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Lulu Santos fala sobre 50 anos de carreira: “Vejo a vida melhor no futuro”

Cantor faria parte do line-up do festival João Rock, que acontece neste sábado em Ribeirão Preto

Por Beatriz Lourenço
Atualizado em 8 jun 2024, 11h41 - Publicado em 7 jun 2024, 10h00
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Lulu Santos: 50 anos de carreira (Lorena Dini/divulgação)
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O João Rock 2024 acontece neste sábado (08/06), em Ribeirão Preto. Ao todo, são mais de 12 horas de programação que envolve um line-up que vai de batalha de rimas a grandes nomes da MPB. Lulu Santos, que estava escalado para se apresentar no festival, cancelou sua apresentação devido a um mal-estar. Ele está sob cuidados médicos e com quadro de saúde estável. 

Em conversa com a Bravo!, o artista conta, de forma direta, concisa e sincera, que cada encontro com o público é único. O show faz parte da turnê “Barítono”, que já foi realizada 70 vezes mundo afora. Nela, o músico deixa de lado os tons agudos para cantar no seu timbre de voz natural, o barítono. A setlist, reduzida para durar 60 minutos, é composta por um passeio pelos maiores hits dos 50 anos de sua carreira. 

“Idealmente, o melhor é algo que ainda não se deu – jamais imaginei passar 12 anos fazendo televisão, por exemplo. É da natureza da gangorra”

O músico também divide o momento mais desafiador e também aquele de maior realização da carreira.Talvez o mais difícil tenha sido no início dos anos 90, quando as circunstâncias eram mais adversas. Idealmente, o melhor é algo que ainda não se deu – jamais imaginei passar 12 anos fazendo televisão, por exemplo. É da natureza da gangorra”, avalia. 

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Capa do novo album, Atemporal (Lulu Santos/reprodução)

O último lançamento do músico foi o disco Atemporal, um projeto pensado pela gravadora Warner que une sua voz com os novos artistas da cena cultural brasileira. A canção “Tempos Modernos”, por exemplo, ganhou o beat de Pedro Sampaio. Já o remix de “Certas Coisas” tem a participação de IZA e Tropkillaz. “Trocamos sensibilidades, opiniões, pontos de vista, certezas, dúvidas e inspiração”, afirma o cantor. Abaixo, veja a entrevista completa: 

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Neste ano, você celebra 50 anos de uma carreira cheia de hits e sucessos. Hoje, olhando para trás e vendo de onde você veio e onde chegou, como você analisa sua trajetória?
Não é um hábito que alimente. Ao olhar pelo retrovisor vê-se o ponto de partida se distanciando até desaparecer. Costumo olhar pra frente, que é pra onde se anda. Afinal, eu vejo a vida melhor no futuro.

Qual foi o momento mais desafiador da sua carreira e o de maior realização?
Talvez o mais difícil tenha sido no início dos anos 90, quando as circunstâncias eram mais adversas. Idealmente, o melhor é algo que ainda não se deu – jamais imaginei passar 12 anos fazendo televisão, por exemplo. Porém, passado o início, o meio dos 90 foram exitosos, mas não mais que o início do século XXI. É da natureza da gangorra.

Seu nome estará presente em diversos festivais de música até o fim do ano: do João Rock ao Rock in Rio. Quais são as novidades que você procura trazer para cada apresentação? O que pode nos adiantar sobre o show do João Rock, especificamente?
Único, de fato, é o encontro com o público que está ali presente – que é sempre diverso. De resto, como quase todo ato em turnê ou gira, apresento o espetáculo que foi concebido para este exercício. O programa é uma redução (devido ao tempo de apresentação estipulado) de Barítono, o show que já apresentamos 70 vezes mundo afora, de 4 de maio de 2023 até agora.

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Após o fim da Pandemia, o mundo todo se deparou com um aumento de festivais de música. Agora, o mercado se depara com uma queda massiva na venda de ingressos e grandes turnês sendo canceladas por falta de demanda. De que forma você, como músico, analisa esse cenário?
Muito sinceramente, nem o faço. Porém, parece previsível que ao excesso se suceda alguma escassez, soa natural.

O que é preciso para contornar essa situação?
Boa pergunta, quem sabe adequar a oferta à demanda.

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Capa do novo album, Atemporal (Lulu Santos/reprodução)

No álbum “Atemporal” você contracena com produtores e artistas da nova geração. Como foi a construção do disco e essa troca de experiências?
A concepção é da gravadora Warner, detentora dos originais de meus primeiros quatro álbuns. Abraçamos a ideia e a desenvolvemos em parceria.

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O que você aprendeu com eles e o que você espera que eles levem de você?
Não sei se aprender se aplica, dificilmente é uma lição, na melhor das hipóteses uma troca, e, trocar, trocamos: sensibilidades, opiniões, pontos de vista, certezas, dúvidas e inspiração.

Você é um artista que permanece sempre atual, atravessando diferentes gerações com a sua música. De que forma você se renova sem perder a essência?
Quem sabe estando atento ao que está acontecendo em volta, sendo um observador sem julgamento e talvez mantendo sempre a capacidade de se encantar com o novo, o outro.

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