Bonaventure Soh Bejeng Ndikung será o curador da 36ª Bienal de São Paulo
Diretor camaronês é conhecido por combinar arte e ciência e apresentará o projeto curatorial ainda este ano
Por Redação Bravo!
Atualizado em 2 abr 2024, 10h40 - Publicado em 2 abr 2024, 10h00
O camaronês Bonaventure Soh Bejeng Ndikung, conhecido por seu trabalho interdisciplinar entre arte e ciência, acaba de ser anunciado como curador geral da 36ª Bienal de São Paulo. A edição está programada para ocorrer no segundo semestre de 2025, e o projeto curatorial de Ndikung será divulgado ainda este ano.
“Dizer que estou feliz por ser nomeado curador geral da Bienal de São Paulo seria pouco. Estou emocionado, honrado e grato por embarcar nessa jornada com um time de cocuradores. A Bienal de São Paulo não é apenas uma das bienais mais antigas e importantes do mundo, mas, como uma das poucas bienais de entrada gratuita, ela provou ser uma bienal do povo e para o povo nos últimos 73 anos. Com suas exposições inovadoras, programas públicos e pedagógicos, conseguiu levar a arte para diversas comunidades e grupos demográficos”, afirma Bonaventure Soh Bejeng Ndikung em comunicado oficial para a imprensa.
O projeto curatorial foi escolhido pela presidente da Fundação Bienal de São Paulo, Andrea Pinheiro, por meio de um comitê composto pela presidente, a vice-presidente Maguy Etlin, o presidente do Conselho de Administração Eduardo Saron, os conselheiros José Olympio da Veiga Pereira, Ligia Fonseca Pereira, Marcelo Araujo, Susana Steinbruch e Paula Weiss, com o secretariado de Antonio Lessa, o superintendente executivo da Fundação Bienal de São Paulo. “Em seu trabalho curatorial, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung atua como uma força motriz que desafia fronteiras e contribui para moldar o futuro da arte contemporânea global”, destacou Andrea Pinheiro no documento.
Nascido em 1977 em Yaoundé, Camarões, sua trajetória artística combina performatividade, artes sonoras, instalativas e visuais, teoria crítica e discurso com formação acadêmica em biotecnologia médica e biofísica. Fundador e ex-diretor artístico do SAVVY Contemporary em Berlim, Bonaventure Soh Bejeng Ndikung é uma figura proeminente na cena da arte contemporânea global. Desde 2023, ele se divide entre o posto de professor-chefe do corpo docente no programa de mestrado em estratégias espaciais da weißensee academy of art berlin e o cargo de diretor e curador geral do Haus der Kulturen der Welt (HKW) de Berlim.
O extenso currículo do diretor artístico, pedagogo e curador inclui trabalhos como curador adjunto para a documenta 14 de Adam Szymczyk em Atenas, Grécia, e Kassel, Alemanha, em 2017, curador convidado da Dak’Art: Bienal de Arte Contemporânea Africana em Dakar, Senegal, em 2018 e , juntamente com o Miracle Workers Collective, curador do Pavilhão Finlandês na 58ª Bienal de Veneza, em 2019.
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Ainda no comunicado, Bonaventure dividiu sua ansiedade de seguir sua pesquisa de longo prazo tanto no Brasil como em Abya Yala, denominação do continente americano pré colonização na língua kuna, que significa “terra de sangue vital”. “Apesar dos desafios enfrentados pelas bienais ao redor do mundo, elas ainda servem como importantes barômetros que medem as pressões sociopolíticas globais”. Bonaventure define a Bienal de São Paulo como um sismógrafo que registra os diferentes tremores mundiais nos quesitos ambientais, socioeconômicos, geopolíticos. “Esses registros também nos oferecem possibilidades de moldar um futuro mais justo e humanitário para todos os seres animados e inanimados deste planeta”, defendeu.
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