Quase 30 anos depois, “Ironic” ainda é um dos melhores videoclipes já criados
“Ironic”, uma das melhores faixas do álbum, foi escrita por Alanis em parceria com seu produtor Glen Ballard; o clipe ainda hoje emociona gerações de fãs
As gerações que cresceram nas décadas de 1980 e 1990 foram profundamente impactadas pela cultura do videoclipe, muito mais do que hoje. Os programas da MTV, por exemplo, exerciam enorme influência sobre os jovens, funcionando como uma espécie de curadoria que ajudava a moldar o gosto musical da época. Sem a possibilidade de escolher o que assistir, ver o videoclipe de um artista favorito dependia, muitas vezes, de um golpe de sorte. Foi nesse contexto que algumas das maiores produções do gênero foram criadas, marcando uma era de criatividade e inovação audiovisual. Um videoclipe de sucesso tinha o poder de impulsionar as vendas de discos físicos. Hoje, no entanto, o consumo de música e vídeos se transformou radicalmente.
Um dos melhores vídeos promocionais foi Ironic, de Alanis Morissette. Lançado em 1995, o álbum Jagged Little Pill de Alanis Morissette se tornou rapidamente uma trilha importante dos anos 1990, acompanhando a vida de muitos jovens e conquistando até hoje novas gerações de fãs. Jagged Little Pill alcançou o marco de álbum de estreia internacional mais vendido por uma artista feminina, com mais de 16 milhões de unidades comercializadas nos Estados Unidos e 33 milhões globalmente, consolidando-se como o terceiro álbum mais vendido da história por uma mulher.
“Ironic”, uma das melhores faixas do álbum, foi escrita por Alanis em parceria com seu produtor Glen Ballard. A música aborda como a vida pode nos surpreender com decepções, explorando situações que frustram nossas expectativas. Embora Alanis tenha hesitado em incluir a canção no disco e sido acusada de malapropismo – o uso incorreto de uma palavra no lugar de outra que soa de forma semelhante –, ela se tornou um dos maiores sucessos de sua carreira.
O videoclipe de “Ironic”, dirigido por Stéphane Sednaoui, e lançado em janeiro de 1996 (há 29 anos), complementou o sucesso da música. O que chama atenção é sua simplicidade. No vídeo, Alanis (na época, uma jovem de 22 anos) dirige seu Lincoln Continental Mark V de 1978 por um cenário coberto de neve, com raios de sol entrando no carro. Ela é acompanhada por outras três versões de si mesma, cantando com confiança e parecendo confortável na própria pele. A atmosfera é de leveza, contrastando com as adversidades mencionadas na letra. Ali, ela aparenta estar em paz com as contradições da vida. E, mais do que isso, transmite gentileza ao sorrir e interagir consigo mesma.
Embora minimalista, concentrando apenas no essencial, o vídeo tem um magnetismo incomparável, com Alanis agindo com muita naturalidade e carisma. É muito difícil assisti-lo sem esboçar um sorriso.
7 melhores livros disponíveis no Kindle Unlimited
Mostra de cinema em São Paulo valoriza a produção de cineastas indígenas
O que sabemos sobre o álbum póstumo de Gal Costa
Novo festival de cinema celebra produções europeias
Morre o escritor Mario Vargas Llosa aos 89 anos