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5 documentários essenciais para Eliza Capai

Diretora de documentários como “Tão Longe é Aqui” e o “Jabuti e a Anta” indica seus favoritos

Por Bravo
Atualizado em 1 jul 2024, 16h50 - Publicado em 13 dez 2017, 11h58
Cena de “Oscuro Animal” (/)
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A Décima Terceira Emenda (2016), Ava DuVernay

“Os Estados Unidos abrigam 5% da população mundial, e 25% dos detentos do mundo”. Assim começa esse documentário, em que as entrevistas refletem sobre como a escravidão foi substituída pelo encarceramento em massa. Didático e contundente, mostra a construção do negro como criminoso, pela mídias e pelo cinema. Uma denúncia potente ao racismo e ao sistema prisional.

Oscuro Animal (2016), Felipe Guerrero

Acompanha três mulheres escapando da guerra na selva colombiana. Cada uma delas está envolvida com Farc, exército ou paramilitares. O filme se esforça por não deixar claro qual é qual dos grupos, mostrando que na guerra, ninguém ganha. A narrativa, sem diálogos, nos faz entrar nas profundezas destas personagens, na natureza exuberante e nas delicadas relações de solidariedade. Lindo.

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Martírio (2016), Vincent Carelli

Segundo filme da trilogia do diretor, o documentário cria um paralelo entre sua relação pessoal com os Guarani-Caiwoáa, a quem acompanha e grava há 25 anos, e a história de resistência desse povo. A violência e a pobreza a que são submetidos se choca com discursos da “bancada do boi” do Senado, criando algo quase surreal, em meio a uma narrativa absolutamente realista.

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Baronesa (2017), Juliana Antunes

O longa caminha com tanta destreza na linha tênue entre documentário e ficção que causa desconforto. Somos arremessados na casa onde as duas protagonistas e seus filhos vivem, em meio à guerra do tráfico, e colocados dentro das estatísticas — de pobreza, prisão, assassinato, drogas — e força a enxergar as pessoas, a maioria da população.

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Era o Hotel Cambridge (2017), Eliane Caffé

O filme acompanha os dias que antecedem a reintegração de posse do prédio que foi um hotel de luxo. Os protagonistas — muitos deles refugiados, sejam refugiados de fato ou da sociedade — interpretam personagens que levam seus próprios nomes. Ao apresentá-los, o filme cria uma profunda empatia. do espectador.

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