Dzi Croquettes Sem Censura resgata os bastidores do coletivo que desafiou a ditadura

teatro

Idealizado por Ciro Barcelos, um dos integrantes do grupo original, a peça está em cartaz no Teatro Itália, em São Paulo.

Formado por artistas de origens e linguagens diversas, o grupo criou uma encenação que desafiava abertamente os limites impostos pelo regime e pelas normas sociais.

Atuaram entre 1972 e 1976 em palcos do Rio de Janeiro, São Paulo e de cidades europeias. Em cena, os artistas se revezavam em números de dança, música e atuação.

Atuaram entre 1972 e 1976 em palcos do Rio de Janeiro, São Paulo e de cidades europeias. Em cena, os artistas se revezavam em números de dança, música e atuação.

Em depoimento, o coreógrafo Ciro Barcelos relembra vivência no grupo durante a ditadura.

"Havia uma sensação de libertação ali naquele espaço, porque o que estava fora era a ditadura. Mas a gente criou uma espécie de bolha em volta da gente. E essa bolha nos imunizou por um tempo. No nosso caso, virou um movimento muito forte." 

Ciro Barcelos à Bravo

Não era só um grupo, era uma família. Morávamos juntos desde o Brasil. Orávamos juntos, conspirávamos juntos. Éramos sensação: entrávamos nas casas noturnas mais caras de Paris, com bebida liberada, mesas reservadas. Nos tornamos o coqueluche da cidade. Éramos convidados da Jane Moreau, da Brigitte Bardot. Estilistas como Kenzo, Christian Dior, todos nos queriam por perto."

Ciro Barcelos à Bravo