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OLÁ,

Um encontro com três grandes atrizes

Conversamos com as atrizes Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill sobre a montagem do espetáculo “Três Mulheres Altas", de Edward Albee

Por Humberto Maruchel
Atualizado em 12 jan 2023, 17h01 - Publicado em 23 dez 2022, 10h46
Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill em cena da peça "três mulheres altas"
 (Pino Gomes/divulgação)
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18 de dezembro de 2022. É final da Copa do Mundo: Argentina e França disputavam o troféu da Copa em Qatar. No Teatro Tuca, no bairro de Perdizes, em São Paulo, o clima era menos eufórico. São 15h, duas horas antes do espetáculo Três Mulheres Altas, do dramaturgo Edward Albee, começar.

Dirigida por Fernando Philbert, o espetáculo reúne em cena Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill. A peça gira em torno de três mulheres em diferentes estágios da vida. A personagem A, uma senhora muito rica, vivida por Suely, enfrenta sérios problemas de saúde – e de memória – e parece estar em seus últimos momento. Deborah interpreta a personagem B, a cuidadora de A. E Nathalia representa a personagem C, uma advogada contratada para administrar os bens e recursos da idosa. A comédia provoca um riso nervoso na plateia e se instaura a partir do confronto intergeracional sobre visões de mundo, preconceitos, expectativas e decepções. Há rumores de que o texto tem teor autobiográfico e traz elementos da relação de Albee com sua mãe, que na época se encontrava no leito de morte. Publicado em 1991, Albee venceu o Prêmio Pulitzer pelo texto, o terceiro em sua carreira.

três mulheres altas
(três mulheres altas/divulgação)

Para as atrizes, essa é a última apresentação do ano em função do recesso de Natal e Ano Novo. Naquele momento a plateia ainda estava vazia, o técnico de som fazia seus ajustes. O cenário, no entanto, já está organizado: uma grande cama de casal numa das laterais do palco, e duas poltronas na outra ponta. De supetão, Suely aparece no palco, maquiada e com o figurino colocado. Do centro do palco, ela pergunta ao técnico de som: “Como está o jogo?”. “Argentina ganhou”, ouve em resposta. “Messi!”, celebra a atriz.

Ela se senta em uma das poltronas, estica as pernas e abre um livro. De repente uma noite de paixão, de Lisa Kleypas, descubro mais tarde.

Na primeira fileira do palco, um jornalista de cultura, um pouco tímido, com uma câmera pendurada no pescoço, surpreendido pela aparição de Suely. Escuto ela rir silenciosamente enquanto lê. Penso que é uma ótima imagem, mas fico em dúvida se devo interrompê-la antes da entrevista, efetivamente, começar. Mexo na câmera, me reviro na cadeira. E Suely parece ler meu pensamento.

Simpática, ela me olha e diz: “Me desculpa perguntar, mas quem é você?” Eu sorrio, imediatamente, com a quebra daquela quarta parede. “Sou Humberto, da Bravo.”

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“Ah, é você que vai nos entrevistar. Você vai entrevistar todas nós juntas ou separadamente?”, ela pergunta.

“Juntas”, respondo.

Então pergunto: “Posso tirar uma foto sua lendo o livro?”

“Claro”, ela diz em seguida. Tranquilamente, ela retoma a leitura, sem demonstrar nenhum sinal de desconforto por estar sendo fotografada. Penso que é ali que sua atuação começa.

Suely Franco lê um livro antes da entrevista
(Humberto Maruchel/reprodução)
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Tiro alguns registros e começamos a conversar. Ela comenta o livro. “Gosto desses romances bobos.” Digo que escutei ela rindo em um momento, e que parece divertido, então ela lê o trecho para mim. A conversa desenrola e uma característica parece saltar para quem conhece a atriz pela primeira vez: seu senso de humor e risada solta. Ela me conta algumas piadas sempre iniciadas com alguma pergunta. “Você sabe por que a nota de cem tem um peixe? Dinheiro que é bom, nada.”

Eu dou risada e fico sem graça por não conseguir dar resposta para nenhuma. Ela me pergunta: “Você sabe por que é comum no teatro desejarmos ‘merda’ para o elenco antes uma apresentação?”

Feliz por saber essa resposta, logo digo: “Porque quando havia muita merda na frente dos antigos teatros era sinal de que a plateia estava cheia e muitas carruagens passaram pela rua.” Ela sorri satisfeita. E eu emendo: “Se ainda usássemos carruagens, a Rua Monte Alegre [onde está localizado o Teatro Tuca] estaria cheia de merda.” Ela cai na gargalhada e me convida para sentar em uma das poltronas. Decido adiantar algumas perguntas:

Como está sendo voltar aos palcos?
Suely Franco: Eu nunca deixei.

Digo nesses anos de pandemia.
SF: Eu nunca deixei. Fiquei afastada mais tempo do que o normal, mas deixar, isso nunca. Fiz lives, fiz uma peça em casa sozinha num cenário improvisado, trabalhando com gente em Nova York, outro em São Paulo. Tivemos uma peça online que foi pelo Teatro UOL, Novo e Normal. Fiz um monólogo no PetraGold, no Rio de Janeiro. Fiquei isolada dois anos, mas nunca parei.

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Suely Franco e Deborah Evelyn em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

A senhora sente nervosismo antes de entrar em cena?
SF: Não.

Nem frio na barriga?
SF: Só se eu não sei o texto, mas isso a gente ensaiando, ensaiando, dá conta.

E a senhora prefere estar na TV ou no palco?
SF: São coisas diferentes, eu gosto mesmo é de representar.

[Nathalia Dill atravessa o teatro em direção ao camarim]

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Qual foi a primeira impressão que a senhora teve quando leu o texto?
SF: Sinceramente, não entendi nada [Ela gargalha]. Com a peça montada, é outra coisa.

Em que momento começou a fazer sentido?
SF: Quando a gente ensaia e o diretor vai nos orientando. Eu não esperava, quando li pela primeira vez, que seria esse sucesso. A repercussão da peça nos surpreendeu. Nunca pensei que a plateia fosse rir desse espetáculo.

Suely Franco e Nathalia Dill em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

Após assistir à peça, fiquei pensando como vamos nos tornando mais sensíveis a certas coisas com a idade, com coisas que não nos chamava tanta atenção.
SF: Nós começamos a olhar para a vida de outra forma, muda muito.

E o que a senhora acha que há de melhor no envelhecer?
SF: Não é uma questão de envelhecer. Acho que na vida inteira, [o que importa] é fazer o que gosta. Quando você faz o que gosta, você enxerga as dificuldades de outra forma. Isso te dá força para lutar. Trabalhar com o que você não gosta, é a morte. Isso atinge até mesmo o envelhecimento. Quem gosta do que faz, não quer parar nunca.

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O produtor executivo entra no canto do palco. Suely bate os olhos nele e ri: “Pode vir, não atrapalha não.” Ele está segurando um copo cheio de café e ao notar o interesse dela, logo avisa: “Esse é meu.” Ela diz: “É sem açúcar?” Ele: “Com muito açúcar”. “Só um golinho, vai”, ela insiste. Ele cede.

Vamos para o camarim. Lá, encontro Nathalia se maquiando. Deborah já está maquiada e ocupa a cadeira oposta, em frente a uma penteadeira. Me sento em uma das pontas, e Suely na outra.

“Acho que na vida inteira, [o que importa] é fazer o que gosta. Quando você faz o que gosta, você enxerga as dificuldades de outra forma. Isso te dá força para lutar. Trabalhar com o que você não gosta, é a morte. Isso atinge até mesmo o envelhecimento. Quem gosta do que faz, não quer parar nunca”

Suely Franco
Suely Franco e Deborah Evelyn em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

Já fiz algumas perguntas para a Suely, mas queria perguntar: O que chamou atenção de vocês no texto na primeira leitura?
Deborah Evelyn: Eu gosto muito do Albee. Sempre gostei de Quem tem medo de Virginia Woolf? Tinha e tenho muita vontade de fazer. Eu tinha menos ligação com Três Mulheres Altas, mas sempre ouvi falar muito desse texto.

Acho que cada projeto pega por alguma questão especial. Às vezes, é o texto e acho que com esse foi o todo. Pelo fato de ser esse autor, de ter a direção do Fernando, e ter essa equipe. No teatro é muito importante a coxia, isso aqui, então se você tem uma boa coxia, para mim já é 90% da vontade de trabalhar. Eu, particularmente, fui descobrindo o texto enquanto fomos ensaiando e fui me surpreendendo muito com ele e, mais ainda, com a reação da plateia. As coisas que ouvimos… É impressionante como ele chega para cada um.

Nathalia Dill: Comigo, foi parecido. As pessoas, o conjunto, a ideia do projeto. Mas claro que se eu tivesse odiado o texto, eu não faria.

O que eu gostei? Na primeira leitura, ele parece um texto bonito, ele fala coisas bonitas. Você vê aquela senhora revendo sua vida, as três debatendo e refletindo. Mas acabou se revelando muito engraçado, irônico e mordaz. O Albee alfineta e provoca. Isso tudo nós fomos descobrindo. Quando lemos, nós não sabíamos que era uma comédia, parecia um dramalhão, mas ele foi se revelando e se mostrando muito profundo.

Teve algum comentário em especial que vocês escutaram do público?
DE: Vários. Teve um que disse: “Se eu tivesse assistido a essa peça 30 anos atrás, minha vida seria outra.” Teve outro: “Vou sair daqui e ligar para minha mãe porque preciso rever minha relação com ela.” Coisas muito fortes porque a peça toca em questões universais, como a passagem do tempo.

Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

Vocês conseguem destacar alguma característica com que vocês mais se identificam com as suas personagens?
DE: A minha personagem está, mais ou menos, na minha faixa etária, e eu acho que ela tem uma coisa que não é uma característica, mas uma coisa de momento, que é essa questão de estar na chamada meia idade. Tem uma coisa que eu acho que, através dela, eu esteja querendo procurar: ter a possibilidade de olhar tudo que está a sua volta e permanecer calma e sentir uma empatia maior com todos os lados. Acho que a minha personagem consegue entender melhor as duas outras porque ela consegue ver os dois lados. Acho que a meia idade é um pouco isso mesmo. Não temos mais aquela coisa da juventude de querer abraçar tudo e estar certa sempre.

Ela entende também melhor as maluquices e as ranzinzices da personagem A – não a Suely, de jeito nenhum. A Suely não deve ter se identificado em nada com a dela. [Suely cai na gargalhada].

SF: Temos as personagens A, B e C, eu me identifico com a D, que seria uma mistura de todas elas. Me considero uma mistura.

ND: Tem coisas que eu me identifico com esse momento em que a personagem está. Tem vezes que eu me pego olhando mais para o futuro, de ver a minha filha muito pequenininha, então eu idealizo muito.

Tem uma dificuldade, que não é só minha, de que talvez eu não me orgulhe tanto do que eu vá fazer no futuro. O jovem acha que sempre será bom, será incrível e que vai se orgulhar de si mesmo. Acho que essa decepção que a minha personagem tem ao dar de cara com coisas que ela não se orgulha ou não planejou, eu me identifico com isso. Apesar de que eu já tenho um pouquinho mais de idade do que ela, não sou tão radical nesse lugar. Mas me vejo nesse lugar da impaciência do jovem com o diferente. Vejo isso com a minha mãe, por exemplo, quando tenho que repetir a mesma coisa várias vezes, ou após ter explicado muitas vezes para ela como se mexe no celular, e ela não entende.

DE: Você vira o olho? Eu sempre falo isso para minha filha quando ela me recrimina por algo. E eu respondo para ela “Não vira o olho para mim porque eu não virava o olho quando você não sabia comer”.

[Suely é chamada para colocar o microfone e vestir a peruca de sua personagem. Ela sai do camarim]

“O que eu gostei? Na primeira leitura, ele parece um texto bonito, ele fala coisas bonitas. Você vê aquela senhora revendo sua vida, as três debatendo e refletindo. Mas acabou se revelando muito engraçado, irônico e mordaz. O Albee alfineta e provoca. Isso tudo nós fomos descobrindo. Quando lemos, nós não sabíamos que era uma comédia, parecia um dramalhão, mas ele foi se revelando e se mostrando muito profundo”

Nathalia Dill
Nathalia Dill em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

O texto traz a questão de como lidar com os preconceitos dos outros, especialmente de pessoas de gerações anteriores. [Para Deborah] Sua personagem é como uma ponte entre essas outras duas mulheres.
DE: Exatamente, não é que ela concorda com tudo. É mais sobre uma aceitação daquilo que não pode mudar do que concordar. Eu me lembro durante os ensaios, a Nathalia disse: “Não dá para essa mesma pessoa se tornar tão diferente quando mais velhas”. Mas dá sim e isso é recorrente. Tem pessoas que conhecemos e vemos se transformar radicalmente com o tempo. E se você não toma cuidado, você vai se transformando para um lado que você não quer, em um tipo de pessoa que não admirava quando mais jovem.

Sua personagem traz uma resposta para isso. Ela se vê vítima de muitas circunstâncias. Você acha que essas mudanças se dão, principalmente, por ela ser mulher numa sociedade que era ainda mais machista do que hoje?
DE: Acho. Mas da época que ele escreveu para agora, muito mudou. Hoje em dia, se você se tocar disso, você pode mudar, já não é mais tão engessado quanto naquela época. A grande maioria não tinha tanto acesso, não apenas intelectual, mas também emocional, a essas mudanças que estão ocorrendo. Mas a verdade é que quem tem acesso a isso, tem a possibilidade de mudar. Acho que se o Albee escrevesse a peça hoje em dia, seria um pouco diferente.

Vocês precisaram intervir no texto, modificar ou atualizá-lo?
DE: Não. A única coisa que tivemos que fazer foi cortar. Cortamos bastante, mas não teve nenhuma alteração. É a tradução maravilhosa do Gustavo Pinheiro. Acho que ele continua muito atual.

Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

A morte é um assunto que aparece frequentemente no espetáculo. Como vocês lidam com esse tipo de pensamento?
DE: Quando eu era mais jovem, eu não pensava muito nisso não, mas estou numa idade que comecei a pensar bem mais e lido muito mal. Sinto terror. Tem uma coisa que dificulta um pouco que é: eu não tenho crença nenhuma. Muitas vezes, a crença e a religião vêm para dar algum conforto, em pensar que existe alguma coisa depois da morte. Eu não tenho isso. Para mim, acabou, acabou. Pensar que nunca mais vou encontrar as pessoas que eu amo, lido muito mal… Esse nunca mais é difícil para mim. Até pensar nisso agora é esquisito.

ND: Eu não sei se é o momento, ou se eu fui obrigada a pensar muito por uma ordem natural de perdas, com os meus avós primeiro. É algo que a gente já vai se acostumando, não aconteceu nada muito fora da ordem natural na minha vida. Então, eu não penso tanto nisso.

DE: Eu também não pensava na sua idade.

Deborah Evelyn em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

Uma curiosidade final antes de encerrarmos: vocês têm algum ritual antes de entrar em cena?
DE: Temos. No Rio, a gente cantava. Olha o violão da Nathalia ali. Começamos a cantar só para testar os microfones, mas a Nathalia e a Suely cantam super bem, então começamos a explorar isso. Descobrimos que o Bernardo, que cuida do som lá no Rio, toca saxofone, aí virou um negócio profissional. Começamos a gravar as coisas que a gente fazia e, no final, quando o público estava indo embora, a gente colocava as gravações. Era ótimo, aquecia e unia a gente. Aqui, nós passamos algumas cenas.

ND: Como é outro espaço, aqui, no Tuca, tem o dobro de cadeiras, nós tivemos que nos readaptar. Isso da música foi acontecendo muito naturalmente, aqui nós sentimos que precisávamos domar o teatro mais rápido. A peça não estava chegando na mesma qualidade que alcançamos lá [no Rio], então precisávamos fazer outra coisa aqui. Começamos a passar cenas, a ficar mais naquele espaço, olhando para a plateia, nos concentrando, alongando, aquecendo a voz e entendendo esse outro lugar.

“Eu me lembro durante os ensaios, a Nathalia disse: “Não dá para essa mesma pessoa se tornar tão diferente quando mais velhas”. Mas dá sim e isso é recorrente. Tem pessoas que conhecemos e vemos se transformar radicalmente com o tempo. E se você não toma cuidado, você vai se transformando para um lado que você não quer, em um tipo de pessoa que não admirava quando mais jovem”

Deborah Evelyn
Deborah Evelyn em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)

Como vocês sentem que ainda não está no ponto certo?
DE: Pela resposta do público. As respostas são muito boas, mas nós não sentimos que está, de fato, chegando. Esse teatro é incrível, é um sonho estar aqui, tem consistência, história, robustez. O do Rio também, mas era menor. E a gente sentia que aqui não estava chegando, que talvez estivesse chegando só até a 10ª fileira. É uma coisa de sentir mesmo, é algo subjetivo. E o Fernando disse isso, que nós não tínhamos dominado o teatro ainda.

ND: No outro teatro, nós ficamos uma semana ensaiando antes de estrear. Bem ou mal, ficamos mais tempo lá.

Algum comentário final?
ND: A gente tinha dúvidas do que as pessoas iam falar, refletir a partir do espetáculo, mas percebemos que ele toca todos os tipos de gerações, de idades e momentos. O texto trata de um tópico muito único, que é a passagem do tempo. A peça não é de um nicho apenas, ela se molda conforme a pessoa e ela toca em pontos específicos para cada um.

DE: Não é à toa que ele ganhou o Pulitzer por esse texto, eu entendi o motivo.

ND: E não se trata de um homem falando sobre mulheres, mas um autor falando sobre o tempo.

A peça está a poucos instantes de começas, as duas atrizes estão colocando os microfones. Desligo o gravador, agradeço, me despeço e saio do camarim. Ao atravessar o palco, encontro novamente Suely sentada na poltrona, lendo seu livro. Trocamos algumas palavras. Tiro uma última foto e desejo sorte no idioma teatral.

“Merda.”

Suely Franco, Deborah Evelyn e Nathalia Dill em cena da peça
(Pino Gomes/divulgação)
Três Mulheres Altas

TUCA – Teatro da PUC-SP
Rua Monte Alegre, 1024, Perdizes
Até 29 de janeiro de 2023
Sexta, às 21h; sábado, às 20h; e domingo, às 17h
Entre R$ 35 e R$ 140

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