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Semana dedicada a Frantz Fanon tem espetáculo e performances no Galpão do Folias

A programação gratuita reúne encontros, performances convidadas e novas apresentações do espetáculo Da Violência: Fanon, dirigido por Wolfgang Pannek

Por Redação Bravo!
9 dez 2025, 09h00 •
fanon-teatro
Da Violência: Fanon, dirigido por Wolfgang Pannek (Nelson Miranda/divulgação)
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  • Uma das vozes mais contundentes do pensamento anticolonial volta ao centro da cena nesta semana em São Paulo. De 10 a 14 de dezembro, o Galpão do Folias recebe a Ocupação da Violência: Fanon, realização da Taanteatro Companhia que encerra as ações dedicadas aos 100 anos de nascimento de Frantz Fanon (1925–1961). Autor de obras fundamentais sobre racismo, colonialismo e desumanização social, o psiquiatra e militante Martinico continua a provocar reflexões urgentes que atravessam a história.

    A programação gratuita reúne encontros, performances convidadas e novas apresentações do espetáculo Da Violência: Fanon, dirigido por Wolfgang Pannek e coreografado por Mabalane Jorge Ndlozy, artista moçambicano que firma sua estreia coreográfica no Brasil. A iniciativa integra o projeto contemplado pelo Programa Municipal de Fomento à Dança, e dá continuidade às homenagens que a companhia vem promovendo ao longo do ano em diferentes espaços da cidade.

    No centro da ocupação está a obra que inspira o título do evento. Em cena, seis intérpretes conduzem uma dramaturgia que revisita marcos da colonização e suas reverberações no presente, atravessando tensões físicas, imaginários de poder e formas de resistência. A trilha sonora, criada por Anderson Kaltner em colaboração com Otis Selimane Remane e Ndlozy, combina instrumentos africanos e sonoridades eletrônicas, com projeções audiovisuais como pano de fundo.

    As três performances convidadas expandem a ocupação para outras pesquisas corporais relacionadas ao legado colonial e às experiências negras no Brasil. Siaburu, de Dani Mara, parte da relação entre palavra e movimento para investigar o corpo como espaço de disputa histórica. Em Eco, Oco Preso no Peito, Maria Emília Gomes constrói um solo que aborda a violência do silenciamento e suas marcas no cotidiano. Negaça, criação de Urubatan Miranda, aproxima dança e referências da Umbanda para tratar de memória e permanência de tradições afro-brasileiras na cena.

    Além das obras, a ocupação inclui palestra do filósofo Peter Pál Pelbart, que aborda dinâmicas coloniais e seus reflexos políticos contemporâneos.

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    Confira a programação

    10 de dezembro (quarta-feira)
    19h – Da Violência: Fanon – Taanteatro Companhia
    20h30 – Pele árabe, máscaras judias: Dinâmicas coloniais na relação entre israelenses e palestinos – Palestra com Peter Pál Pelbart

    11 de dezembro (quinta-feira), 20h
    Da Violência: Fanon – Taanteatro Companhia

    12 de dezembro (sexta-feira), 20h
    Da Violência: Fanon – Taanteatro Companhia

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    13 de dezembro (sábado)
    18h – Siaburu – Dani Mara
    19h – Eco, Oco Preso no Peito – Maria Emília Gomes
    20h – Da Violência: Fanon – Taanteatro Companhia

    14 de dezembro (domingo)
    18h – Negaça – Urubatan Miranda
    19h – Da Violência: Fanon – Taanteatro Companhia
    20h30 – Encerramento

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