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OLÁ,

O retrato de um príncipe africano, de Gustav Klimt, é redescoberto

A pintura de um príncipe africano foi exibida na feira de arte TEFAF Maastricht, nos Países Baixos

Por Redação Bravo!
Atualizado em 21 mar 2025, 20h15 - Publicado em 21 mar 2025, 20h09
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"O Retrato de um príncipe africano" de Gustav Klimt (The New York Times/reprodução)
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Recentemente, uma pintura de um príncipe africano, atribuída ao famoso pintor austríaco Gustav Klimt, foi exibida na feira de arte TEFAF Maastricht, nos Países Baixos. Conhecido mundialmente por sua obra O Beijo (1908), Klimt, nesta obra, apresenta um retrato que se destaca por seu estilo realista e detalhado. A pintura, que utiliza a técnica a óleo sobre tela, retrata Prince William Nii Nortey Dowuona e está sendo oferecida pela galeria Wienerroither and Kohlbacher por 15 milhões de euros, um valor relativamente acessível para uma obra de um mestre como Klimt.

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“O Beijo” (1908) de Gustav Klimt (Google Art Project/domínio público)

De acordo com o The New York Times, a pintura está atualmente em negociação com um grande museu, embora o nome da instituição envolvida ainda não tenha sido divulgado. A obra, criada em 1897, desapareceu durante a década de 1930. Uma pesquisa detalhada revelou que permaneceu na posse de Klimt até sua morte, em 1918, e sendo leiloada em 1923.

Em 1928, a obra foi novamente exibida em uma retrospectiva dedicada ao artista, após ser doada por Ernestine Klein. No entanto, a pintura se perdeu novamente nos anos 1930, quando Klein e seu marido, Felix, fugiram da Áustria devido à anexação nazista e buscaram refúgio em Mônaco. O paradeiro da obra permaneceu desconhecido até 2023, quando um casal austríaco entregou a pintura à galeria Wienerroither and Kohlbacher, que a recebeu em condições muito precárias. A partir daí, foi necessária uma intensa restauração da obra e um acordo com os herdeiros de Klein para que a pintura pudesse ser exibida ao público novamente.

A pintura foi criada durante a Völkerschau de Viena, uma exposição etnográfica colonialista que promovia a exibição de pessoas de diferentes partes do mundo, um evento comum na Europa do final do século XIX e início do século XX. O retrato de Klimt foi provavelmente encomendado por um dos organizadores, mas acabou permanecendo na posse do próprio pintor.

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Este retrato de 1897 é considerado um marco na evolução estilística de Klimt, representando a transição para seu período decorativo, que culminaria em suas obras mais emblemáticas, como O Beijo.

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