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OLÁ,

Como as atrizes 40+ estão dominando Hollywood

Grupo por muito tempo negligenciado e deixado de lado na indústria cinematográfica têm ganhado destaque nas últimas premiações

Por Redação Bravo!
Atualizado em 13 jan 2025, 11h30 - Publicado em 12 jan 2025, 09h00
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Da esquerda para direita: Amy Adams (50), Kate Winslet (49), Nicole Kidman (57), Fernanda Torres (59), Demi Moore (62), Tilda Swinton (64) e Pamela Anderson (57) (fotos de Fernanda, Amy, Demi, Kate e Pamela: Amy Sussman / Getty Images . Tilda: Taylor Hill / Gettyiages. Nicole: Kevin Mazur/Gettyimages./fotografia)
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Há muito não víamos as premiações de cinema tão disputadas quanto neste ano, especialmente na categoria de Melhor Atuação Feminina. 2023 parece ser um ano excepcional, com performances que realmente merecem reconhecimento, como a da brasileira Fernanda Torres, que brilhou em Ainda Estou Aqui.

Como a própria atriz tem mencionado em diversas entrevistas, ela já sente que, de certa forma, conquistou a vitória, especialmente porque o filme tem ganhado visibilidade entre o público brasileiro e uma audiência internacional que só cresce. Este reconhecimento serve como uma forma valiosa de projetar o cinema nacional e dar mais visibilidade aos talentos brasileiros no exterior.

Além disso, há outro motivo para celebração: as atrizes com mais de 40 anos, um grupo que, por muito tempo, ficou à margem de Hollywood, têm ganhado destaque nos últimos dois anos. No último Globo de Ouro, por exemplo, Demi Moore (62), Pamela Anderson (57), Nicole Kidman (57), Tilda Swinton (64), Kate Winslet (49), Fernanda Torres (59) e Amy Adams (50) foram as grandes protagonistas da premiação, interpretando personagens muito mais complexas e interessantes do que Hollywood costumava reservar para elas. Isso reflete o verdadeiro talento que surge quando há espaço para novas oportunidades.

Em seu discurso, Demi Moore refletiu sobre o impacto da sua carreira e mencionou que, durante anos, foi convencida de que nunca seria reconhecida, apesar de ter feito filmes de grande sucesso. “Há 30 anos, um produtor me disse que eu era uma ‘atriz de pipoca,’ e, naquela época, eu interpretei isso como se não tivesse direito a algo assim, que eu podia fazer filmes bem-sucedidos e lucrativos, mas que nunca seria reconhecida. Eu acreditei nisso, comprei essa ideia, e, ao longo do tempo, isso me corroeu, a ponto de eu pensar, há alguns anos, que talvez fosse o fim, que talvez eu já tivesse feito tudo o que deveria fazer”, declarou a atriz vencedora na categoria de Melhor Atriz em Filme de Comédia ou Musical por A Substância.

A comediante e anfitriã do evento, Nikki Glaser, brincou sobre a diferença de tratamento entre homens e mulheres mais velhos em papéis de destaque: “Se você é uma mulher com mais de 50 anos em um papel principal, eles chamam isso de retorno. Se você é um homem com mais de 50 anos, parabéns, você está prestes a interpretar o namorado de Sydney Sweeney.”

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Outro exemplo que tem chamado atenção é o de Pamela Anderson, que, na década de 1990, foi fortemente sexualizada e, por isso, não era levada a sério pela indústria. Hoje, a atriz vive um “renascimento” pessoal e profissional, iniciado em 2023, ao abraçar sua beleza natural e se distanciar dos padrões de glamour que marcaram sua carreira.

Esse novo momento na vida de Pamela ficou conhecido como “Pam-aissance”. Entre os marcos recentes dessa era, destaca-se o lançamento de seu documentário Pamela: A Love Story, sua autobiografia Love, Pamela e sua atuação no filme The Last Showgirl, de Gia Coppola. O papel foi considerado uma virada em sua carreira, ajudando-a a se desvencilhar do estereótipo do passado, e sua aparência mais natural, sem maquiagem, tem sido um reflexo dessa transformação.

Pamela descreve esse processo como libertador. Em entrevistas, ela expressou finalmente sentir que está fazendo algo de que se orgulha, além de demonstrar ser uma cinéfila de primeira linha. Sua entrevista no Letterboxd, onde compartilha seus filmes favoritos, é uma verdadeira aula de cinema.

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