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Mateus Solano estreia monólogo “O Figurante” em São Paulo

Peça "O Figurante" explora a desconexão do ser humano com sua essência e os desafios de encontrar significado em meio à rotina

Por Redação Bravo!
Atualizado em 10 jan 2025, 12h48 - Publicado em 9 jan 2025, 11h00
Mateus Solano no monólogo "O Figurante" (Divulgação/divulgação)
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Primeiro monólogo de Mateus Solano, O Figurante, estreia em São Paulo neste fim de semana no Teatro Renaissance. A peça traz a história de Augusto (interpretado por Mateus Solano), um figurante que trabalha no audiovisual e que, ao longo da trama, questiona sua existência e busca assumir o protagonismo de sua própria vida. Misturando comédia e drama, o espetáculo é dirigido por Miguel Thiré, com dramaturgia colaborativa desenvolvida por Solano e pela atriz Isabel Teixeira.

No palco, o monólogo explora a desconexão do ser humano com sua essência e os desafios de encontrar significado em meio à rotina. Depois de estrear no ano passado, O Figurante já passou por Minas Gerais, Porto Alegre, Brasília e Ribeirão Preto.

Miguel Thiré reflete sobre o trabalho como diretor: “Sempre acreditei em um teatro que dialoga diretamente com a sociedade, que toca o público. O que queremos dizer? Como vamos dizer? Neste quinto trabalho juntos, ao invés de dividir o palco, assumo o papel de ‘espectador profissional’, que é a direção. Acompanho o trabalho desse brilhante ator (Mateus Solano) que dá vida a um outro ator (o personagem), que, por sua vez, não consegue brilhar. O Figurante busca colocar o foco onde normalmente ele não está. O desafio é fazer este personagem quase desaparecer, estar fora de foco, ser parte do cenário.”

Mateus Solano, conhecido por diversos trabalhos na TV Globo, também comenta os temas da peça: “Somos um animal que cria histórias para viver e um mundo para acreditar. Na ânsia de fazer parte desse mundo, acabamos nos afastando de nós mesmos, a ponto de não saber se somos protagonistas ou figurantes da nossa própria história.”

A dramaturgia foi construída com base na técnica de Escrita na Cena, desenvolvida por Isabel Teixeira. Essa abordagem já foi utilizada por Cláudia Abreu na peça Virginia — sobre a biografia de Virginia Woolf —, e consiste em gravar improvisos para transformá-los em texto.

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“Atores e atrizes escrevem no ar da cena, onde a vírgula é a respiração, e o texto é a palavra dita e depois encarnada no papel. Essa é a tinta de base usada para escrever O Figurante. Partimos de improvisos de Mateus Solano e, posteriormente, mergulhamos no árduo e delicioso trabalho de composição e estruturação dramatúrgica. O Figurante coloca no centro o que normalmente é deixado de lado, ampliando o olhar para o que muitas vezes passa despercebido”, explica Isabel Teixeira.

O Figurante
Teatro Renaissance – Alameda Santos 2233 – Jardim Paulista, Piso E1
De 10 de janeiro a 31 de março – Sextas às 21h, sábados às 19h e domingos às 17h.
Ingressos: R$150,00 (inteira) R$75,00 (meia)

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