado. Revolucionário, desafiador e excêntrico, Bowie não hesitou em reinventar seu estilo e explorar diferentes fases ao longo de sua carreira, o que lhe garantiu a alcunha de Camaleão do Rock. Em 8 de janeiro, data de seu aniversário, o cantor completaria 78 anos.
Relembre algumas das identidades estéticas e musicais criadas por ele:
Ziggy Stardust (1970–1973)
Uma das fases mais marcantes de sua carreira, Bowie criou o alter-ego Ziggy Stardust, um alienígena andrógino e messiânico. Com o álbum The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders from Mars (1972), Bowie alcançou fama mundial, incorporando teatralidade em suas apresentações e ajudando a definir o glam rock, com sua mistura de música e performance.
A mudança para Berlim (1976–1979)
No final dos anos 1970, Bowie se mudou para Berlim, buscando se distanciar das tentações de Los Angeles e do vício em heroína. Na capital alemã, ele iniciou uma colaboração criativa com Brian Eno, o que resultou na trilogia de álbuns Low (1977), Heroes (1977) e Lodger (1979). Caracterizados por experimentações com música eletrônica e sons minimalistas, esses álbuns marcaram uma fase de recuperação pessoal e criativa. Além disso, “Heroes” se tornou um dos maiores clássicos de sua carreira.
O retorno à música (2013–2016)
Após dez anos de reclusão, Bowie fez um anúncio inesperado no dia de seu 66º aniversário: o lançamento de seu novo álbum. Em março de 2013, ele lançou The Next Day. O disco foi amplamente elogiado pela crítica e pelo público e trouxe de volta o rock alternativo, com letras que refletiam sobre envelhecimento, mortalidade e o peso da fama, como se ele já soubesse o que estava por vir. Entretanto, Bowie já estava entrando em seus últimos anos.

Blackstar e a despedida (2016)
Lançado em 8 de janeiro de 2016, aniversário de Bowie, e dois dias antes de sua morte, Blackstar foi a despedida artística do músico. O álbum é uma reflexão profunda sobre mortalidade, espiritualidade e legado, misturando jazz experimental, rock e música eletrônica. Blackstar se tornou um testemunho de sua capacidade de inovar até o fim de sua vida. O cantor faleceu em 10 de janeiro de 2016, devido a um câncer de fígado.