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11 peças do Festival de Teatro de Curitiba para ficar de olho

Festival de Teatro de Curitiba retorna com mais de 300 atrações culturais, entre os dias 25 de março e 7 de abril

Por Humberto Maruchel
Atualizado em 25 mar 2024, 16h48 - Publicado em 22 mar 2024, 10h00
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 (Alberto Maurício /32º Festival de Curitiba/divulgação)
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Há pouco mais de 30 anos, dois jovens decidiram revolucionar a cena teatral de Curitiba, que carecia de opções. Foi assim que Leandro Knoplholz e Carlos Eduardo Bittencourt fundaram o Festival de Teatro de Curitiba, hoje o maior evento de artes cênicas da América Latina, atraindo anualmente mais de 100 mil espectadores. Três décadas depois, o evento continua entusiasmando artistas, grupos e apaixonados por teatro. Na próxima segunda-feira, 25 de março, terá início a 32ª edição do festival, que se estenderá até 7 de abril, com uma agenda repleta de mais de 300 atrações, incluindo peças de teatro, espetáculos de dança, apresentações circenses, shows musicais e oficinas.

Uma das novidades deste ano é o eixo amazônico, que trará três apresentações do Amazonas: a Performance-Ritual Ühpü, dirigida por Bu’ú Kennedy Ye’pá Mahsã; Cabaré Chinelo, de Taciano Soares; e Ta | Sobre ser grande, de Mário Nascimento. O destaque da abertura do festival será a disputa Caprichoso e Garantido: O Duelo da Amazônia, diretamente do Festival Folclórico de Parintins. Essa apresentação será reprisada nos dias 26 e 27 de março, na Mostra Temporada de Musicais, marcando a primeira vez que o duelo das duas agremiações será levado para o Sul do país.

Pela primeira vez, o Festival terá a Mostra Surda de Teatro, que trará peças protagonizadas por artistas surdos. Entre elas, estão “Sede de Sangue”, do Recife – PE; “Dois Perdidos: A Língua Não Dita Numa Relação”, de São Carlos – SP; e “Surdo, Logo Existo”, de Curitiba; além das comédias “UFC UNIÃO FORÇA DA COMÉDIA: Mimico Putz x Palhaço Surddy”, de Macapá – AP e Recife – PE; “Um Perfume Pra Te Conquistar”, de Florianópolis – SC; e também as peças experimentais curitibanas “Espaços” e “Visualinguas”.

Em paralelo ao evento principal, ocorrerá o Fringe, uma mostra independente que reúne espetáculos de companhias e grupos estudantis tanto nacionais quanto internacionais, abrangendo uma variedade de formas artísticas, incluindo teatro, música, dança, circo e outras expressões culturais.

A programação será realizada nos teatros Guairão, Guairinha, Teatro da Reitoria, SESC da Esquina, Teatro Paiol e Teatro Zé Maria. Nos palcos, o público poderá conferir a presença de renomados artistas, como Marco Nanini, Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros, Patricya Travassos, Eduardo Moscovis, Bete Coelho, Georgette Fadel, Luís Melo, Clayton Nascimento, Ranieri Gonzales, Renata Carvalho, Kiko Mascarenhas, Cássia Damasceno, além dos grupos Galpão e Magiluth, e dos diretores Gerald Thomas, Fábio Porchat, Deborah Colker, Giovana Soar e Daniela Thomas.

Na véspera do festival, muitos ingressos já estão esgotados, mas ainda é possível assistir a alguns dos espetáculos mais aguardados desta temporada. Confira o guia que a Bravo! preparou:

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(Rodrigo Fidelis / 32º Festival de Curitiba/divulgação)
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Manifesto Transpofágico

Nesta performance cênica, a atriz Renata Carvalho cria um manifesto, a partir de sua própria experiência, sobre a história do corpo travesti. O projeto faz parte de um experimento que a atriz desenvolveu chamado Transpologia, iniciado em 2007.

Ficha técnica
Dramaturgia e Atuação: Renata Carvalho (@renatacarvalhooficial); Direção: Luiz Fernando Marques (Lubi); Luz: Wagner Antônio.

Onde: Teatro Paiol, Praça Guido Viaro, s/n, Prado Velho
Quando: 27 e 28/3

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Marco Nanini caracterizado para a peça “Traidor”, em cartaz no Sesc Vila Mariana (Carlos Cabera/divulgação)

O Traidor

Escrita por Gerald Thomas para Marco Nanini, esta tragicomédia revive parceria de duas décadas do ator com o dramaturgo para encenar a loucura da vida à deriva do homem contemporâneo. O personagem conduz o espectador por uma espécie de fluxo de sua consciência, um delírio psicológico composto por cenas imagéticas e fabulosas. O alter-ego fajuto de Thomas e Nanini é também a imagem de uma espécie cujas falhas e ruínas transforma em risos que explodem no ar espalhando um perfume amargo no espaço. Representa o ser humano com suas defesas, muros, artifícios e falsidades. Ele se expõe incansavelmente em cena, em busca de algo que não alcança. Leia a crítica completa abaixo:

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Onde: Teatro Guairão – Auditório Bento Munhoz da Rocha, Conselheiro Laurindo, 175, Centro, Curitiba/PR
Quando: 29 e 30/3, às 20h30

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(Alberto Maurício /32º Festival de Curitiba/divulgação)

Leci Brandão – Na palma da mão

A trajetória de uma das maiores artistas brasileiras, Leci Brandão, é contada em um musical que se inspira nas histórias de seus orixás, Ogum e Iansã, além do olhar carinhoso de sua mãe, Dona Leci, e de um de seus grandes aliados nessa jornada, “Zé do Caroço”. O espetáculo revela o percurso da artista, desde a ala de compositores da Mangueira até a Assembleia Legislativa de São Paulo

Ficha técnica
Texto e Pesquisa
: Leonardo Bruno; Adaptação Dramatúrgica: Lorena Lima, Luiz Antônio Pilar e Luiza Loroza; Direção: Luiz Antonio Pilar; Direção Musical: Arifan Júnior

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Onde: Teatro Sesc da Esquina, Rua Visconde do Rio Branco, 969, Centro
Quando: 1º e 2/4

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(Vivian Gradela / 32º Festival de Curitiba/divulgação)

Cabaré Chinelo

A belle époque manauara esconde o drama das mulheres prostituídas em um intricado esquema de tráfico internacional e sexual no início do século XX. Em colaboração com a companhia de teatro argentina García Sathicq, o Ateliê 23 convida o público a conhecer algumas dessas mulheres, que compartilham suas histórias por meio da dramatização e da música, revelando verdades até então desconhecidas.

Ficha técnica
Direção:
Taciano Soares; Co-direção: Jazmín García Sathicq; Dramaturgia: Eric Lima e Taciano Soares

Onde: Teatro Zé Maria, Rua Treze de Maio, 655, São Francisco
Quando: 2 e 3/4

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(Fernanda Baldo / 32º Festival de Curitiba/divulgação)

Ana Lívia

Espetáculo estrelado por Bete Coelho e Georgette Fadel. Nele, Ana precisa revelar algo terrível, mas Lívia insiste em interrompê-la. Lívia quer discutir uma nova peça, enquanto Ana sente que está chegando ao seu terceiro ato. Cada uma delas está lidando sozinha com suas dores, desvios e medos, com apenas a outra como companhia. O passado, o teatro, o papel que desempenharam e ainda desempenham na vida uma da outra, e o futuro incerto estão todos em jogo em uma conversa em que ambas tentam evitar a verdade, a juventude, a vida e o fato de estarem sozinhas no palco, dependendo de um texto escrito por outra pessoa.

Ficha técnica
Texto: Caetano W. Galindo; Direção: Daniela Thomas; Codireção: Bete Coelho e Gabriel Fernandes

Onde: Teatro da Reitoria, XV de Novembro, 1299, Centro
Quando: 26 e 27/3

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Peça de teatro “Surdo, logo existo” (Giuliano Robert / 32º Festival de Curitiba/divulgação)
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Surdo, logo existo

Da Mostra Surda de Teatro, o espetáculo “Surdo, Logo Existo” aborda eventos históricos como a proibição da língua de sinais pelo Congresso Mundial de Professores de Alunos Surdos, em Milão, em 1880, e a objetificação do corpo surdo pela ciência moderna. Composto por esquetes, a peça retrata o cotidiano das pessoas surdas, evidenciando a opressão histórica enfrentada pela comunidade surda em diversas esferas, desde a literatura filosófica até as instituições médicas e jurídicas.

Ficha técnica
Elenco: Bruno Lopes, Carlos Eduardo, Diegho Silva, Emanuelle Dias, Gabriela Grigolom, Josiane Machado, Paula Roque, Paulo Silva, Rafaela Hoebel, Ricardo Fiedler; Texto e Direção: Gabriela Grigolom e Jonatas Medeiros;

Onde: TUC – Teatro Universitário de Curitiba, Travessa Nestor de Castro, S/N, Centro
Quando: 29/3

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Sagração, de Déborah Colker

Criado a partir do clássico “A Sagração da Primavera”, o espetáculo incorpora sons e ritmos brasileiros à partitura de Igor Stravinsky, destacando a energia, o vigor e a originalidade da linguagem desenvolvida por Deborah Colker desde o início de sua companhia, em 1994. Em um único ato, “Sagração” mergulha em uma reflexão sobre nossa origem, evolução e continuidade no planeta Terra.

Ficha técnica
Criação e Direção: Deborah Colker; Direção Executiva: João Elias; Direção Musical: Alexandre Elias

Onde: Guairão – Auditório Bento Munhoz da Rocha, Conselheiro Laurindo, 175, Centro, Curitiba/PR
Quando: 6 e 7/4

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(32º Festival de Curitiba/divulgação)

Valentim Valentinho

O espetáculo narra a história de um menino prestes a completar onze anos, que sonha em ganhar “coragem” de presente de aniversário. Valentim vive com a mãe em uma vila de São Paulo, onde também moram seus melhores amigos. A trama se desenvolve com descobertas importantes para a infância, sem perder a diversão e leveza.

Ficha técnica
Texto e Idealização: Fran Ferraretto; Direção: Marcelo Varzea e Erica Rodrigues

Onde: Teatro Bom Jesus – Rua 24 de Maio, 135
Quando: 30 e 31/3

tatuagem
(32º Festival de Curitiba/divulgação)

Tatuagem

Recife, 1978. A trupe Chão de Estrelas, liderada pelo extravagante Clécio Wanderley, tem Paulete como estrela. Numa noite de show, o cunhado militar de Paulete, Fininha, se encanta com a companhia e é seduzido por Clécio. Eles iniciam um tórrido relacionamento, desafiando a repressão da ditadura. Um espetáculo sobre amor e liberdade em tempos sombrios.

Ficha técnica
Do filme de Hilton Lacerda. Adaptação, Direção, Cenários e Figurinos: Kleber Montanheiro; Direção Musical: Marco França

Onde: Guairinha – Auditório Salvador de Ferrante, Rua 15 de Novembro, 971, Centro
Quando: 27 e 28/3

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(32º Festival de Curitiba/divulgação)

Risas Y Sonrisas

Espetáculo de palhaçaria que celebra as cenas circenses tradicionais em leituras contemporâneas. Na busca por reviver a tradição dos palhaços, a trupe se lançou à pesquisa de entradas clássicas, adicionando elementos próprios e trazendo, neste espetáculo, o encontro entre o riso secular e o atual.

Ficha técnica
Companhia: Cia Risas;  Elenco: Nilo Netto, Thays Teixeira, Tiago Straub, Bianca Pereira de Lima; Sonoplastia: Tiago Straub

Onde: Praça Santos Andrade, Praça Santos Andrade, Centro
Quando: 27 e 29/3

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(32º Festival de Curitiba/divulgação)

Agora é que são elas

A peça traz nove esquetes, que abordam críticas e reflexões sobre a sociedade, política e comportamento, trazidos à tona com talento e humor por um elenco feminino. Das nove histórias apresentadas, “Números” se destaca por sua comicidade ao retratar um casal (interpretado por Júlia Rabello e Priscila Castello Branco) confuso entre tantos números que precisam memorizar para suas senhas cotidianas. Maria Clara Gueiros e Júlia compartilham o palco em “Superstição”, mostrando o reencontro de duas amigas após anos, uma crente fervorosa em superstições e a outra cética. Enquanto isso, Priscila e Maria Clara atuam em “Selfie”, uma cena sobre um fã que aborda uma famosa atriz em um restaurante e, enquanto tenta fotografá-la, começa a enumerar seus supostos defeitos.

Ficha técnica
Texto e Direção: Fábio Porchat; Elenco: Júlia Rabello, Maria Clara Gueiros e Priscila Castello Branco

Onde: Guairão – Auditório Bento Munhoz da Rocha, Conselheiro Laurindo, 175, Centro, Curitiba/PR
Quando: 26 e 27/3

32.º Festival de Curitiba

Data: de 25/3 a 7/4 de 2024
Valores: Os ingressos vão de R$00 até R$85 (mais taxas administrativas).
Ingressos: www.festivaldecuritiba.com.br e na bilheteria física exclusiva no ParkShoppingBarigüi – piso térreo – (Rua Pedro Viriato Parigot de Souza, 600 – Ecoville), de segunda a sábado, das 10h às 21h, e, domingos e feriados, das 12h às 20h

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