Cantora Angela Ro Ro morre aos 75 anos no Rio de Janeiro
A cantora estava internada desde junho no Hospital Silvestre e enfrentava uma infecção pulmonar

O Brasil perdeu hoje (8) uma das vozes mais marcantes da MPB: Angela Ro Ro (Angela Maria Diniz Gonsalves). A cantora estava internada desde junho no Hospital Silvestre, no Cosme Velho, Zona Sul do Rio de Janeiro. A informação sobre sua morte foi divulgada por sua ex-namorada Laninha Braga. Angela, que tinha 75 anos, e precisou passar por traqueostomia.
Em julho, a artista recorreu aos seguidores nas redes sociais pedindo apoio financeiro após a suspeita de câncer. “Eu não iria brincar com o assunto mais sério, pois eu amo a minha vida, eu amo a vida de todos. Qualquer valor será bem-vindo”, disse ela em vídeo, já demonstrando dificuldades para falar.
Nascida no Rio de Janeiro, em 1949, Ângela começou seus estudos de piano aos cinco anos e cedo mostrou interesse pela música e pelo canto. Nos anos 1970, mudou-se para a Europa, onde viveu na Itália e na Inglaterra, trabalhando como garçonete e faxineira. Foi nesse período que conheceu o cineasta Glauber Rocha, que a indicou para participar do álbum Transa, de Caetano Veloso.
De volta ao Brasil, lançou seu primeiro disco, Angela Ro Ro, em 1979, pela Polygram-Polydor (atual Universal Music), após ganhar experiência cantando em boates do Rio de Janeiro. O complemento “Ro Ro” referia-se à sua voz rouca, marca registrada de sua interpretação intensa e emotiva. Ao longo da carreira, lançou álbuns marcantes como Só Nos Resta Viver (1980), Eu Desatino (1985) e Prova de Amor (1988).
Além de intérprete, Angela se destacou como compositora, criando clássicos da MPB como Amor, Meu Grande Amor (1979), Balada da Arrasada (1979), Preciso Tanto (1980) e Me Acalmo Danando (1979). Suas canções foram gravadas por Maria Bethânia, Ney Matogrosso, Simone, entre muitos outros artistas.