Turnê PittyNando chega à reta final com gravação ao vivo

Tocando juntos desde agosto, a cantora soteropolitana Pitty e o paulistano Nando Reis têm um encontro marcado com o público paulistano neste sábado, 3, na casa de shows Vibra São Paulo.

A ocasião será especial. Nando e Pitty estão lançando o EP As Suas, as Minhas e as Nossas, em que tocam juntos seus clássicos “Os Cegos do Castelo”, “Temporal”, “Luz dos Olhos” e “Na Sua Estante”, além da música inédita “PittyNando”, feita durante a turnê.

Não só isso, eles irão gravar a apresentação deste final de semana para lançar em algum momento após o final da turnê, em fevereiro de 2023. A revelação é de Nando Reis, que junto com Pitty, conversou com nossa reportagem. Confira:

Vocês começaram essa turnê em agosto e tem sido um grande sucesso desde então. Como surgiu a ideia de se juntarem para essas apresentações?
Pitty: Sempre quis trabalhar com o Nando, sou uma grande fã da obra dele. Começamos a nos falar em um momento em que eu estava com uma vontade muito grande de fazer uma turnê com outro artista. Conversamos e percebemos que daria liga. Foi só questão de aprimorar a questão criativa, e agora estamos aqui.

Vocês dois começaram tocando rock ‘n’ roll, e ao longo das carreiras foram abrindo o leque musical. Como essas expressões diferentes aparecem nas apresentações de PittyNando, e o que foi criado de novo nesse encontro?
Pitty: Isso é muito interessante, é algo que nos une bastante e que está presente na estética do show. Quando fui montar a turnê, pensei nessa gênese. Embora o Nando e eu estejamos separados por uma geração, as trajetórias são muito parecidas. Eu vim do underground, de uma banda de hardcore, e o Nando veio da vanguarda paulistana. Sinto que nosso nascimento para a arte foi parecido. Eu passei a ter uma banda de rock que transita por diversos estilos, o Nando é esse compositor incrível que navega por todas as esferas. Acho que isso se reflete muito no show, porque temos um leque enorme. Transitamos do rock ‘n’ roll a músicas mais leves muito bem, e estamos trazendo canções com elementos diferentes, como samplers de sintetizadores 808, ou hip-hop e música eletrônica, e tudo isso ajudou a compor esse quadro musical.

Os shows têm datas marcadas até o final deste ano, agora há o lançamento de um EP, e o Nando começa 2023 tocando com os Titãs. Quem viu vocês tocando juntos, viu, e quem não viu terá que se contentar com as músicas gravadas, ou vocês estão preparando algo para o ano que vem?
Nando Reis: Essa turnê termina em fevereiro do ano que vem. Ainda temos quatro ou cinco apresentações. Quem viu, viu, quem não viu ainda tem alguma chance, especialmente neste sábado, em São Paulo, e vai se contentar com as músicas gravadas. Vamos registrar esse show, mas não sabemos ainda o que faremos com essa gravação.

Vocês compuseram uma música juntos durante a turnê, que também se chama “PittyNando”. O que mais esses momentos juntos na turnê trouxeram pra vocês dois no campo musical e também na amizade?
Nando Reis: Fizemos essa música juntos. A Pitty mandou a melodia e eu escrevi a letra, ainda muito antes de começarmos a ensaiar. Eu sempre imaginei que pudesse ser a abertura do show, para mostrar o quanto as apresentações seriam diferentes. Começar com uma música que ninguém nunca ouviu era uma afirmação de que tudo o que viria a seguir seria novidade. Eu já tinha uma admiração enorme pela Pitty, e agora temos uma grande amizade. Quem vê o show, percebe que nossa interação no palco é incrível, fruto do que nós criamos e que intuímos que seria, e que agora está eternizado.

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