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O que sabemos sobre o Pavilhão do Brasil na Bienal de Arquitetura de Veneza

A exposição brasileira, intitulada "(RE)INVENÇÃO", irá evidenciar a diversidade da arquitetura brasileira e sua capacidade de responder aos desafios climáticos

Por Redação Bravo!
6 mar 2025, 10h00
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Eder Alencar, Matheus Seco e Luciana Saboia  (Maressa Andrioli/divulgação)
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A 19ª Bienal de Arquitetura de Veneza já começou a revelar alguns detalhes sobre sua programação deste ano, que acontece entre os dias 10 e 23 de maio. O título desta edição, “Inteligência. Natural. Artificial. Coletivo.”, reflete a proposta curatorial de Carlo Ratti, que coloca em confronto, mas também em colaboração, a natureza e a tecnologia. Embora esta última muitas vezes seja utilizada como justificativa para a ganância humana, a organização da Bienal sugere que é impossível ignorar as transformações impostas pela emergência climática. Nesse contexto, a arquitetura surge como uma aliada fundamental.

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“A arquitetura sempre foi uma resposta a um clima hostil. Desde a mais antiga ‘cabana primitiva’, o design humano foi guiado pela necessidade de abrigo e sobrevivência, movido pelo otimismo: nossas criações sempre se esforçaram para preencher a lacuna entre um ambiente hostil e os espaços seguros e habitáveis ​​que precisamos”, declarou Ratti em nota oficial.

Para ele, o atual cenário de incertezas exige que a arquitetura também se transforme.

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“Por décadas, a resposta da arquitetura à crise climática tem sido centrada na mitigação — projetar para reduzir nosso impacto no clima. Mas essa abordagem não é mais suficiente. Chegou a hora da arquitetura abraçar a adaptação: repensar como projetamos para um mundo alterado.”

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(Rafa Jacinto / Fundação Bienal/divulgação)

Com essa perspectiva, a Bienal reuniu 750 participantes de diversas áreas, incluindo arquitetos e engenheiros, matemáticos e cientistas do clima, filósofos e artistas, chefs e programadores, escritores e entalhadores, fazendeiros e designers de moda, entre outros. A ideia é buscar soluções conjuntas para os desafios que se impõem.

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O Pavilhão do Brasil já começou a apresentar um panorama do que trará à Bienal. Diferente de uma abordagem exclusivamente voltada para inovações tecnológicas, a exposição brasileira destacará exemplos de construções já existentes no país. A curadoria, escolhida pela Fundação Bienal de São Paulo, ficou a cargo do coletivo Plano Coletivo, formado pela arquiteta Luciana Saboia e pelos arquitetos Éder Alencar e Matheus Seco. A seleção do grupo se deu pela maneira como trabalham, integrando conhecimentos de diferentes áreas e priorizando soluções sustentáveis.

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Vista externa; fachada do Pavilhão do Brasil na Bienal de Veneza (Riccardo Tosetto / Fundação Bienal de São Paulo/divulgação)

A exposição brasileira, intitulada “(RE)INVENÇÃO”, busca evidenciar a diversidade da arquitetura brasileira e sua capacidade de responder aos desafios climáticos. Para isso, traçará um percurso que vai desde os fundamentos das construções ancestrais da Amazônia até soluções urbanas contemporâneas de design e arquitetura. Serão exibidos painéis com projetos considerados exemplares no respeito e na adaptação ao meio ambiente.

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Entre os destaques da mostra estão o Centro Cultural Lá da Favelinha, em Belo Horizonte, e o jardim do Instituto Central de Ciências da Universidade de Brasília, projetado por Oscar Niemeyer, cuja irrigação depende exclusivamente da água da chuva.

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Capa do folder do projeto brasileiro na Bienal de arquitetura de Veneza (Fundação Bienal de São Paulo/divulgação)
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